When It Breaks || Jason Todd

twelve

Sam on

— Estive pensando em  você. — Digo quando Jason, com roupas normais, entra pela minha janela. Ele sorri. Seu sorriso é hipnotizante, brilhante, capaz de iluminar uma sala inteira apenas por aparecer. — E em como precisa aprender a bater na porta.

— Qual seria a graça?! Gosto da sua escada de incêndio. — Ele diz ao entrar. Está vestindo um Jeans azul, uma camiseta preta e uma jaqueta por cima. Sorrio.

— Sem machucados para que eu cuide? Não estou gostando disso. — faço um biquinho.

— Os únicos machucados que quero ser obrigado a ver hoje são os seus. — Ele segura meu rosto, encarando o corte ali. — Estão melhores?

— O da perna ainda me incomoda, mas os outros sim.

Jason assentiu. Eu não tinha certeza se ele ainda observava o corte ou outros detalhes do meu rosto. Sorri com esse pensamento. Jason prestar atenção em mim me deixa feliz e eu não sei exatamente o porquê. Não vejo Jason a dois dias, mas isso não me irrita, tenho a impressão de que ele estava resolvendo algo importante, por isso não o vi.

— Você vai ficar bem. — Ele sorri. — Desculpa não ter aparecido nos últimos dias…

— Tudo bem. — Digo com um sorriso leve. — Você está bem, e isso que importa.
Jason agradece com o olhar, e me ocorre pela primeira vez que talvez ele não esteja tão acostumado assim com compreensão da sua parte em uma situação.

— Como está o trabalho? — Ele pergunta enquanto solta meu rosto e vai até o sofá. Não havia percebido que ele ainda estava segurando até que ele soltou. Suspiro. Tenho trabalho no Iceberg desde que reconstruíram a boate do ataque do morcego. Tenho evitado ouvir tudo que dizem lá embaixo, mas por Deus, as vezes é impossível. Não entendo o porquê o pinguim me quer tanto lá embaixo.

— Cansativo… — digo, poupando ele dos detalhes. — Como está… o que for que você tem feito?

Ele sorri cansado. Eu me sento ao lado dele.

— Uma procura sem fim. Não sei como vou achar o que preciso mas… — Ele se interrompe, me olhando como se tivesse percebido só naquele momento que não deveria estar falando sobre aquilo. Jason passa a mão no cabelo, bagunçando os fios negros que pareciam terem dado trabalho para ficarem arrumados. Suspiro. — Não queria vir aqui para isso… — Ele força um sorriso.

Odeio ver ele com essa expressão no rosto. Queria poder apenas tirar essa preocupação dele, ajudá-lo no que precisa, ajudar a achar o que ele procura. Minhas mãos estão suando, e eu não faço a menor ideia do motivo.

— O que acha de pipoca? — Digo, sem saber o que fazer. — Podemos comer pipoca e assistir alguma coisa…

— Você não precisa ir trabalhar hoje?

— Preciso, mas só as sete. Temos tempo. — Sorrio e ele também. O sorriso verdadeiro de Jason deveria ser fotografado e guardado em uma galeria como obra de arte.

— Tudo bem então.

[…]

— Sammy? — Acordo com a voz de Jason fraca. Abro meus olhos e percebo que estou deitado no peito de Jason. Me sento bruscamente, e eu tenho certeza que estou tão vermelho quanto o traje de Barry. Eu com certeza devo ter pego no sono no meio do filme que estávamos assistindo e acabei caindo para cima de Jason, e o mesmo só não me acordou por educação. Meu deus, eu quero explodir.

— Me desculpa, Jason… eu dormi e acabei…

— Tudo bem. — ele está sorrindo, sorrindo como nunca vi antes. Ele está reluzindo com um brilho que não sei identificar sobre o que é. — Por mais lindo que você fique dormindo, está na hora de ir para o trabalho.

Escondo meu rosto com as mãos, minhas bochechas estão queimando e eu devo estar tão vermelho quanto um tomate. Ouço a risada de Jason, e sinto meu coração tropeçar. Não importa que música que tenha sido a minha favorita até agora, ela não se compara com o som da risada de Jason. Tiro minhas mãos do rosto e olho para ele, que está apoiado nos cotovelos, sorrindo, seus olhos azuis brilhando. Como pode ser tão lindo?!

— Você está me zoando? — sorrio.

— Sim, estou. — Ele balança a cabeça. — Você é fácil de zoar.

— Eu tenho que ir trabalhar. — Balanço a cabeça e me levanto.

— Posso te levar até lá?

— Vai adiantar alguma coisa se eu falar que não?

— Não.

Não deixo que ele veja, mas estou sorrindo.