Capítulo 17

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Ao final do dia, depois de uma manhã e tarde passada a brincar com o meu filho, tive que ir para o hospital. Assim que cheguei tinha uma carta dos Recursos Humanos, abri e...

 Assim que cheguei tinha uma carta dos Recursos Humanos, abri e

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Pov Diogo

Quando abri a carta nem podia acreditar. Em vez de uma semana de férias, que tinha pedido, eles entregaram-me uma carta de despedimento. Olhei da carta para a enfermeira, durante algum tempo. Estava sem chão naquele momento.

— Dr. está bem?

— Não sei.— e depois de olhar de novo para ela, viro-me e caminho até aos recursos humanos. Tenho que entender o que aconteceu. Sei que tenho direitos, e um deles é saber a razão pela qual me estão a despedir.— Boa Tarde.— cumprimento a secretária da Dra. Elisabete, directora de Recursos Humanos.

— Boa Tarde Dr. Diogo. A carta foi entregue na recepção para lha entregarem.

— Eu recebi. Gostava de falar com a Dra  Elisabete sobre a carta, é urgente

— Vou ver se ela o pode atender.— a rapariga liga para a chefe...— A Dra. Vai atende-lo pode entrar.

— Obrigado. — respondo. Batons porta, e entro...— Boa Tarde.

— Boa Tarde Dr. Diogo.

— Vou directo ao assunto, gostaria de saber qual a razão para o meu despedimento. Posso não ser um médico que faça horas a mais, mas cumpro as que tenho que cumprir. Nunca me neguei a fazer mais horas, desde que me avisassem com algum tempo. E de repente, porque peço uns dias de férias às quais por lei tenho direito, entregam-me uma carta destas?

— Eu compreendo a sua indignação Dr. Diogo, mas as ordens vieram de cima. Nós apenas as cumprimos...

— Percebo. Então a conversa vai ser com a direcção...

— Doutor, é melhor não levantar ondas.— olho para a rapariga que está à minha frente e percebo o medo na cara dela...— A direcção tem novos accionistas, e pelo que eu consegui perceber foram eles que pediram o "seu afastamento".

— Mas o que é que lhes fiz, para isto...— digo agitando a folha que tenho na mão.

— Eu não sei Doutor. Mas...— ela olha para os lados...— Só sei que há alguém lá em cima que não gosta mesmo nada de si.

Fiquei a olhar para o papel. E agora o que é que eu ia fazer, eu tenho um filho para cuidar. Despedi-me da clínica de manhã para poder dedicar-me apenas ao hospital, e agora fiquei sem os dois. Saio dos Recursos Humanos, decidido a tentar no mínino perceber o porquê. Porém, antes de chegar ao elevador, o telemóvel toca.

— Sim.— atendo com um tom meio frio, de quem naquele momento não quer falar.

"— Com essa voz, já recebeste a tua carta de despedimento..."— e quem quer que seja dá uma gargalhada sinistra do outro lado.

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