Capítulo treze:🇮🇹 James🇧🇷

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Capítulo doze postado anteriormente, se não viu, corre lá! 🚨


-Senhor, todos nós da vila lhe desejamos muitas felicidades em seu casamento! - Um senhor de idade avançada diz ao cruzamos a porta da capela.

- Grazzie, Mateo! - Salvatore diz com um leve sorriso.
- NÓS VAMOS PARA CASA FESTEJAR COM NOSSA FAMÍLIA, MAS VOCÊS PODEM FESTEJAR AQUI NA VILA, TEM COMIDA E BEBIDA PARA TODOS! - Salvatore diz em alto e bom som.

Todos comemoram.

Sigo com Salvatore de volta para o carro ao som de gritos e comemorações dos que ficaram.

🎤

A pequena recepção foi montada na sala de estar da casa. Uma enorme mesa com o bolo e vários tipos de doces e aperitivos havia sido montada bem no canto da sala. A música era animada, bem estilo italiana, e ali estavam presentes todos os funcionários da casa, os funcionários de Salvatore e sua irmã e mãe. Todos pareciam animados e felizes exceto é claro minha sogra. Com certeza ela seria a pedra no meu sapato. Ao menos ela disfarçava enquanto tirávamos as fotos para o álbum num cantinho que foi montado na sala para esse propósito.

E a festa seguiu...

- Rafaella, está tudo certo para a viagem de vocês. A mala já está no carro e tem uma muda de roupa para você no seu antigo quarto! - Giovanna diz ao se aproximar.

- Grazzie por tudo Giovana! - digo. Ela sorri.

- Só faça meu irmão feliz!

- Farei, tem a minha palavra! - digo.

Nesse momento, olha na direção de Salvatore que estava do outro lado da sala conversando com Carlo. Ele parecia feliz, mas contido. Bebericando uma taça de vinho, vejo Salvatore olhar em minha direção e logo seus lábios se abrem em um singelo sorriso. Meus lábios também se comprimem em um sorriso para ele, em resposta ao dele, até que algo interrompe esse momento terno.

A música para e todos os que estavam ali presentes se assustam.

Vejo um homem alto, loiro de olhos azuis igual o oceano adentrar acompanhado de dois homens altos e fortes. Vejo também o semblante de Salvatore mudar. Ele parecia tenso.

- Não! - Giovanna diz ao levar uma mão a boca. Ela parecia perplexa.

- Quem são eles? - pergunto a ela.

- James! - ouvir esse nome sinto meu coração acelerar e minhas pernas tremerem.

Olho fixamente para o homem que mandou tirar a vida da minha mãe e logo sinto as lágrimas brotarem em meus olhos.

- O que faz aqui, James? - Salvatore pergunta ao levar a mão ao cós de sua calça.

- Vim desejar felicidades aos noivos! - o tal James diz com um enorme sorriso nos lábios ao se aproximar de Salvatore.
- Fiquei chateado, confesso. Você no me chamou para o casamento meu querido don! Mas, vejo que a festa é apenas para a família. - ele diz ao olhar em volta.

Vejo em todos os presentes ar de preocupação. Carlo se aproxima de mim e fica ao meu lado. Giovanna vai ao encontro da mãe que estava junto de Sophia e as demais funcionárias da casa.

E então James me olha.

Seu olhar vai ao encontro me causando arrepios. Sua feição era maligna, cruel, mas com um ar de superioridade. Ele sabia o poder que tinha nas mãos. Embora Salvatore o matasse, ele sabia que poderia me matar primeiro. E assim conclui sua vingança.

Vejo James dar um passo em minha direção, e vejo também Salvatore levantar a arma para ele.

- Calma! - James diz ao erguer as duas mãos para o alto.
- Io só quero comprimento a noiva! - ele se defende.

- No se aproxime dela! - Salvatore diz o tendo em sua mira.

- Salvatore, no se preocupe hãn!? Afinal, somos todos parentes aqui! E Io no faria mal a tua mulher em plena festa de casamento. - ele se defende.

Salvatore não se mexe.

- Io só vim ver com meus próprios olhos! Você esteve em minha casa há alguns dias atrás, e no me disse nada deste casamento! Aconteceu tão rápido né?! - ele parecia desconfiado.

- Rafaella, você precisa fazer algo. Ou ele desconfiará! - Carlo sussurra em meus ouvido.

Além de mim E Salvatore, Carlo era o único que sabia da real situação daquele casamento.

Respiro profundamente.

- No vou dizer que é um prazer conhecê-lo pois estaria mentindo! - digo ao andar até eles.

Salvatore e James me olham atentamente.

- Vejo que herdou o bom humor de seu pai! - ele diz com um sorriso macabro.

Paro bem no meio dos dois.

- No gosto de intrusos! Está festa é particular. - digo o encarando.

- Mas somos parentes! - ele se defende.

- No! No somos! - retruco.
- Parentes no matam uns aos outros! - o encaro ainda mais.

- Nesse meio, meu anjo, matamos até nossas esposas! - ele diz friamente.

Engulo em seco.

- Io mesmo já fiquei viúvo três vezes! - ele parece se divertir com a situação.
- Mas no vamos falar de coisas tristes! Afinal, nosso querido don se casou, finalmente... Só fico a pensar, o que o levaria a tomar una decisão tão importante como está assim, do nada?! Você já passou da idade para se casar, em nosso meio os casamentos acontecem cedo. - ele tenta especular.
- Será que, só estás tentando proteger tua prima de mim? O que a organização diria ao saber que esse casamento no é verdadeiro?

Vejo Salvatore ficar sem palavras. Ele havia nos pegado na mentira. Tudo estaria acabado.

Vi no olhar daquele homem a maldade, a ganância por poder, a cede por vingança. Vi também o medo de todos que estavam ali estampados em seus rosto. Logo minha mente se lembrou dos que ficaram no povoado. Gente de bem, pessoas boas que não tinham nada a ver com aquela história. E então, algo dentro de mim se acendeu. Eu precisava agir.

Casamento De MentiraOnde histórias criam vida. Descubra agora