14 - Casamento 👣

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Enquanto nos beijamos, Gustavo me direcionou a me levantar, e ao levantar, me sentei em seu colo, de frente, com as pernas em volta de sua cintura. Enquanto seus beijos percorreram meu pescoço e boca, me permiti sentir o prazer que era ser tocada. Até que, algo dentro me bloqueou. Eu estava sendo tocada, mais uma vez.

- Gustavo! - digo tentando faze-lo parar.
- Por favor, pare! - e ele parou. Imediatamente.

Gustavo me olha com atenção.

- Me desculpe! - sinto as lágrimas invadirem meus olhos. Ele me olha atentamente.

-  Amora, o que fizeram com você?! - ele pergunta embora já saiba a resposta.

Eu nada digo, apenas tento me acalmar.

- Me desculpe! - digo.

- Ei! Não faça isso, não me peça desculpas está bem?! Eu que tenho que lhe pedir desculpas, não foi minha intenção de deixar triste! - ele se retrata.

- Mas não deixou! É só que... Não estou pronta.

- Tudo bem! Tudo bem. - ele me abraça.

Gustavo era diferente. Gentil, compreensivo, e sabia bem o poder do limite. E ele não ultrapassou esse limite.

- Não vamos mais falar sobre isso está bem?! - ele diz olhando em meus olhos.

Faço que sim.

- Vou pegar alguma coisa para você comer! - ele diz.

Faço que sim e então Gustavo me ajuda a sair de seu colo. Me sento novamente na esteira e ele vai até a mesa, Gustavo coloca algumas frutas vermelhas em uma tigela e me trás. Enquanto eu como as frutas, ele me olha atentamente, sentado ao meu lado. E então, Gustavo toca em meu ventre. Suavemente, sua mão percorre minha barriga e a acaricia, de forma meiga e sensível, por toda a sua extensão.

- Amora, você não sabe a alegria que vocês estão me dando, o bem que estão me fazendo! - ele diz se referindo a mim e ao bebê enquanto acaricia minha barriga.

- Gustavo, você não sabe o quanto me faz bem. O quanto nos faz bem! - retribuo.

Ele sorri.

- Vocês são minha família! - ele diz de forma terna.

- Você, é minha família! - digo sorrindo.

Gustavo me olha atentamente e em seguida deposita um beijo em meus lábios.

E assim passamos a manhã, na piscina, nos curtindo, nos conhecendo.


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Após o almoço, que Gustavo mesmo preparou para mim, que se resumia a uma lasanha maravilhosa de carne e queijo, seguimos para a sala de estar, sentados no sofá da sala, bem juntinhos, conversávamos sobre e vida, a fazenda e coisas triviais. Era incrível como nossa conexão era forte, era como se havíamos nos conhecido há anos. E então o celular de Gustavo toca.

- Alô, mãe! - ele diz enquanto acariciava minha cabeça.

Com a cabeça encostada em seu peito, e seu celular num volume alto, pude ouvir a conversa.

- Gustavo meu filho, sabe quem me ligou mais cedo? - ela pergunta.

- Não, mãe!  - ele diz como se soubesse sim.

- Seu amigo Henrique, o prefeito! - ela diz.

Sinto o peito de Gustavo se contrair num pequeno e disfarçado sorriso.

- E o que ele queria? - ele pergunta.

- Ah! Ele queria saber quando eu iria aí para rever a cidade, tomar um vinho com ele e, conhecer meu neto! - ela diz a última frase firmemente.
- Gustavo Oliveira filho! Quando você iria me contar que eu vou ser avó? - ela o repreende.
- Ou melhor, quando você iria me contar que tenho uma nora? - ela parecia zangada.

- Me desculpe mãe, é que Amora tem passado muito mal esses dias, sintomas da gravidez então...

- Não me venha com desculpas Gustavo! - ela o corta.
- Uma informação como essa não se esconde da família, e, desde quando você está namorando e não me disse?! Francamente, não sei por quais motivos estou mais brava!

- Está certo mãe! A senhora está certa. - ele se rende.
- Me desculpe!

- Só isso? - ela pergunta.
- Quero conhecer minha nora, quero saber tudo sobre a gestação, quero comprar mimos para o meu neto e quero fazer o casamento!

Casamento? A mulher já queria nos casar? Era isso mesmo?!

- Mãe, acho que...

- Você já não tem mais o direito de achar nada Gustavo! - ela o corta novamente.
- Você acha que criei filho para fazer besteira com a filha dos outros e ficar por isso mesmo? Acha que eu phe criei para engravidar a moça e sair em pune?! Vai casar sim! Até onde Henrique me contou ainda não se nota a barriga, vamos tratar de fazer esse casamento antes que isso aconteça. É por isso que estou indo aí essa semana, nos veremos em breve! - e com isso ela desliga.

Me levanto de seu colo e o olho atentamente. Gustavo sorria. Ele parecia divertido com a situação.

- Gustavo, eu...

- Amora, ela tem razão! - ele me corta.

O olho confusa.

- Eu sei que tudo o que está acontecendo está indo rápido demais, mas, estou viúva há quatro anos, acho que, não tenho mais paciência de esperar... - ele se levanta.

Vejo Gustavo se ajoelhar no chão.

- Me desculpe fazer isso sem uma preocupação antes... Amora, você quer se casar comigo? - sua pergunta é direta.

Olhando em seus olhos, sinto que a felicidade finalmente bateu a minha porta.

Tinha como dizer não a ele?

- Sim! Sim! Mil vezes sim. - digo esbanjando um largo sorriso.

Gustavo sorri ainda mais.

Me jogo em seus braços ainda no chão, e o beijo com toda a vontade.

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