7 - Eu estou grávida mãe! 👣

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- Se sente melhor? - minha mãe pergunta.

- Sim! - digo ao lhe entregar o copo com água.

- Então vamos para casa! - ela diz.

Me levanto.

- Dona Xica, talvez seja melhor Amora dormir aqui! - Gustavo diz nos surpreendendo.

Eu e minha mãe olhamos atentas para ele.

- Quer dizer, na casa! Em outro, quarto! - ele parecia constrangido.

Minha mãe olha para mim e depois para ele fazendo um caminho imaginário com os olhos.

- Por quê? - ela pergunta a ele.

Vejo Gustavo engolir em seco.

- Não se preocupe Gustavo, eu já estou bem. Já passou! - tento intervir.

- Tem certeza? - ele insiste.

Piora tudo.

- Que raios está acontecendo aqui? Vocês podem me explicar? - minha mãe pergunta firmemente.

Olho para Gustavo desejando o matar com meus olhos.

- Não é nada mãe, passei muito mal na estrada e Gustavo me ajudou muito. Ele só está preocupado, só isso! Mas ja estou bem, e, podemos ir para casa. - garanto.

Ela me opha atravessado.

- Boa noite doutor Gustavo! - ela diz o encarando e saí do quarto.

- Boa noite! - ele diz discabriado.

- Obrigada pela a ajuda, mas, minha mãe está desconfiando. - digo baixinho.

- Me desculpe, só estou preocupado! - ele se retrata.

- Amora! Vamos. - minha mãe surge na porta do quarto com ar sério.

- Boa noite! - digo constrangida.

- Boa noite! - ele responde baixinho.

👣


O dia começava cedo na fazenda. E todos já estavam seguindo seus afazeres como de costume.

- Não vai tomar café da manhã, Amora? - Branca pergunta ao ver que todos já estavam indo para a cozinha e eu continuava descascando as batatas.

- Não estou com fome! - digo tentando disfarçar o enjôo matinal.

- Está bem! - ela diz com um leve sorriso e se vai.

- Quando isso vai passar? - pergunto a mim mesma.

Minutos depois o enjôo se torna ainda mais forte, e sinto que mesmo estando com o estômago vazio, vou vomitar tudo o que restar lá. Tento correr para o banheiro que ficava no fundo do corredor mas antes mesmo que eu consiga dar o primeiro passo, o vômito chega, e ali mesmo, no chão da cozinha coloco o resto da sopa da noite passada para fora.

Curvada para a frente, sinto como se minha barriga se formasse em um nó, colocando tudo para fora. Até que, sinto novamente uma mão gentil levar meus cabelos cuidadosamente para trás. Era ele. Gustavo estava ali novamente me ajudando.

- Obrigada! - digo depois que tudo passou.

- Você está vomitando muito, isso não é bom! - ele diz me olhando com ar preocupado.

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