•𝐇𝐨𝐧𝐞𝐲 𝐚𝐧𝐝 𝐟𝐥𝐨𝐰𝐞𝐫𝐬•

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Jace, Luke, Baela e Rhaena estavam conversando em frente à lareira quando Visenya chega. Ela só não era mais nova do que Joffrey e os bebês de Damon e Rhaenyra mas ainda se sentia uma criança perto de seus outros irmãos, mesmo que sejam todos quase adultos.

—Venha Vis, sente-se aqui conosco. —Rhaena diz.

—Do que estão falando? —Se senta em um tapete ao lado de Jacaerys. Que encosta sua cabeça em Visenya e ela retribui sorrindo.

—Vamos sair...

—Xiu! —Luke diz para Baela.

—Ela não vai contar deixa de ser idiota! —Baela diz em tom irritado. —Nós vamos sair na noite depois do torneio, para a cidade, estarão todos comemorando nas ruas e precisamos ver isso antes de ir embora.

—Quem disse que iremos embora depois do torneio? —Vis pergunta, pois sabia da história dos casamentos que poderiam ser prometidos nessa visita.

—Não sabemos, mas também não queremos perder a oportunidade. Vamos conosco Vis. —Rhaena diz segurando a mão de Visenya.

—É claro que eu irei com vocês, nem os sete sabem quando seremos livres para fazer isso outra vez.

Todos riem, mas logo Visenya percebe que eram risadas com certo tom de amargura, todos sabiam seus destinos. Rei, Lorde, Princesa, Rainha, sabiam que esses cargos eram muito bons e que receberiam todo o conforto, honra e ouro que poderiam querer, mas era muita responsabilidade, talvez tanta que alguns deles não conseguiriam suportar.

(...)

Ao caminhar para seu quarto, por um corredor apenas iluminado por alguns archotes, Visenya se depara com Alicent Hightower. Rapidamente se curva a rainha.

—Minha rainha. —Diz.

—Olá Visenya. Vai para seu quarto?

—Sim, o dia da chegada sempre é o mais cansativo.

—É claro, mas você é tão bonita que nem aparenta estar cansada. —Alicent diz se aproximando.

—Obrigada majestade, é muito gentil.

—Você me lembra tanto sua mãe. É como se a olhasse no passado. —Passava as maos pelos cabelos de Visenya e seus olhos lacrimejavam um pouco.

—Está tudo bem majestade?

—É claro, estou com sono e meus olhos estão irritados. Vou lavá-los agora, boa noite Visenya.

—Boa noite majestade.

[...]

O torneio começaria no fim da manhã.

As criadas abrem as cortinas do quarto de Visenya já com preparativos para o torneio, uma banheira de água quente a esperava bem à frente e criadas para cuidar de seus cabelos.
Visenya acorda feliz, adorava eventos em que tinha de se produzir bastante. Em Driftmark quase não haviam eventos como esse, principalmente nos últimos tempos em que viviam a angústia de sua Avó para saber se Corlys estava vivo.

Ela mesma fez sua prenda, com flores brancas e folhas verdes, estava linda e com muito capricho de sua parte, sabia que a entregaria ao cavaleiro vencedor.

[...]

Estava pronta, mais linda do que imaginava, não que fosse convencida de sua beleza mas as criadas a enchiam de elogios assim aumentando um pouco seu ego, e ao olhar no espelho conseguiu enxergar como suas criadas se empenharam em fazer o melhor trabalho de podiam. Estava perfumada com cheiro de flores e mel, qualquer abelha se encantaria por ela, imagine os cavalheiros.

Visenya pensava em casamento, sabia que isso faria parte de seu destino, mas não agora, não agora, queria estar apaixonada, nem que se apaixonasse e fugisse para as cidades livres para viver seu amor por lá, é claro que pensava muito positivo, mas dentro da realidade queria pelo menos que seu marido não fosse de sua família e também que não fosse um louco. Conseguia compreender que não seria rainha já que era a terceira na linha de sucessão, também não seria senhora de Driftmark nem de pedra do dragão, então o que lhe restava era ser feliz nas sombras de seus irmãos. Isso para ela era bom, ela não via problema, na verdade era uma vantagem ter menos responsabilidades. A menos que fosse arranjada para alguém que não queira.

[...]

Andando pelos corredores, acompanhada de sua criada Myra. Avista uma sacada grande e se lembra de andar por ela quando pequena. No mesmo instante, corre até lá sem imaginar que havia mais alguém na grande varanda.
Respira fundo ao chegar antes de notar a presença que estava sentada nos bancos um pouco distante.

—Me deixe sentir essa brisa um pouco Myra, já a encontro.

Myra se retira.

—O cheiro dos pobres e imundos da cidade lhe agrada sobrinha?

Ela toma um susto mas se recupera logo. Inspira e olha para Aemond que continuava sentando.

—Te assustei? —Ele levanta e vem em direção a ela.

—Nao, e eu não estou sentindo esse cheiro que está dizendo...

—Agora... —Ele estava relativamente perto de Visenya. —Eu também não sinto, só consigo sentir um cheiro de flores e... mel, bem agradável.

—Que bom que lhe agrada. —Ela diz andando até a ponta da varanda onde conseguia observar as pessoas chegando onde aconteceriam as justas. —Voce não tem que se preparar para o torneio? —Se vira para ele. —Soube que é o melhor nos duelos corpo a corpo.

Ele fica em silêncio por alguns segundos e Visenya percebe um biquinho bem característico de Aemond se formar em seus lábios.

—Não, torneios são patéticos e não servem pra nada além de gastar o ouro e outros recursos do reino. —Disse voltando ao banco para pegar sua taça de vinho.

—Nem para apostas eles servem? —Visenya disse com nenhuma experiência com apostas.

—Você aposta princesa? Isso não é coisa de Lady.

—Acha mesmo? Aposte comigo. —Dizia agora se aproximando de Aemond que estava olhando para a multidão lá embaixo.

—O que quer apostar? Joias? Cavalos? Dragões?

Visenya ri. —Não quero a Vhagar, mas seria bom ter um príncipe que me deve um favor por perto.

—Apenas um favor? Está apostado princesa. —Aemond diz e se vira fugindo da visão de Visenya que se pergunta, em quem ela irá apostar?

[...]

Love, Blood And Fire - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora