Love, Blood And Fire - Aemond Targaryen

•𝐓𝐡𝐞 𝐀𝐫𝐫𝐨𝐰 𝐓𝐡𝐚𝐭 𝐏𝐢𝐞𝐫𝐜𝐞𝐬 𝐭𝐡𝐞 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧•

Visenya ainda em seu quarto, acostumada com aquele mundinho que criou ali, tinha de certa maneira paz, silêncio e tempo para pensar em várias coisas, coisas essas que eram totalmente relacionadas ao casamento, até pouco tempo atrás pelo menos, mas que se dissolveram como o sal na água. Agora tentava compreender por que Damon Greyjoy foi assassinado. De qualquer forma se sentia mais leve, por mais estranho que pareça o alívio depois de receber a notícia de que alguém morreu, alguém que não era próximo, mas seria.
Quem ousaria matar um lorde?
De onde veio a ordem?
E por que?
Mas no fundo Visenya tinha um palpite sólido, só não achava que ele seria capaz de fazer isso por ela, então mantinha seus pés no chão e tentaria descobrir depois.
Agora a princesa precisava caminhar para fora de sua fortaleza da solidão.

[...]

Andava pelos grandes corredores a procura de nada nem ninguém, apenas com saudade daqueles lugares que pareciam diferentes mas também iguais. Sentia falta até de ser seguida com certa discrição por seu escudo juramentado pelos corredores.

Helaena Targaryen olhava as flores enquanto uma criada cuidava de seus dois filhos que brincavam no jardim. Visenya se aproxima com cuidado sabendo que a princesa as vezes poderia ficar assustada e acanhada com a presença de outras pessoas.

—Olá pequenos. —Visenya diz as crianças e percebe que Helaena se vira. —Princesa. —Cumprimenta.

—Princesa. —Helaena diz e volta a observar as flores e uma pequena joaninha que habitava naquele jardim.
Depois de alguns minutos de silêncio a princesa volta a falar. —Meus sentimentos por seu ex noivo. Deve ser difícil...

—Agradeço. Mas na verdade não tinha nenhum sentimento por ele, nem tinha intenções.

—Imagino então que foi um alívio. — A princesa não olhava para Visenya apenas continuava concentrada em ver a jornada da pequena joaninha, e isso fazia com que Vis se sentisse mais a vontade em dizer o que sentia.

—Não posso mentir. Damon Greyjoy não era o homem com quem desejava me casar.

—Então quem é?

—Ainda não sei, provavelmente o cortejo se estenderá mais um pouco. Não tenho requisitos, nunca fui casada para saber o que devo procurar em um marido. Mas sei o que não quero.

—Procure um homem que não seja conhecido na baixada das pulgas pelas meretrizes. É difícil de achar mas não impossível... esses me parecem ser melhores pais... —Agora a joaninha andava pela mão da princesa e logo depois mais duas se juntaram ao primeiro inseto.

Visenya se sente mal, sabe que no fim Helaena estava falando de seu Irmão/Marido Aegon. —Ele não passa tempo com as crianças? —A princesa pergunta pisando em ovos para não invadir demais a privacidade de sua Tia.

—Nunca, finge que nem existem, isso quando está no castelo e não na cidade bebendo e se deitando com outras mulheres.
Mas eu sinto que e melhor assim, ele me importuna menos...

—Sinto por isso... seus filhos são adoráveis.

Helaena ri. —Eles são tudo pra mim. —A princesa olha para Visenya que desviava o olhar, pensando que sua mãe passou a maior parte de sua vida longe e sempre se questionou se era possível amar alguém a distância, mas Visenya com certeza amava sua mãe. —Um dia você entenderá. Minha mãe sempre disse isso para meus irmãos. Aemond entende mais que Aegon.