Almoço conturbado

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*Oie pessoal, desculpa pela demora. Mas agora comecei a trabalhar, então meu dia tem sido uma loucura e cansativo. Dito isso, espero que curtem o capítulo! Boa leitura :)*


- O que você faz aqui? – Luna pergunta baixo. – Aconteceu alguma coisa? – Pergunta preocupada levantando-se da sua cadeira. Percebe minha feição, que deveria ser como de algum ratinho assustado, e franze o cenho. – Vamos no banheiro. – Sussurra entre nós duas e guia-me até o banheiro mais próximo.

Entro no pequeno banheiro comunitário: frio, cinza e metálico. Apoio-me na pia, respiro fundo uma... Duas... Três... Quatro vezes. De canto de olho consigo ver Luna verificando se há mais alguém conosco.

- Barra limpa. O que houve? Que cara é essa? – Seus olhos arregalam assustados e em voz baixa ela continua: - Os pais do Joseph fizeram alguma coisa? Você foi demitida? – Nego com a cabeça.

- Anthony me chamou de vagabunda... – Giro os olhos lembrando da cena. – Já Elizabeth, a mãe, me chamou de puta e gorda. – Encolho-me ao recordar da sua olhadela em meu corpo. Julgando-me.

- Não! Luna não comece amiga, não pode deixar isso te afetar. – Começo a sentir meus olhos pinicarem novamente. Luna abraça-me confortavelmente. – Eu sei o quanto essa palavra dói para você, sei o quanto ela te atinge. – Afasta-me um pouco do abraço, mas ainda segura meus ombros fortemente, mantendo o contato visual. – Prometa-me que jamais vai deixar essa rica mesquinha incomodar você novamente e principalmente, jamais vai deixar que tanto ela quanto Anthony afetem você dessa forma. – Limpa as lágrimas em minha bochecha. Engolindo em seco concordo com a cabeça e ela sorri. – Agora quero ver um sorrisão. – Meio a contragosto abro um sorriso. – Agora sim. Mais alguma coisa? – Arqueia a sobrancelha para mim, abro um sorriso tímido.

- Joseph me beijou. – Falo baixo, hesitante.

- O quê? – Confusa a garota aproxima um pouco mais. – Não entendi.

- Joseph me beijou. – Falo alto dessa vez, desviando o olhar. Começo a brincar com meus próprios dedos, um pouco envergonhada. – E foi bom. Muito bom. Ele me fez me sentir... Linda. – Fecho os olhos recordando dos seus lábios sobre os meus e de como me senti única. Como ele me fez me sentir assim.

- Meu Deus! – Luna bate palminhas animada. – Isso é... É... Meu Deus não tenho palavras para esse momento. – Solta um gritinho fino e irritante. – Preciso contar para o Jonathan.

- Ei! – Repreendo-a.

- Esse relacionamento conturbado de vocês é a nossa fofoca favorita. – Dá de ombros sorrindo sapeca. Rio negando com a cabeça. Essa garota não toma jeito. – E depois?

- Depois o quê?

- Do beijo, sua idiota. – Rola os olhos irritada e impaciente. – O que houve depois?

- Ah... Hã, ele meio que interrompeu o beijo no meio do processo e me mandou sair da sala. – Luna arregala os olhos incrédula. Quando abre a boca para protestar, interrompo-a. – Apenas por que se continuássemos, aconteceria algo meio impróprio para o ambiente de trabalho. – Sua reação é impagável. Seus olhos saltam como se fossem cair das órbitas e sua boca parece que abriu um buraco negro, de tão aberta que ficara.

- Joseph, Joseph... Quem diria. –Seu semblante malicioso diz tudo. Olha para o relógio dourado em seu pulso esquerdo e bufa frustrada. – Preciso voltar a trabalhar, ou então, minha chefe me mata. – Passa o polegar no pescoço com uma careta engraçada. Abraça-me lateralmente e juntas seguimos para fora do banheiro. – Nos vemos depois.

- Não esqueça que vou ir visitar minha família hoje.

- Como poderia me esquecer? – Balança a sobrancelha sugestivamente e eu entendo seu recado.

Sobre a noite passada | Joseph Quinn | HIATUSOnde histórias criam vida. Descubra agora