Capítulo 18

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Velma

O silêncio reinou na caverna. O único som eram das gotas de água escorrendo e caíndo nas poças d'água.

  - Quem é esse bebê? - Daphne perguntou.

  - Acho que é o que temos que descobrir. - Fred respondeu.

Daphne guardou o colar no bolso e me virei, pensando. Tudo parecia se encaixar, mas ainda faltava uma coisa essencial que eu ainda não sabia o que era.

Mesmo com o choque, voltamos a procurar a entrada e Salsicha quem achou.

  - Acho que isso é uma porta. - Salsicha fez toc-toc na parede, e ouvimos som de metal.

  - Boa, Salsicha - falei. Fred pegou uma pedra e tirou os musgos que estavam em cima, revelando uma porta de metal com um puxador de escotilha.

Com seu braço bom, ele tentou abrir, e nada.

  - Vamos juntos.

Todos nós agarramos uma parte e rodamos com toda força. Aos poucos, o metal enferrujado começou a se mover, e depois de muito esforço, a porta se abriu, revelando um cômodo retangular minúsculo, que só tinha uma escada de metal que levava para algum lugar.

Na parte de dentro vi a logo "SBC".

  - Sanatório de Baía Cristal.

  - Vamos logo. - Daphne disse, andando até a escada, mas Fred a segurou.

  - Você não vai primeiro.

Novamente, Daphne revirou os olhos, mas com tamanho cuidado de Fred, ela não teve o que retrucar. Ele foi na frente, subindo a escada e ouvi o barulho de uma portinha se abrindo.

  - Podem vir.

Daphne foi em seguida, depois eu e Salsicha. Saímos em um tipo de lavanderia enorme, com muitas máquinas de lavar desligadas.

  - Estamos dentro.

Eu tinha ficado esse tempo todo pesquisando cada detalhe que encontrei sobre a vigilância desse lugar, tinham câmeras em cada centímetro do Sanatório, mas nada que eu não pudesse resolver.

Tirei da mochila meu computador, e fui procurar um painel de energia, que geralmente ficava na parte mais funda dos edifícios. Provávelmente não era o único, mas provavelmente serviria.

Mexi com os alicates nos fios, procurando uma conexão usb usada para configuração. Encontrei a entrada e conectei no meu computador.

  - Ô, diabo, vai demorar? Esse lugar já está me dando arrepios.

  - Só uns minutos - respondi.

  - Você está bem?

  - Tô.

Olhei para Daphne, sentada em uma das máquinas de lavar e Fred mantinha uma distância grande demais dela. Continuei trabalhando no teclado.

  - Estaria melhor se tivesse me deixado cair.

  - Qual é, Daph, eu não quis dizer isso. Por que você está assim, você disse que não estava chateada.

  - Eu estava sendo irônica, Fred Jones. Eu estou chateada.

  - Acabei. - Disse, atraíndo olhares para mim. - Eh... Câmeras desligadas.

  - Vamos nos separar e procurar pistas - Fred disse.

  - Eu vou com a Velma.

Daphne atravessou a sala e agarrou meu braço. Fred suspirou e olhou para Salsicha, que assentiu. Saímos cautelozos pelo corredor, e dei um mapa que imprimi no site para cada um.

Scooby-Doo: Você vai morrerOnde histórias criam vida. Descubra agora