finney e robin

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— Quarta-feira 17 de maio.



Finney hoje havia acordado um pouco mais cedo do que de costume. Deixou o café da manhã de Gwen preparado, arrumou a mochila da irmã, pós as roupas para lavar e colocou no varal para secar.

Era essa sua rotina. Seu pai estava ocupado demais bebendo para fazer o papel de pai. Finney era mais pai de Gwen do que Terrence e isso não chocava ninguém daquela rua. Todos adoravam Finney por ser um garoto doce que cuida da irmã com afinco. Finney protegeria sua irmã com a própria vida se fosse preciso.

— Finney, hoje vai ter uma festa na casa da Suzie, você pode vir me buscar depois? Termina de meia noite.

Gwen disse descendo as escadas já indo até a mesa comendo suas torradas, ovos e bacon que Finney havia preparado. Ela adorava a comida do irmão.

— Muito tarde, não acha não?



Finney respondeu cruzando braços olhando para a menor.

— Por favor, Finney. Eu prometo que eu faço todos os meus deveres essa semana sem deixar nenhum atrasado e ainda vou lavar os pratos durante uma semana. Juro de mindinho!



A garota disse indo abraçar o irmão, fazendo o maior nível de manha possível.

— Tá bem, Gwen. Eu vou lá pra casa do Robin enquanto você vai na casa da Suzie e assim que eu sair de lá, umas 11hrs eu te busco, okay?

O garoto diz fazendo um cafuné em sua irmã e a mesma sorri em concordância toda animada.



{ Quebra de tempo }

Finney nesse momento se encontrava no banheiro, sangrando com um papel higiênico no nariz enquanto Robin lavava suas mãos na pia.

Finney e Robin eram amigos desde o início do ano letivo quando o garoto foi o único que se aproximou do mexicano.

Finney tinha uma pequena quedinha ( mais conhecida como penhasco) pelo amigo desde o primeiro dia em que o vira perdido na entrada da escola. O sentimento era recíproco mas eles talvez fossem novos demais para saber como encarar aquilo, principalmente naquela época.



— Finn, você um dia vai ter que aprender a se defender. Não pode deixar eles te baterem assim.

Robin diz preocupado indo até Finney, fazendo um leve cafuné em seus cachos.

Uma coisa que ninguém além de Robin sabia era que apenas Robin podia tocar em seus cachinhos. Finney não permitia nem Gwen ter aquela liberdade. Robin se sentia extremamente feliz por aquilo e nunca perdia uma oportunidade de passar os dedos pelos fios encaracolados de tom loiro médio.



— Rob, eu não gosto de violência. Tá tudo bem, logo vai parar de sangrar, prometo. Agora mudando de assunto, vamos passar o dia inteiro estudando matemática, okay? Não quero ver você reprovar e eu ficar sem minha dupla durante um ano inteiro.

O garoto diz soltando uma risada, sendo acompanhado por Robin.

— Tá bem, tá bem. O sinal já tocou, vamos logo? Você vai ficar até que horas? Qualquer coisa a gente passa no mercado antes.

Robin diz segurando a mão de Finney, que ficou vermelho mas logo soltou um suspiro caminhando com o mesmo daquele jeito.



— Até umas 11hrs, depois disso vou buscar a Gwen em uma festinha da amiga dela.

Ele diz sorrindo em direção a Robin, que devolve o sorriso caminhando até o mercado com o seu então "amigo".

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