25 - A chuva 👣

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- Amora, em nome de nossa família te peço perdão! - dona Laura diz com lágrimas nos olhos.

- Não precisa pedir perdão por algo que a senhora não fez! - digo com ternura.

- Mesmo assim eu peço! Sei que o que Guilherme fez não tem concerto, não tem perdão, mas, mesmo assim quero lhe pedir... Sei que não há coisa boa que saía disso, mas, esse menino... - ela diz olhando para Guto.
- É o arco-íris depois da tempestade!

- Ele é! Ele e, Gustavo. Não sei o que seria de mim sem eles na minha vida. - digo com um leve sorriso.

- Já você Guilherme, quero que saía! - dona Laura diz ao encarar o filho com desprezo.

- Está bem, vamos Stella! - ela diz.

- Não quis dizer para sair apenas desta casa, quero que saía de nossas vidas! - ela acrescenta.

- O que disse mamãe? - Guilherme parecia confuso.

- O que você ouviu! Quero que saía de nossas vidas para sempre. Você fez muito mal a seu irmão, a Amora e a todos. O mínimo que deve fazer é sair de nossas vidas.

- Mamãe eu estou a frente do escritório, tenho negócios...

- Estava! A partir de agora eu volto a cuidar do escritório e dos negócios da família! Já que Gustavo prefere continuar aqui na fazenda com sua família, eu cuidarei de tudo.

- Isso não está certo! - ele diz.

- O que você fez também não é certo, e no entanto não sofrerá nenhuma consequência, ao menos por enquanto. Amora tem todo o direito de lhe denunciar, de procurar os direitos dela. Mas enquanto ela não faz isso, você está fora dos nossos negócios e de nossa família! Depois do casamento irei pessoalmente providenciar que você nunca mais tenha parte de nada nosso!

- Não vou entregar tudo assim! - ele diz.

- Eu sei que não! - dona Laura retruca.
- Saíam! - ela ordena.


E foi assim que tudo acabou.

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Andando até o pequeno altar que fora organizado em frente a casa grande, enquanto os funcionários da fazenda e nossa pequena família nós observavam, inclusive é claro o prefeito da cidade e Branca, que estavam cada vez mais juntos, enquanto meus pés descalços pisam sentindo a maciez das pétalas de rosas que ali estavam, vejo a minha frente meu futuro marido. Gustavo sorridente me aguardava segurando nosso filho nos braços. Ali estavam os dois homens da minha vida. E sim, aquele era o meu final feliz.


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Enquanto a brisa suave do final da tarde pairava sob meu rosto bagunçando suavemente meus cabelos soltos, encarando a vista da fazenda o verde e as serras ao longe, sinto que ali era sim meu lugar. Eu estava onde deveria estar. Até que sinto seus lábios tocarem suavemente meu pescoço, e ali depositarem beijos leves e constantes.

- No quê está pensando? - Gustavo perguntou ao me abraçar por trás.

- No quanto eu sou abençoada por ter vocês na minha vida. E pensar que quase perdi tudo isso... - me viro para o olhar.

Olhando nos olhos de Gustavo, sinto como se nossas almas estivessem conectadas. E então os primeiros pingos de chuva caem.

- Vamos entrar, vai chover! - ele diz me olhando.

Ambos estávamos ainda vestidos com as roupas que nos casamos mais cedo.

- A chuva, sempre me fez lembrar de casa quando eu não estava aqui. A chuva, te trouxe para mim, e a chuva está aqui como testemunha de que eu te amo Gustavo! Te amo mais que a minha própria vida, mais que tudo. - digo sorrindo.

Gustavo olhando em meus olhos acaricia meus lábios suavemente.

- Eu te amo, minha doce Amora! - ele diz.

E então nossos lábios se encontram. E num beijo suave e molhado pelas as gotas da chuva, registramos ali, o nosso amor.


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