Capítulo 22

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Daphne

- Você melhor começar a falar - Fred mandou, segurando forte o pé de cabra.

- Você não vai me bater, Fred Jones, é muito bonzinho pra isso.

- Ele não vai, mas eu pode apostar que vou! - agarrei o pé de cabra da mão de Fred e apontei para a cara dela. - Abre a boca, Marcie.

Ela suspirou.

- Eu trabalho para o Senhor E.

- O que? - Fred gritou. - Todo mundo trabalha pra esse homem, agora?

- Eu faço serviços para ele há uns dois anos. Agora, eu estou infiltrada nos Donos de Baía Cristal, eles me mandam fazer as coisas, geralmente destruir evidências, mas o que eu faço é recolhe-las e entregar pro Senhor E, e então fingir que destruí.

- Foi você que estava dirigindo o caminhão quando bateu na gente? - Velma perguntou.

- O que? E eu lá tenho cara de quem sabe dirigir caminhão?

- É pra responder? - Salsicha resmungou.

- Além do mais, eu não sou assassina. Só apago rastros online.

- E destrói prefeituras. - Fred completou. - Velma, liga pra polícia.

Marcie não parecia incomodada com isso.

- Terão que entregar isso ao Senhor E por mim então.

Ela tirou uma pasta de dentro do carro e a estendeu para Velma.

- Aí dentro tem o endereço dele.

Nós nos olhamos, chocados. Sem mais delongas, Velma fez uma denúncia anônima e nós prendemos Maria Cachorro-Quente no poste com abraçadeiras que eu tinha na bolsa.

- Só tenham cuidado, eu não confiaria no Senhor E. Ele é um homem bem complicado.

Entramos na Máquina de Mistérios, indo embora sem olhar para trás.

(...)

Fred

- Eu não acredito, não acredito que aquela pirralha explodiu minha prefeitura!

Eram quatro e nove da manhã quando o meu pai entrou em casa, após ser acordado as pressas depois da prefeitura ter sido explodida, e eu o estava esperando na sala.

Assim que acendeu a luz ele me viu sentado no sofá.

- Fred! Que susto, garoto - disse, tirando os sapatos na porta. - O que está fazendo acordado? Explodiram a prefeitura, você acredita nisso? Uma garota maluca que estuda com você, Marcie...

- Pai.

- O que? - perguntou, estranhando meu tom. - Está tendo uma crise? Tomou seus remédios?

- Você mentiu para mim.

Ele parou, franzindo as sobrancelhas.

- Você disse que não sabia quem eram meus pais.

Agora a expressão no rosto do meu pai desabou.

- E não sei, Fred. Do que você está falando, filho?

- Para de mentir para mim! - gritei, se levantando. - Eu sei que meus pais eram Brad e Judy. Eu sei que eles foram assassinados!

Ele me encarou em choque, completamente congelado. Parecia que ele tinha visto um fantasma.

- Frederick... - resmungou. - Você não deveria saber disso.

Soltei o ar, olhando para ele em completo desapontamento e dor. As lágrimas enchiam meus olhos enquanto minhas mãos tremiam. Meu corpo desabou no sofá, e coloquei minhas mãos na cabeça.

Scooby-Doo: Você vai morrerOnde histórias criam vida. Descubra agora