Capítulo 15

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Daphne

  - A porta da Máquina de Mistérios estava aberta. - Salsicha contou. - Ele deve ter se assustado e corrido. Mas por que não voltou ainda? Como ninguém viu um dogue alemão solto por aí?

Meu olhar encontrou o de Fred.

Depois de uns dias, as aulas voltaram e foi aí que conseguimos nos ver novamente. Nos ver escondidos, no caso, uma vez que agora éramos considerados suspeitos. No momento, estávamos espremidos entre as prateleiras no fundo da biblioteca, eu, Fred e Salsicha.

Ainda não tínhamos tido notícia de Velma.

  - Estou dizendo. Tem algo errado.

  - E se perguntarmos? - Sugeri.

  - A quem? - Salsicha quis saber.

Tirei meu celular do bolso.

  - Senhor E.

Comecei a digitar uma mensagem, e os dois se amontoaram ao meu lado.

  - Não sei se é uma boa ideia.

  - Vale a pena tentar. - Insisti. - "Pode nos dizer onde está nosso cachorro?"

Esperei algum deles dizer algo contra, mas ninguém disse nada. Enviei a mensagem, sentindo um nervoso no estômago.

  - Já foi melhor nosso ponto de encontro.

Olhamos para trás no meio das prateleiras, e vimos a pequena Velma em seus óculos de grau.

  - Velma! - Eu a abracei, aliviada por finalmente ver minha amiga depois de quatro dias. Ela abraçou Fred e Salsicha, sorrindo.

  - Como você está? - Salsicha perguntou, nervoso. - Tipo, ficamos tão preocupados. Eu e Fred tentamos ir te visitar, mas sua mãe ameaçou pegar a espingarda.

Nós rimos, e Velma respirou fundo.

  - Eu estou bem. Não vou deixar esse Demôniozinho de araque me assustar.

  - Assim que se fala. - Sorri para Velma. Contei sobre a mensagem do Senhor E, e ela achou uma ótima ideia.

  - Nesse tempo que fiquei em casa, não fiquei atoa. - Velma se abaixou, sentando no chão e esticou um papel grande.

Estávamos no fundo da biblioteca, já que ninguém podia nos ver juntos. Éramos sendo considerados suspeitos, embora não tivessem o suficiente para nos incriminar. Nossos pais e advogados estavam irreversíveis na decisão de nos manter separados, mas obviamente não iriam conseguir.

Nunca iríamos nos separar.

Nos reunimos ao redor de Velma.

  - Descobri um jeito de entrar no Sanatório. Pelas cavernas subterrâneas de Baía Cristal, nas quais a antiga Vila Legal afundou na grande inundação.

  - Caramba - Fred analisou a planta das cavernas, que tinha outra planta por cima, a planta de Baía Cristal. O Sanatório estava circulado e passava bem por cima de uma delas.

  - A rede de esgoto mais antiga da cidade é conectada com a caverna, então só precisamos encontrar um acesso.

  - Esgoto? - Resmunguei, já sentindo meu estômago revirar.

  - Isso é genial. - Fred disse. - Temos que tentar. E planejar bem, precisamos de boas desculpas e um bom plano, as cavernas podem ser perigosas.

  - E o Scooby?

Meu celular apitou com uma notificação, e quando vi o nome Senhor E na tela, meu coração disparou.

"Sigam o papagaio."

Scooby-Doo: Você vai morrerOnde histórias criam vida. Descubra agora