Aterrorizadoscom o que ouviram, os três amigos entraram em choque. De repente a porta se abriu, e logo, entraram Edgar, Madame Agatha, e os pesadelos. Todos ficaram em silêncio enquanto ela os observava,os encarava, e ao mesmo tempo soltava uma risada maliciosa.
- Vejo que fizeram um bom trabalho. – Disse Madame Agatha aos pesadelos – E então crianças? O que acharam das gaiolas? Assustadoras? Cheias? Mas é o que acontece com quem é curioso demais e se mete em coisas que não deveria, não é mesmo? Maria Antonieta!
- Responda quando Madame Agatha falar com... – Ameaçou Fobos, quanto Madame Agatha lhe interrompeu.
- Sabe? Quando vocês fugiram eu vasculhei seus pertences e encontrei isto. – Disse, mostrando lhe seu diário que esta havia deixado no internato –Eu andeilendo algumas coisas, são interessantes, como...você ser uma sonhadora...ver o lado bom das coisas em momentos ruins...sonhar um milhão de vezes com este lugar sem saber onde é...mesmo tendo uma tia fútil, uma mãe carinhosa...e um pai insensível...
- É da minhafamília que você está falando... – Disse Maria Antonieta, quase perdendo a paciência.
- Eu sei... mas vendo você...o que você escreve sobre o que acontece com a sua família...principalmente sobre seu pai...Sabe? Acho que nós duas temos algo em comum...
- E o que eu teria em comum com...com você?!
- O amor do nosso pai!
- O amor do nosso pai? Do que está falando?
- De tudo! Claro que temos algumas diferenças, você teve uma mãe para te dar amor, é claro, mas não somos tão diferentes quanto a nossos pais!Podemos ter histórias diferentes, mas eles não são tão diferentes assim. Eles não nos entenderam, eles nos ignoraram, não nos compreenderam, nos viram como aberrações... – Dizia, provocando.
- O que é isso?!!! O que está querendo dizer com isso?!!! – Disse assustada.
Com um riso malicioso, Madame Agatha se aproximou da gaiola de Maria Antonieta e sussurrou em seu ouvido:
- Você nunca foi amada...
Naquele momento, a jovem sonhadora se afastou de perto de Madame Agatha, com o rosto assustado, sem querer acreditar no que havia escutado. Jacques Chevalier não era o melhor pai do mundo, masnão merecia tal comparação, era o seu pai, e apesar de tudo ela o amava. Enquanto Maria Antonieta tentava ignorar as provocações de Madame Agatha, esta parecia gostar do que estava fazendo. Ela havia pego no ponto fraco da jovem sonhadora, e usou isso contra ela, mas Madame Agatha ainda tinha algo muito pior que ela nem imaginava que ia acontecer.
- Por que está dizendo essas coisas?! Você não sabe nada sobre o meu pai!!!
- Ele não te ama querida...nunca te amou...eu sei do que estou falando, confie em mim, por que você acha que ele não aceitava o seu jeito? Por que as vezes ele dizia ter vergonha de você? De não agir como uma garota normal? Num momento de guerra? De caos? Ele lhe culpou pela morte de um garoto que te fez mal, e a culpa não foi sua! Que tipo de pai faz isso?
- Ele não quis dizer isso de verdade! Ele...ele...
- Ele quis, ele quis sim, a palavra de qualquer um valia mais que a sua... assim como as humilhações... e as brigas constantes com a sua mãe...sua tia...e principalmente com você.
- Não!!! Isso é mentira!!! Eu não acredito em você!!! Eu não acredito!!!!
- Que triste... Mas acho... – Disse, abrindo a gaiola – que posso provar para você que não estou mentindo, mas terá que ser do meu jeito...
Sabendo que o pior estava para acontecer, Maria Antonieta deu dois passos para atrás, mas Madame Agatha acabou mandando os pesadelos a trazerem para fora da gaiola para “brincar” com seu psicológico. Ao ouvir isso Maria Antonieta tentou se afastar, mas eles foram mais rápidos. Madame Desirée, Lolita, Bijoux e os gêmeos tentaram puxá-la de volta para dentro, mas sem sucesso enquanto esta se debatia, e outros pesadelos os impediam de chegar perto dela.
Os pesadelos a atiraram no chão, e seguraram seu corpo, Madame Agatha se aproximou e se abaixou ao lado de Maria Antonieta, e acariciou seus cabelos, enquanto esta tentava permanecer calma, apenas desejando que nada de ruim lhe acontecesse.
- O que você vai fazer?! Se for me matar,me mate já! Terá um problema a menos! – Disse Maria Antonieta, enquanto seus amigos gritavam e imploravam para que Agatha a poupasse.
- Não! Seria fácil de mais, e muito sem graça também! Eu quero que você veja, q você sinta, que você tenha a mesma sensação que todos tiveram. – Disse Madame Agatha.
- Isso não vai ficar assim! Ainda vão descobrir sobre esse lugar, e os crimes que você cometeu...
- Descobrir?! – Riu –Quem?! A policia? O exército?! Seus pais?! O mundo real inteiro?!Você é tão tolinha,como você acha que vocês e todas as outras crianças e jovens vieram parar aqui? Por acaso?! Acha que todos vieram por acaso? Não, minha querida...Eu mesma mandei os pesadelos virem lhes buscar...
- É mentira!!! Nossos pais nos mandaram para...
- Internatos na Suíça, casa de parentes, para o outro lado do mundo, tudo isso só para proteger seus adoráveis filhinhos da guerra e das pessoas horríveis do mundo real, não é? Tudo foi planejado, e sabe como? – Disse – Bem... Eu mandei os pesadelos para o mundo real para lhes vigiarem, como fiz com as primeiras gerações. – Dizia, deixando Maria Antonieta perplexa – Eles vão, e assumem a forma humana, podendo se disfarçar como qualquer pessoa do mundo real, fazendo isso, eles se aproximam de vocês, e captam informações sobre tudo, família, personalidade, gostos, medos. Nisso eles focam principalmente nos seus medos e problemas mais pessoais, assim, eles convencem não apenas vocês, mas também os seus pais, dizendo principalmente à eles que para a sua segurança, seria melhorvocês ficarem num internato, como o São Judas, ouem qualquer outro lugar seguro. E então, vocês vem para Marda Bardim.
- Não...
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Bem Vindos a Marda Bardim - Os Três Sonhos Principais (CONCLUÍDA)
FantasiaApós serem capturados por madame Agatha, Maria Antonieta e seus amigos são levados novamente ao internato São Judas e cruelmente torturados pelos pesadelos, juntamente com os outros habitantes de Marda Bardim. Após ter mais uma verdade revelada por...