Amor de irmão.

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Aviso : nessa fic a Gwen tem 10 aninhos. Finney é 5 anos mais velho. Vance e Bruce são um casal e Bruce é amigo de Finney ( não tão próximo dele como Robin) junto com Griffin e Billy. Gwen estuda em outra escola junto com as amigas dela Suzie e Donna.

— Quarta-feira, 17 de maio.


Robin on -

— Cara, QUE MERDA FOI AQUELA?

Escuto uma voz atrás de mim me fazendo ficar assustado, mas logo relaxo ao ver que eram Vance e Bruce.


— Eu tava namorando de boas, a gente ouviu um resmungo e veio ver o que era E ENCONTRA O MAGRICELA DO AMIGO DO BRUCE DESCENDO O PAU NOS CARA QUE EU TÔ FUGINDO A SEMANA INTEIRA POR MEDO DE LEVAR UNS TAPÃO DESSES ZÉ RUELA. ROBIN VOCÊ ME EXPLICA ESSA MERDA PELO AMOR DE DEUS?!

Vance fala surtando sendo segurado por Bruce. As mãos de Bruce tremiam. Eu não culpo os dois por estarem com medo. Eu também tô.

— Cara, nem eu sei o que rolou. Mas por enquanto mantenham isso em segredo, se ele não falou pra ninguém ele con certeza deve ter um bom motivo.

Eu digo respirando fundo tirando minha bandana. Eu estava totalmente suado de tanto pânico que tive. Meu pequeno parecia ter virado o Hulk de uma hora pra outra. Imagina o que eu vou passar quando nos casarmos ROBIN NÃO É HORA FOCA NO PRESENTE.

— Cara, tu tá bem?

Vance pergunta e eu o olho confuso.

— É que tu fez mo cara de bocó aí.

Bruce respondeu dando de ombros. Ouvimos um barulho de sirene, provavelmente era a polícia. Eu, Vance e Bruce saímos correndo dali o mais rápido possível. Nos despedimos e resolvemos manter segredo, até porque depois do que a gente presenciou ninguém iria querer arrumar confusão com o Finn.

Eu estava com medo, mas além de tudo, eu estava orgulhoso.

Meu menino luta bem pra caralho.


Robin off -

Finney on -

Assim que cheguei em casa eu corri com Gwen para o quarto. Minha menininha estava tão machucada...

As pessoas podem achar estranho meu jeito com a Gwen mas sinceramente, desde que ela nasceu eu me tornei como um pai. Nossa mãe era legal mas ela sempre tinha surtos pelos sonhos e quando ela morreu nosso pai se tornou um irresponsável.

Eu criei a Gwen, apesar de ser apenas 5 anos mais velho que ela quem cuidou dela desde o berço foi eu. Eu que acordava de madrugada e acalentava ela quando ela chorava, eu que troquei as fraldas, arrumava as roupinhas, eu quem pulei o muro da escola só pra ir para a escola dela ver a primeira apresentação de dança que ela teve, eu cuidei do primeiro machucado,  dei os primeiros banhos.

A Gwen é a pessoa mais importante do mundo pra mim e eu nunca deixaria ninguém encostar nela. Eu vou estar sempre aqui pra minha irmãzinha.

Soltei um suspiro longo e acariciei seus fios. Estavam sujos de sangue, aqueles filhos da puta bateram bastante nela mas viram no que dá mexer com a irmã da pessoa errada. Eu não me arrependo, apesar de ter quebrado a promessa com a mamãe, eu quebraria mil vezes se fosse preciso, só pra proteger a Gwen.

— Finnie?

Gwen responde baixo com a voz rouca.

— Sim, princesa?

Eu respondo e ela sorri.


— Eu achei que eu fosse morrer. Eles levaram minha correntinha e me bateram muito.

Ela diz triste. A correntinha era importante pra ela pois foi nossa mãe quem deu assim que ela nasceu.

— Essa daqui?

Falo levantando a correntinha que estava na minha mão. Eu havia pegado um pouco antes de pegar ela no colo e levar pra casa.

— Como você achou?

Ela pergunta e eu apenas sorri inventando uma desculpa na hora. Eu havia me tornado profissional nisso...

— Eu achei do seu lado. Eles devem ter achado que era alguma bijouteria e não quiseram ficar. Mas agora vamos focar em você, vem, vou te ajudar a tomar banho, você vai por um pijama, vamos cuidar desses cortes e amanhã falo com o diretor que você vai ficar alguns dias sem ir pra aula, tudo bem?


Eu digo e ela acena com a cabeça mas logo arregala os olhos olhando para minhas mãos que estavam sangrando.

— Finnie, o que foi isso?


Ela pergunta chocada e eu olho pras minhas mãos.

— Ah... O Robin tava me ensinando a lutar mas eu acabei socando o lugar errado. Sabe como é, seu irmão as vezes consegue ser bem bobo.

Dei uma risada para disfarçar e ela acabou sorrindo junto. Ela se levantou fazendo uma pequena careta de dor e foi até mim me abraçando.

— Eu te amo infinito, você é o melhor irmão-pai que alguém podia ter, Finnie.

Ela diz e eu não pude evitar de sentir lágrimas pelos meus olhos.


— Também te amo, minha princesinha. Vou te proteger pra sempre.

Please, hit them.Onde histórias criam vida. Descubra agora