sixteen

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Sam on

O café da manhã estava indo bem. Todos ao meu redor brincavam entrem si e estavam envolvidos em conversas calorosas. Todos menos Jason, Bruce e eu. Jason apenas encarava o prato de comida como se fosse ser um custo comer cada coisa ali, que foi generosamente servido por Stephanie. Pelo visto, Jason não comia com frequência. Bruce estava com seus olhos fixos em mim, como se esperasse que eu revelasse um truque misterioso ou um quarto braço. Enquanto eu apenas observo Jason.

Sinto que ele não consegue manter o foco em comer ou até mesmo se colocar em uma conversa por simplesmente não sentir que deve fazer isso. Ele parece absorto em pensamentos que eu queria poder tirar dele. Sei que são pensamentos ruins, não preciso nem ler sua mente para ter essa informação.

— Sam. — Bruce chama minha atenção e olho para ele. — Podemos conversar? A sós?

— Sim, cla…

— Bruce. — Jason está raivoso, e seu tom de voz denuncia isso. — Você não vai…

— Você não controla o que eu faço ou deixo de fazer, Jason. — Bruce diz calmo, até mesmo entediado. Ele se levanta e Jason também, me sinto na obrigação de me levar junto. A mesa toda fica em silêncio.

— Eu já disse que…

— Sim, você disse, mas não dá as ordens e muito menos fala por ele. — Bruce olhou para Jason. — Podemos conversar, Samuel?

Fecho os olhos com força. Ele me chamar por todo meu nome reforça a ideia de estar direcionando a conversa e uma futura escolha para mim.

— Jay — chamo a atenção de Jason, que se vira para mim. Seus olhos azuis em chamas, seu maxilar travado, e seus punhos estão cerrados em cima da mesa. Ele nem deve estar percebendo o quanto parece que vai explodir. Coloco meu melhor sorriso tranquilizador no rosto. —, não se preocupa, ok? Eu sei me cuidar. — Ele bufa e meu sorriso vacila. — Você vai estar aqui quando eu sair?!

Jason respira fundo e se senta, olhando para o canto da sala. Consigo ver como seus pensamentos ruins se misturam com o ódio que se formou. Quero poder segurar em seu rosto e pedir que se acalme, colocar a mão em seu peito e dizer que respire fundo, que não deixe que essas coisas que lhe vem a cabeça o afetem.

— Você vai estar aqui quando eu sair, certo? — Pergunto mais uma vez. Jason me olha e assente, não menos irritado. Sorrio genuinamente agora. — Podemos ir então. — Digo a Bruce, que observa a cena atentamente, como se estivesse tentando entender algum truque.

Caminhamos em silêncio pela mansão. Ao lado de Bruce, o lugar não parece mais tão incrível, apenas frio e vazio, assim como a caverna do Batman.

Já ouvi algumas coisas sobre Bruce Wayne. Sei que ele é um playboy rico, sei que tem uma empresa multibilionária e sei que gerência ela. É diferente ver a pessoa real e uma foto. Bruce parece menos playboy rico e mimado pessoalmente.

O homem abre uma porta e vejo um pequeno escritório ali. Entro e ele logo em seguida, fechando a porta atrás de si.

— Sam. — Bruce senta na mesa que estava ali e me encara. Coloco minhas mãos no bolso. Seu olhar me faz sentir pequeno e ridículo, igual uma criança. — Jason me disse que trabalha para o Pinguim.

— Não trabalho para o Pinguim. Trabalho para uma boate que por acaso é dele.

— É a mesma coisa. — Bruce dá de ombros. — E a boate não é do Pinguim. É do Falconi.

— Não sei quem é esse.

— Claro. — Bruce me analisa. — Você veio de Central City?

— Sim.

When It Breaks || Jason ToddOnde histórias criam vida. Descubra agora