Capítulo 27

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Daphne

Acordei com dedos acariciando meu rosto, depois beijos. Abri um sorriso antes dos olhos e vi Fred, todo vestido novamente sentado ao meu lado.

  - Bom dia. Tenho que ir antes que seu pai acorde, sabe. Acho que ele iria me matar, depois de noite passada.

Soltei uma risada.

  - Está bem.

  - Hoje temos que dar nosso depoimento para o FBI. Velma vai levar todas as provas. Também vamos ver ele. Não precisa entrar, se não quiser.

  - Tá bom. Eu vou pensar sobre isso. Nos vemos lá?

  - Claro, minha namorada.

Fred me beijou mas eu estava sorrindo como uma idiota. Por fim, ele acenou e saiu pela janela, descendo a videira da minha casa. Eu não conseguia acreditar que isso estava acontecendo, era tudo que eu sempre quis. Mesmo quando não admitia, eu sempre amei Fred. E talvez ele me amasse também. Fico feliz que agora finalmente tínhamos tido coragem para revelar.

Me levantei, sorrindo como uma idiota. O Demônio Negro nem me afligia tanto assim mais, eu estava tão feliz. Com Fred, eu sentia que conseguia fazer qualquer coisa, agora que tinha o apoio dele, ficava muito mais fácil resistir ao transtorno e todas as suas dificuldades. Eu queria estar saudável para viver uma vida longa com ele.

Já tinha imaginado nosso casamento, nossos filhos, seríamos detetives? Resolgendo casos até a aposentadoria? Depois poderíamos comprar uma casa nas montanhas, Fred gosta de esquiar. Ele também iria nos meus desfiles de moda, tiraria fotos comigo no tapete vermelho. Salsicha e Velma seriam nossos padrinhos, e os dos nossos filhos também. Eu gostaria de ter varios, provavelmente seriam ruivos, e quero ter um homem também.

Me levantei, sorrindo como uma idiota e entrei no banho. Quando acabei, troquei de roupa e desci as escadas. Resolvi colocar uma roupa bonita, sei que seria muito fotografada. Coloquei tamancos verdes, agora que não precisava correr do Demônio Negro, junto com um suéter lilás, uma saia e a bolsa combinava com sapatos. Finalizei com um arquinho da mesma cor e brincos.

  - E se ela reagir mal?

  - Seria muito egoísmo.

Meus pais pararam de falar quando entrei na cozinha. Dawn estava com eles, me olhando.

  - O que foi?

  - Daphne, fizemos café pra você.

Down me empurrou um prato de panquecas com várias frutas, e minha mãe serviu suco de laranja.

  - Obrigada. Mas o que é?

  - Bem, sabemos que passou por muita coisa, e agora que você está em segurança... - Minha mãe disse.

  - Decidimos manter o casamento de Down semana que vem.

Engoli em seco.

- Nossa. Está bem.

  - Não vê problema? - Minha mãe perguntou.

  - Ah, ele está preso, né. Logo vai ser transferido para a prisão federal. Mas... A cidade vai estar com muita publicidade negativa, ainda.

  - Vamos dar outra coisa para essa cidade falar - disse minha mãe.

  - Você sabe que muitas pessoas vão ser presas hoje, não é? Essa cidade não vai durar. Vai ter que se reerguer. Não sem os donos.

Olhei para meu pai e vi que ele soube do que eu falava.

  - Deixem-me falar com a Daphne a sós.

Minha mãe e Down saíram da cozinha.

Scooby-Doo: Você vai morrerOnde histórias criam vida. Descubra agora