Capítulo cinco:🇮🇹 Oi meus queridos!🇧🇷

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🎶me senti perdida e confusa, mas em seus braços encontrei meu abrigo... 🎶

Abracei Salvatore com toda as minhas forças. Me agarrei a ele como se só nele eu encontrasse abrigo, segurança, amparo. Enquanto as lágrimas caíam de meus olhos e molhavam sua camisa social preto, minhas unhas cravaram em seus braços, eu me prendi a ele, como se tivesse medo que ele partisse.

Vagarosamente, sinto Salvatore envolver seus braços em torno de meu corpo. Sua direita acaricia lentamente meus cabelos e sua mão direita para bem no meio das minhas costas. Meu choro era de desespero, e meu lamento de dor. Eu havia perdido quem eu mais amava, e sabia que estaria sozinha no mundo dali por diante.

Agora era só eu, e eu.

- Me, desculpe! - digo ao sair de seus braços.

Seco minhas lágrimas com as mãos e tento me recompor. Eu estava um farrapo.

- Acho que você precisa de um calmante, vou mandar trazerem! - ele diz fazendo de ia se levantar.

- Não! - o impedi segurando em seu braço.

Ele me olha atentamente. Seus olhos escuros vão ao encontro dos meus, e sinto meu coração acelerar.

- Por favor, eu não quero ficar sozinha! - digo.

Salvatore apenas faz que sim com a cabeça.

- Você precisa se acalmar. - ele diz me olhando.
- E, descansar um pouco. - ele conclui.

- Tenho medo! - admito.
- Tenho medo de dormir e sonhar de novo. De passar por tudo aquilo novamente, de sofrer tudo outra vez!

- Foi só um pesadelo Rafaella! Nada de ruim vai te acontecer, eu estou aqui para te proteger. - ele diz apenas.

O encaro por alguns instantes e então me dou conta que estava me comportando igual uma criança medrosa.

- Me desculpe, eu estou parecendo uma menina medrosa! - tento me recompor.

- Você passou por muitas coisas nos últimos dias, são mudanças intensas e repentinas, é normal que se sinta assim. Todos nós precisamos de tempo para lidar com a dor! - Salvatore diz de forma terna.

Naquele momento, ele se mostrava tão diferente do homem que conheci, do homem centrado e sério que resolveu todas as questões da minha vinda para cá. Ele parecia diferente, um diferente bom.

- Tem razão! - admito.

E então, me acomodo em minha cama me deitando na tentativa de tetar descansar um pouco. Salvatore permanece sentado a minha frente me olhando atentamente. Após breves instantes, o cansaço me dominou e vagarosamente sinto meus olhos pesarem e com isso eles vão se fechando pouco a pouco.

Salvatore foi a primeira imagem que vi depois do pesadelo, e a última que vi antes de pegar no sono novamente.

E Incrivelmente durante o resto daquela noite, não tive mais pesadelos.

🎤

E como sempre após a tempestade, vem um novo amanhecer cheio de luz e bonança. E assim foi. Na manga seguinte o dia estava Incrivelmente lindo; o sol estava alto, uma brisa suave pairava no ar e a sensação que eu tive era de que aquilo era um sinal. Um claro e lindo sinal de que o tempo de chorar passou. Agora eu precisava seguir minha vida.

- Oi meus queridos! - digo olhando para a tela do meu celular.

Sentada sob a cama, de pernas cruzadas e tentando manter uma feição bem, começo a falar sobre a minha partida.

- Desde o começo da semana estou um pouco sumida das redes sociais e desmarquei todos os meus compromissos... A verdade é que, na segunda feira, ao retornar para casa, vejo uma cena difícil de esquecer, minha mãe estava morta, no chão da cozinha. Não sei como aconteceu mas, segundo as investigações da polícia, dois bandidos entraram no meu prédio sem serem vistos e ao subir no meu andar, mataram minha mãe... - tento segurar as lágrimas.
- Com isso, resolvi dar uma pausa na minha carteira, preciso de um tempo sozinha e preciso também ficar longe de tudo o que me causa dor. Com isso, ja estou fora do país, e ficarei por aqui não sei até quando. Isso não é um adeus, meus queridos. É apemas um até breve! Logo, estaremos juntos novamente contando e sendo felizes de novo! Um beijo e fiquem com Deus! - e com isso, desligo a transmissão.

Resolvi tudo com Verônica pelo o celular mesmo. Como eu não tinha muitos compromissos agendados, foi tudo mais tranquilo, e com a morte de minha mãe muitos contratantes entenderam minha situação. Verônica iria continuar cuidando da minha carreira, mesmo eu estando parada e fora do Brasil, todos os meus contratos e tudo o que era ligado a mim, ela iria continuar cuidando.

Meu plano era ficar fora de circulação por um ano. Salvatore prometeu resolver minha situação com os alemães o mais rápido possível para que eu pudesse voltar a minha vida normal, mas eu sabia que não seria nada fácil. Pelo o pouco que eu conhecia sobre a máfia, lidar com eles era missão impossível.

O que me reconfortava um pouco, era que desde que estourei como cantora há 5 anos, nunca tirei férias nem dei uma pausa para nada. Eu precisava mesmo descansar um pouco, só não queria que fosse nestas circunstâncias.

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