17 - A festa de aniversário do prefeito👣

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A casa do prefeito ficava numa rua bastante tranquila e de fácil acesso na cidade. Eu, Gustavo e Branca chegamos pontualmente, havia poucos convidados no local, a música calma e tradicional era tocada por uma banda da cidade, e entre os convidados que ali bebiam e conversavam estavam o aniversariante.

- Olha quem veio! - disse o prefeito de forma alegre ao nos ver e se aproximar.

- Feliz aniversário Henrique! - Gustavo diz ao abraça-lo.

- Obrigado! - ele diz ao sair do abraço.
- E obrigado pelo presente, mandei pendurar o quadro no meu gabinete. Acertou em cheio! - ele diz dando uma leve piscada de olho.

O que seria esse quadro? Me perguntei.

- Amora! Como fico feliz que tenha vindo. - ele diz ao me abraçar.

Noto um pequeno ar de aborrecimento na feição de Gustavo. Ele não havia gostado de ver outro homem me abraçar.

- Parabéns prefeito! - digo ao sair de seu abraço.

- Prefeito não! Aqui sou apenas Henrique. No final de semana será meu aniversário com a cidade. Lá sim sou o prefeito! - ele brinca.

Todos sorriem.

- Falando nisso, minha querida amiga Laura virá para meu aniversário! - ele diz claramente tentando irritar Gustavo.

- Sim, ela virá! Você fez a gentileza de levar fofocas para ela! - Gustavo retruca.

Henrique sorri ainda mais. Ele sabia que estava conseguindo o que queria.

- E quem temos aqui? - ele pergunta se referindo a Branca. Como se só naquele momento tivesse percebido sua presença ali.

- Esta é Branca, amiga da família! - Gustavo diz já percebendo as segundas intenções do amigo.

- Prazer! - ele diz ao se aproximar e beijar Branca na bochecha.

Ela fica constrangida.

- O prazer é meu, Pref... Henrique! - ela diz ao ver que ele lhe fez uma careta na tentativa de lhe dizer de forma silenciosa que não lhe chamasse de prefeito.

- Quero que divirtam-se e se sintam bem aqui! Fiquem a vontade... E, Gustavo, o empresário que lhe falei já chegou. Acho que seria melhor conversar com ele agora, antes que as outras pessoas chegue. Assim pode aproveitar melhor a festa!

- Está bem! Já volto. - ele diz a mim de forma terna.

Faço que sim e vejo Gustavo e Henrique se afastarem até que chegam na presença de um homem alto, magro e com ele, se vão.

- Nossa, aqui é muito bonito! - Branca diz olhando em volta.

A casa era sim linda, modesta mas com um certo charme. Bem a cara de Henrique, ele parecia um homem moderno e simples ao mesmo tempo que parecia extravagante.


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- Me desculpe por ter lhe deixado sozinha por tanto tempo! - Gustavo diz ao parar na minha frente.

Haviam se passado quase uma hora desse que tinha ido com os homens. A festa já havia começado de fato e a casa já estava cheia.

- Tudo bem! - digo ao sorrir.

- Podemos ir agora se você quiser!

- Não acha que Henrique ficará chateado?

- Não! Ele nem irá perceber.

- Acho que irá sim! - digo olhando para o canto da sala.

Henrique conversava com Branca de uma forma diferente, alegre e com sorrisos.

- Ela foi ao banheiro. Acho que ele a viu! - digo.

- Henrique não perde tempo! Vamos. - ele diz ao me direcionar até eles.

Seguimos até onde Henrique e Branca estavam e flagramos os dois flertando.

- Branca, nós já vamos! - Gustavo diz.

- Ah, mas já?! - Henrique diz tristonho.

- Sim, Amora está um pouco cansada. Precisa descansar!

- Tudo bem, mas, Branca pode ficar! - Henrique diz.

- Ela veio conosco! - Gustavo retruca.

- Eu a levo! Se ela querer, é claro.

Todos olhamos para Branca que nos olha constrangida.

- Se você quiser ficar Branca tudo bem. - Gustavo diz ao perceber que ela queria.

Certamente aquela tinha sido a única vez que Branca tenha ido numa festa legal.

- Se o Henrique puder me levar depois...

- Posso sim! - ele diz prontamente.
- Estamos resolvidos. Eu a levo em casa Gustavo não se preocupe!

- Certo! - Gustavo diz.

Nós despedimos e eu e Gustavo seguimos para fora da casa.



- Há algum problema em Branca ficar? - pergunto ao entramos no carro.

- Não, é que, Henrique é aventureiro. Já Branca, ela é ingênua!

- Entendo! - digo.

- Mas ele é maior de idade, sabe o que faz!

- As vezes pensamos que sabemos mas na verdade não sabemos de nada! - refleti.

- Aprendemos com nossos erros Amora, e é isso o que importa! - Gustavo diz me olhando atentamente.
- Vamos para casa descansar, amanhã minha mãe chega e acredite, ela é um furacão por onde passa. Você precisa estar descansada! - ele brinca.

Sorrio em resposta.

No dia seguinte era o dia de conhecer minha sogra.

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