Aviso - gente, o comportamento do Bruce vai ser trabalhado durante a fic então peço que não julguem ele antes da hora. Beijinhos! Talvez eu traga mais caps hoje.
— Quinta-feira, 18 de maio.
Vance on -
Acordei extremamente cedo hoje. Cara, pra ser sincero eu dormi bem pouco só pensando naquela cena do amigo do Bruce batendo naqueles caras.
Me deu mó medo e olha que eu tenho o dobro da altura daquele menino.
A única coisa que eu pensei foi que se ele visse a gente ia ser tipo :
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho se estabaca.
Não me entendam mal, não sou covarde. Mas aqueles olhos castanhos me deixaram tremendo.
Enfim, né. Deus ajuda quem cedo madruga. Levantei fiz minhas higiene e fui direto pra casa do Bruce.
Bruce é meu namorado, aliás. Apesar que ultimamente ele anda um pouco estranho. Bruce tem algumas inseguranças a serem resolvidas, problemas de abandono. Eu não não bem como funciona mas ele se sente bem mal e muda de personalidade muitas vezes, entende? Uma hora tá bem, outra hora tenta arrumar briga. Eu amo ele demais então sou paciente com meu japonês.
Vou estar sempre aqui pro Bruce.
[ quebra de tempo ]
Ao chegar na casa de Bruce o mesmo abre a porta e me olha de cara feia. Não entendi bem, mas devem ser aqueles dias que ele fica mais estressado.
Vou até ele e tento abraçar ele mas ele se esquiva.
— Bruce? Tem algo errado?
Pergunto e o mesmo suspira irritado e já começa a falar gritando comigo. Mais uma vez...
— Não sei, Vance! Pergunta pra aquela puta que tu tava ontem. Eu sei que você tem algo com ela! Você nunca faz nada por mim, nunca me ajudou mas aposto que com ela ajuda até demais, né?
Ele diz gritando e eu nunca me senti tão mal na minha vida. Como assim nunca ajudei ele? Eu sempre estive com ele em todos os momentos...
— Bruce, ela era minha prima, eu já falei. Eu só levei ela no aeroporto...
Eu digo baixo tentando não piorar a situação, mas sinceramente não parece que ele quer isso, a não ser que...
— Foda-se! Eu não quero saber!
É, ele esta tentando arrumar briga sem motivo novamente...
— Bruce, eu não tô muito bem pra brigar hoje. Por favor? Eu mal dormi hoje...
Eu digo respirando fundo e pude ver um sorriso discreto em seus lábios.
— Então procura um psicólogo, eu não vou ajudar você com nada já que você não me ajuda. Inclusive se não estiver satisfeito é só terminar comigo. Você nunca deu valor pra nada, só quer saber de brigar e de ficar no fliperama!
Ele disse isso...? Eu me mudei inteiro por ele... Por quê?
— Bruce, primeiro, você quem disse que ia procurar um psicólogo por causa desse seu comportamento, segundo, você quer mesmo que eu termine com você, é isso?
Eu pergunto e o mesmo não me responde, apenas me encara respirando fundo.
É... Eu acho que ele quer isso...
— Desculpa qualquer coisa...
Falo saindo da casa do mesmo, respirando fundo, segurando o choro. Deu tudo errado. Mas eu juro que eu tentei.
Na metade do caminho para a escola eu não consigo mais e me escondo em um canto começando a chorar. Sinceramente nenhuma das brigas que a gente teve chegou a doer tanto, já terminamos umas quatro vezes mas eu sempre corria atrás e ele sempre me aceitava mas era como se ele enjoasse de mim logo em seguida.
Tem algo de errado comigo?
Sou tirado dos meus pensamentos quando sinto uma camisa ser depositada em cima do meu rosto. Levanto os olhos e vejo o amigo do Bruce, Finney.
Os olhos dele estavam diferentes de ontem. Calmos, tranquilos. Nem parecia que tinham tanto ódio ontem.
Como ele pode ter sido tão violento com aqueles caras mas estar sendo tão gentil comigo, sem nem me conhecer direito? Eu não me lembro a vez que alguém foi gentil comigo, não sem pedir algo em troca...
— Eu sei que o Bruce é complicado, desculpa pelo meu amigo. Fica bem, Vance.
Ele diz fazendo um leve carinho em minha cabeça e vai em direção à escola.
Eu me senti mais calmo, apesar daquela dor insuportável.
Não irei aguentar ir pra escola então apenas fiquei ali, chorando escondido embaixo da camisa de Finney.
Aquela camisa tinha cheiro de baunilha... É bom...
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Please, hit them.
De TodoAntes de morrer, a mãe de Finney lhe disse algo que poderia mudar sua vida inteira. Finney manteve aquilo na cabeça durante anos e sempre repetia para si mesmo : ele nunca levantaria a mão para ninguém. Mas e se fosse para proteger alguém que ele am...