Capítulo um: 🇧🇷Me prometa🇮🇹

976 106 5
                                    


Obs: prólogo postado anteriormente. Volte um capítulo caso não tenha lido. 🎤 🍷


🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇮🇹🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷🇧🇷

🎶... O tempo tentou, insistiu, lutou, Mas não pôde apagar a chama do nosso amor. Nem tudo o que passa será pra valer, um dia o tempo irá voltar, e eu vou te ver! 🎶

- Obrigada Itaquerão! Vocês são demais! - agradeço após cantar o último verso da minha música.

A multidão a minha frente estava empolgada, um mar de gente se faz ver através das luzes que piscava. Eu estava no auge da minha carreira e tinha tudo o que sempre quis ter. Nada me faltava.

Após receber alguns fãs em meu camarim, sigo com Verônica, minha assessora até o carro que nos aguarda e assim seguimos de volta para casa. 

Cantar, compor, colocar em forma de melodia tudo o que eu sentia no mais profundo do meu íntimo, era o meu dom, minha vocação. E foi assim que eu estourei em todo o Brasil, cantando minhas próprias músicas. O pop era minha paixão, e cantar pop a realização de um sonho.

🎤

- Uma cor? - a repórter me pergunta.

- Preto! - respondo. Ela sorri.

- Preto? Não é um tanto, triste? - ela insiste.

- Depende do ângulo que se vê! Eu particularmente adoro preto, pra mim, é uma cor sedutora, sex e... Glamourosa! - sorrio.

- Uma paixão? Além da música é claro!

- A vida! Sou apaixonada, enlouquecidamente pela a vida!

- Então, você curte bem cada momento? - ela pergunta.

- Como se fosse o último! - respondo.

A entrevista seguiu como sempre. Respondi muitas perguntas, falei sobre minha carreira que ia a todo o vapor depois de uma mini turnê pelo o sul do país, e terminei a entrevista com uma música cantada sem instrumento.

🎤

A parte ruim de ter uma vida agitada e estar sempre viajando era que eu não conseguia passar muito tempo com minha mãe, a única pessoa que eu tinha de mais importante nesta vida. Mamãe as vezes me acompanhava nos shows, mas era mais quando eu tinha shows no mesmo estado onde moravamos, mamãe nunca gostou de avião nem de passar muito tempo fora de casa.

E se existia um momento mais prazeroso para mim, mas do que estar prestes a subir num palco, era o exato momento em que eu girava a chave na maçaneta da porta e a abria. Pois era nesse exato momento em que mamãe surgia vindo de qualquer lugar da casa com um sorriso alegre nos lábios e me recebia com um abraço apertado de saudade. No entanto, ao chegar no vigésimo segundo andar do  nosso prédio, andar esse em que ficava o nosso apartamento,  naquele começo de noite sinto que há algo errado no ar.

Por andar só havia um apartamento. Escolhi aquele prédio em especial num bairro nobre da capital de São Paulo justamente pela a privacidade que nos dava, e nosso apartamento em especial ficava localizado na cobertura do prédio de alto padrão, tudo pelo o conforto e tranquilidade que eu sempre procurei. E ao me aproximar da porta do apartamento, vejo que ela está entreaberta. Isso não era normal.

Logo meu sexto sentido aflora.

- Mamãe! - digo baixinho enquanto mil coisas passam por minha mente.

Ando a passos rápidos em direção a porta e a abro, noto que tudo está  tranquilo. Mas mesmo assim, algo dentro de mim diz que á algo de errado no ar.

Até que em uma fração de segundos, ouço algo vindo da cozinha. Um barulho leve mas perceptível. Sigo até lá sentindo meu coração bater acelerado, como se fosse sair pela a boca. Eu nunca fui de pensar no pior, e ainda mais depois que ganhei fama e fiquei conhecida. A vida que consegui proporcionar a minha mãe era uma vida tranquila, instável, e segura. No entanto, algo dentro de mim gritava dizendo que algo de muito grave havia acontecido ali, mesmo não tendo resquícios disso, a não ser é claro, pela a porta entreaberta.

Sigo até a cozinha e ao chegar logo na porta vejo uma cena dificilmente fácil de esquecer.

Minha mãe está deitada no chão no meio da cozinha, há uma poça de sangue junto a ela e mais a sua frente há também dois homens parados a olhando.

- Mamãe! - digo em voz alta.

Imediatamente sigo até ela e me abaixo para ficar mais próximo dela.

- Rafaella! - ela diz já cansada.

- Mamãe, o que aconteceu aqui? - pergunto já sentindo meus olhos se encherem de lágrimas.

Ela nada diz. Em seguida, volto minha atenção para os dois homens que estão me olhando um pouco afastados. Fico processa  de ódio.

- O QUE VOCÊS FIZERAM COM A MINHA MÃE? - grito enfurecida. Eles apenas me olham.

- Rafaella, não foram, eles! - ela tenta falar.

- Mamãe, não diga nada. Vou chamar a emergência! - digo ao tirar minha bolsa do ombro na tentativa de pegar meu celular.

- Não vai, dar tempo! - ela diz ao tocar sua mão na minha me parando.

A olho atentamente.

- Rafaella, me escute... Este é, Salvatore Tarantino. Ele é, seu primo! - ela diz claramente se referindo ao homem mais novo.

A olho confusa.

- Como?

- Me escute, ele, ele vai lhe proteger minha filha. Confie sua vida a ele, só ele vai poder lhe proteger deles! - ela diz me surpreendendo.

- Deles quem mãe? - pergunto confusa.

- Eu não vou, ter tempo de lhe explicar. Salvatore irá, lhe explicar tudo. Apenas, me prometa que irá com ele, que não ficará aqui, me prometa Rafaella! - ela suplica ao apertar minha mão.
- Me prometa! - ela insiste.

- Eu prometo mamãe, eu prometo! - as lágrimas rolam de meus olhos.

- Eu te amo tanto minha filha! - minha mãe diz ao acariciar minha mão.

- Eu também te amo mamãe, te amo muito! - mais lágrimas caem.

Eu simplesmente não queria acreditar que aquilo seria minha despedida.

E assim foi.

Após um breve momento ainda com o mesmo leve sorriso que mamãe sempre mostrava ao me ver chegar em casa, ela se vai. Fechando os olhos e partindo pra sempre.

- NÃO, MÃE! - grito ao me jogar sob seu corpo já sem vida.

Casamento De MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora