19 - Henrique 👣

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Uma mistura de prazer e satisfação.

Foi assim que me senti depois do senti com Gustavo. Era algo fora do comum. Algo maravilhoso que me fez ficar rendida ainda mais a ele. O já o amava!

- Do que depender de mim, você só sentirá coisas boas! - Gustavo diz me olhando.

Sorrio.

- Gustavo, eu te quero, te quero muito! Só que, ainda não estou pronta. - desabafo.

- Eu sei! - ele diz ao tocar em meu queixo.
- Quando o momento chegar eu estarei aqui, por você! - e ao dizer essas palavras, Gustavo de beija apaixonadamente.

Depois de nos curtimos mais um pouco, eu e Gustavo nos arrumamos e seguimos para o andar de baixo, para a sala de jantar afim de tomar o cafe da manhã junto com todos. Aquele seria o primeiro café da manhã sem minha mãe.

- Bom dia! - Gustavo diz a todos que já estavam a mesa ao se sentar.

- Bom dia! - digo me sentando também.

- Bom dia! - Jorge, Mara e Ana responde num só coro.

- Onde está Branca? - Gustavo pergunta não a ninguém em especial, ao notar sua ausência.

- Ela ainda não chegou, doutor Gustavo! - Ana responde.

- Não chegou?! Já ligaram para ela? Pode ter acontecido alguma coisa ela nunca se atrasou. - ele diz com ar de preocupação.

Noto que as duas mulheres que certamente tinham a mesma idade que Branca, por volta de uns 18 á 19 anos, um ou foi anos mais novas que eu, estavam com ar de constrangimento. Já Jorge, parecia irritado, mas contido.


- É que, Branca está bem doutor! Ela estava ontem na festa de aniversário do prefeito, ficou até tarde e, já no final, foi embora com o prefeito! - Mara diz claramente tentando amenizar a situação que parecia já estar desgastante antes mesmo de chegarmos ali.

- Ela saiu com Henrique?! - Gustavo parecia não acreditar.

As mulheres fazem que sim.

Gustavo olha para Jorge nesse momento e é claro o ar de preocupação e irritação nele.

- Henrique está indo longe demais! - Gustavo diz mais parecendo que era para si mesmo.

Apenas observo tudo.

- Meninas, vocês vão conseguir dar conta de tudo sem dona Xica? - Gustavo pergunta mudando de assunto.

- Sim senhor. Não se preocupe. Daremos conta! - Ana diz.

- Está bem! - ele diz.
- Jorge, vamos terminar logo o café, precisamos seguir até celeiro, preciso ver como estão as coisas por lá!

Jorge faz que sim.

E após alguns minutos, os dois terminam rapidamente seus cafés e seguem, mas antes, Gustavo me dá um rápido beijo de despedida.



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- Dona Amora, não precisa fazer isso! - Mara diz se referindo aos tomates que eu estava picando para o almoço.

- Meninas, relaxem. Eu quero ajudar, e, se eu não fizer nada aqui eu vou enlouquecer! - digo sorrindo.
- Me ajuda a me manter ocupada!

Elas sorriem e assim seguimos preparando o almoço. Entre conversas, risadas e um clima mais tranquilo.

Terminamos o almoço rápido. E sem ter nada mais para fazer, decidi me sentar um pouco no sofá da sala de estar enquanto lia um livro de romance quente. Até que Branca surge, a minha procura.

- Amora! - ela diz ao adentrar na sala.

- Branca! Está tudo bem? Estávamos preocupados com seu atraso. - digo a olhando.

- Sim, está! Na verdade, vim pedir desculpas por isso. Me atrasei, perdi a hora! Não vai mais se repetir. - ela diz.

- Está bem! - digo sorrindo.
- Mas, fiquei sabendo que você e o prefeito estavam juntos ontem na festa!

- Sim. - ela diz exibindo um sorriso apaixonante.
- Estamos nos conhecendo melhor! - ela admite.

- Só vá com calma Branca! Gosto muito de você, desde que cheguei sempre me tratou bem... Só não se magoei! - aconselho.

- Não se preocupe! - ela diz sorrindo.

Sorrio em resposta.

- Vou voltar aos afazeres!

- Está bem! - ela faz que sim e então se vai.

Volto a focar minha atenção ao livro e então aos poucos sinto meus olhos pesarem. E sem nem perceber, o sono me domina.


Sinto beijos e carícias percorrerem meu rosto e pescoço e então lentamente eu acordo. Era Gustavo.

- Estava lendo e acabei pegando no sono! Acho que são os hormônios. - digo ao acordar.

Ele sorri.

- Você dormia tão bem! Não queria te acordar.

- Não tem problemas! Gustavo, quero te perguntar algo.

- Sim! - ele diz ao se sentar ao meu lado de frente para mim no sofá.

- O que você quis dizer mais cedo quando disse que Henrique estava indo longe demais?

- Amora, não quero que conte o que vou lhe falar para Branca, ela é maior de idade e sabe bem o que faz... Henrique é casado! - ele solta a bomba.

- Casado? - perguntei surpresa.

Gustavo faz que sim.

- Na verdade só no papel! Ele ainda não se divorciou. Mas já faz quase dois anos que ele não vivi nem convive com a ex! Mesmo assim, não acho certo o que ele está fazendo, vou conversar com ele, pedir para que ele conte a Branca a verdade, depois disso, cabe a ela aceitar ou não.

- Está certo!

- Venha! Vou te levar para descansar melhor no quarto. - ele diz ao me pegar no colo.


Henrique era casado. Aquela informação me pegou em cheio, talvez Branca estivesse se metendo na mesma cilada que eu, mas eu não poderia contar. Aprendi da pior forma que existem processos que devemos passar, para aprendemos a dar valor as coisas boas que a vida nos dá de presente.

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