When It Breaks || Jason Todd

twenty one

Sam on

— Então, Flash?

— Flash. — sorrio de canto. — Vou precisar que ele venha aqui. Só para ter certeza que eu estou vivo…

— Por mim, tudo bem. A casa não é minha mesmo. — Jason sorri, mechendo no meu cabelo.

— Sim… Bruce.

— Bruce.

— Ele foi um bom pai?! — Pergunto, e vejo os ombros de Jason ficarem tensos. Ele pensa na resposta por algum tempo, e eu até penso que ela pode não vir. Não é algo fácil de contar para alguém.

— Quando podia, ele era bom. — Jason suspirou. — Eu passava a maior parte do tempo com Alfred, por causa da empresa e da coisa de Batman, mas quando estávamos juntos… ele era bom. Atencioso. E do jeito dele, carinhoso. — Vejo os olhos azuis tempestuosos se encherem de lágrimas, e logo aperto Jason o mais forte que posso. Não queria que ele chorasse, não queria que se sentisse mal. Colo meus lábios aos seus, e deixo com que minha mão repouse em seu rosto. Quero que ele sinta o que sinto, o carinho grande que nasce no meu peito e parece incendiar meu corpo. Ele separa o rosto, me olhando com um sorriso nos lábios e algumas lágrimas escorrendo pelas bochechas.

— Sinto muito.

— Tudo bem. — Ele responde. Sua mão alcança o meu rosto fazendo carinho, ele está me observando, quase como analisando os detalhes do meu rosto. Existem palavras que ficam no caminho, e existem perguntas e curiosidades que estão entre nós. Mas agora, estamos apenas os dois, deitados juntos, apreciando o momento. Um beijo após o outro, descubro que não sei como vivi esse tempo todo sem beijar Jason Todd, sem explorar o tórax macio e sem deixar beijos por todo seu rosto. — Você é muito bonito. Não sei se já te disse isso antes.

— Não, não disse. — Sorrio tímido, tenho certeza que estou corando.

— Você é muito bonito. — Ele afirma e deixa um beijo nos meus lábios.

[…]

Acordo com batidas na porta.

Jason não está mais comigo.

Levanto preguiçoso e abro a porta, dando de cara com um Dick Grayson de pijamas, provavelmente tendo acabado de acordar também. Pergunto o que ele quer e logo me desculpo pela grosseria. Ninguém é simpático ao ter acabado de acordar.

— Você tem visita. — Ele boceja e se vira, andando pelo enorme corredor e virando no final, provavelmente voltando para o próprio quarto.

Me arrumo rápido e desço as escadas correndo. No hall principal, eu encontro Barry parado. Praticamente voo em sua direção, jogando os meus braços ao redor de seu pescoço e recebendo um abraço mais forte ainda em resposta. Ele respira fundo em meu pescoço e aperta minhas costas com os braços. Consigo sentir seu coração batendo contra o meu peito.

— Seu idiota. — ele repete algumas vezes até que parece se acalmar. — Não faz mais isso. Sabe como você me assustou?! Sabe como é difícil achar outro melhor amigo para tomar café da manhã de tarde?!

Sorrio. Eu amo meu melhor amigo.

— Desculpa, Barry. — Respondo, evitando o soltar. — Não vou fazer isso de novo. Prometo.

— É bom mesmo.

— Comovente. — Ouço a voz áspera vindo de trás de mim. Solto Barry para olhar para trás. Na ponta superior da escada, está Bruce Wayne, descendo calmamente com um jornal da mão direita e sua mão esquerda no corrimão. Ele veste um robe de cetim e seus pijamas. Dia de folga, eu suponho.