24 - A história se repete.

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Olá meus leitores preferidos ❤️

Respostando porque mudei um pouco as coisas por aqui. Espero que gostem mais desta versão. 😘

A sensação de impotência era grande. Eu via diante de mim um problema e uma única solução, mas não tinha coragem suficiente para resolver aquela questão. Guilherme estava na sala de estar ninando meu filho, tendo a sua volta sua esposa, minha mãe e a mãe dele que eram só elogios para ele. Escutar o quanto ele era habilidoso com Guto, o quanto meu filho gostava de ficar em seus braços e o quanto os dois seriam unidos por serem tio e sobrinho, me doeu na alma. Tudo aquilo era mentira, Guilherme não era tio de Guto, e sim pai. E eles nunca teriam contato um com o outro, eu não poderia permitir que o mesmo homem que pagou para eu abortar meu filho fizesse parte da sua vida e tivesse uma imagem de homem zeloso. Isso jamais!

- Amora minha querida, você está melhor? - minha sogra pergunta ao nos ver adentrando na sala de estar.

- Sim dona Laura, estou bem melhor, obrigada! - digo tentando disfarçar.

Todos nos olham, inclusive Guilherme que de pé segurava Guto nos braços.

- Guilherme, me dê meu filho por favor! - Gustavo diz ao se aproximar.

- O que está acontecendo aqui? - dona Laura pergunta notando o clima tenso.

Gustavo retira Guto dos braços de Guilherme.

- Não é nada dona Laura! - tento disfarçar.

- Não mintam para mim! - ela adverte.

- Guilherme, você brigou com seu irmão de novo?! - a esposa de Guilherme pergunta em tom de crítica.

- Como eu iria brigar com ele? Mal nos falamos desde que chegamos! - o fingido se defende.

- Me digam de uma vez por todas o que está acontecendo aqui! - dona Laura ordena.

Gustavo se aproxima de mim e me entrega Guto. Pego meu filho nos braços já sentindo um bolo se formar em minha garganta. Não seria fácil ter aquela conversa ali.

- Gustavo, estou esperando! - minha sogra diz ao notar o silêncio predominar.

- É por causa de mim? - minha mãe finalmente se pronunciou.

Engulo em seco. Também era, eu não havia esquecido dela.

- É por causa de mim, dona Xica! - Guilherme diz.

Todos o olham.

- O que você fez Guilherme?! - dona Laura indaga.

Ele nada diz.

- Não vai ter coragem irmão, de dizer a monstruosidade que fez? - Gustavo começa.

- Guilherme, fale logo! - dona Laura obriga.

- Não precisa ser assim! - ele finalmente diz olhando para Gustavo.

- E você quer que seja como? - Gustavo retruca.
- Não é a primeira vez e certamente não será a última, não é?! - sua indagação fica no ar.

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