Bem Vindos a Marda Bardim - Os Três Sonhos Principais (CONCLUÍDA)

Capítulo 5

A Agatha entrou por aquela porta como se nada tivesse acontecido, Desirée lhe perguntou o que havia acontecido, por que eu estava naquele estado. Descaradamente ela fingiu estar assustada, dizendo que não sabia de nada, eu tive pena da Desirée que não conseguia ver que ela estava fingindo perfeitamente. Foi quando a Desirée percebeu também a ausência do Senhor Linus...ele não era de chegar muito tarde e achei que fosse o momento perfeito para ela pressionar a Agatha e assim fazê-la dizer a verdade. For como eu pensei...ela perguntou sobre o Senhor Linus...mas para o meu azar a Agatha continuou mentindo, fingindo não saber de nada, ela até chorava e fazias expressões tristes e de medo! Aquilo foi a gota d'água para mim! Eu não sei de onde surgiu coragem para eu fazer o que ia fazer, mas eu apenas me levantei e disse:

- Mentirosa!!!! Assassina!!!!

Sim! Eu fiz aquilo! E a Agatha sabia que era verdade, a Desirée não dizia nada, ela ficou em choque... Agatha me lançava olhares como se quisesse dizer “cale essa boca, bonequinha ridícula!!!”, ela percebeu que eu sabia o que aconteceu com o Senhor Linus, talvez ela provavelmente viria a me ameaçar ou me matar também, mas eu não deixei ela sair ilesa:

- O que foi?!!! Por que ficou com essa cara de repente?!!! Por que não diz a verdade à Madame Desirée?!!! Para de fingir que não sabe de nada...!!!!

- O que está dizendo Lolita?! Eu também não sei o que está acontecendo?! Por que está me chamando assim?!

- Você ainda pergunta?!!! Eu sei o que você fez com o seu irmão!!!! Você o matou!!!!! E com a ajuda dos tais pesadelos que você nos contou uma vez!!! Monstra!!!!! Assassina!!!!!

- Linus?!!! Meu irmão?!!! Morto?!!! Como assim ele está morto?!!! Eu não sei de nada disso!!!! Por que está me acusando de tê-lo matado?!!!

Ela continuava negando que não sabia de nada, mas eu continuava insistindo, até que uma hora eu consegui fazê-la perder a paciência, e ela me segurou e me arremessou contra a parede. Desirée correu até mim, e me socorreu, eu acabei quebrando minha perna, mas fiquei satisfeita com o que fiz, a Desirée logo percebeu quem era a Agatha e o que ela fez. Ela estava completamente surtada, e no momento que ela me arremessou, Desirée pode ver os pesadelos de perto, entrando em sua casa e se juntando a Agatha. Ela com certeza ia tentar me matar, queria fazer isso sozinha, não deixou que os pesadelos encostassem em nós duas, mas a Desirée foi mais rápida, quando Agatha ia terminar de me quebrar, ela a segurou pelo braço.

- Bonequinha idiota!!! Enxerida!!! Você tem razão eu o matei sim...Eu matei o desgraçado do meu irmão Linus! E não me arrependo nem um pouco disso...!!!
Por incrível que pareça Desirée não demonstrou estar com ódio puro da Agatha, apenas ficou em choque. Mas era de se esperar...ela a amava muito...era a filha que ela nunca teve...e posso dizer também que a Agatha sentia o mesmo... a via como a mãe que ela nunca teve, e nunca a conheceu, isso explica o porquê dela nos poupar a vida...bom, pelo menos a da Desirée, eu só não estou morta porque ela pediu para a Agatha me poupar.Ela apenas lhe pediu para parar. Com lágrimas nos olhos, ela apenas lhe disse:

- Por quefez isso...? Por que fez isso com Lolita? Com seu irmão? O que aconteceu com aquela garotinha de coração doce que eu recebi em minha casa?

Com um olhar gelado, Agatha se acalmou, e apenas lhe disse:

- Ela morreu...Esta Agatha que está agora em sua frente é outra...uma Agatha que fará de tudo para conseguir o que quer! Que passará por cima qualquer um se for preciso...! Não se preocupe Desirée, vocês serão poupadas, de coração, eu agradeço por tudo o que fez por mim...Mas não posso mais ficar com você...nem sei nos veremos outra vez...você jamais me compreenderia, não é?

Antes dela ir embora,junto de seu gato Edgar, e dos pesadelos, ela parou na porta, ficou uns segundos parada, não demonstrou nenhuma reação. Desirée apenas lhe perguntou:

- O que você vai fazer?

E ela apenas lhe respondeu:

- Eu não sei...Talvez umas mudanças...Sim...eu vou consertar as coisas por aqui...eu vou...

Depois disso ela foi embora, foi a última vez que nós a vimos. E o resto...bem...vocês já sabem o que aconteceu...”

- Ela destruiu toda a terra de Marda Bardim... – Disse Maria Antonieta.

-Sim...Ela instalou uma ditadura severa e caótica por aqui... – Disse Lolita chorando – Destruiu lugares...matou alguns habitantes...ela fez tudo...cometeu todos os crimes que lhes contaram...Eo pior...foi quando soubemos do que acontecia no internato...os sumiços das crianças... as razões pela qualelas nunca voltaram para casa ou saíram do internato... e o pior...as famosas “brincadeiras” com o psicológico... – Dizia chorando – Tudo isso com um único propósito...acabar com tudo que o Senhor Linus criou...por ódio...inveja...dor...

- E...como vocês souberam de tudo isso? – Disse Lucy.

- Nós... – Disse Lolita, quando foi interrompida.

- Alguns habitantes que vivam próximos ao internato sabiam de algumas coisas. Mas todos que sabiam de algo foram censurados, ameaçados e até mortos pelos pesadelos. Ninguém conseguia ficar calado. – Disseram os ajudantes de Lorde Maçã – um deles nos contou sobre o que acontecia, e quando ele foi assassinado, nós fizemos uma promessa de nunca revelar nada a ninguém,nem ao Lorde Maçã. Se a Madame Desirée e a Lolita sabem disso é porque Lolita insistiu, mesmo com nossa promessa.

- Ouvimos dizer que quando ela assumiu o controle do internato, ela tentou uma última vez conquistar a confiança das crianças, mas eles apenas perguntavam “onde está o Senhor Linus?”, “Quando ele vai voltar?”, e isso a deixou pior...Ela acabou se revelando para as crianças...revelou os pesadelos e suas intenções...foi perturbador. – Disseram os súditos de Lady Joy – Ela foi a responsável pelo sumiço das primeiras gerações de crianças e jovens que vinham para Marda Bardim...e sempre que novos estudantes vinham para cá...bem...foi se tornando um ciclo repetitivo...ou eles a amavam...ou eles a temiam...sempre foi assim...e sempre será...

- Meu Deus... – Disse Maria Antonieta.