Love, Blood And Fire - Aemond Targaryen

•𝐓𝐡𝐞 𝐝𝐢𝐧𝐧𝐞𝐫 𝐭𝐡𝐚𝐭 𝐰𝐢𝐥𝐥 𝐛𝐞 𝐭𝐡𝐞 𝐥𝐚𝐬𝐭•

O jantar começou silencioso, ninguém dizia uma única palavra até o rei adentrar o recinto. Receberam-no de pé como de costume e ele vestia sua máscara dourada.

—Como é bom ver todos vocês nesta noite, juntos. —Ele diz.

—Uma oração para começarmos? —Alicent diz e o rei consente.
Otto, Alicent e seus filhos eram Hightower, uma família tradicionalmente religiosa e que cultuava os novos deuses. Isso era algo que Visenya e sua família já não tinham tanto costume, acreditavam nos deuses graças a uma herança de antigos descendentes que também eram favoráveis a cultura dos sete mas não eram devotos como a outra parte da família. Por isso, Visenya observava Aemond ouvindo a prece de olho fechado, sereno como se realmente gostasse de ouvir sua mãe fazer as preces, como se fosse algo reconfortante que ouvisse desde criança.
—Que a mãe sorria para essa reunião com amor. Que o ferreiro repare os laços que foram quebrados a muito tempo.
E a Veamond Velaryon, que os deuses lhe tragam descanso.

—Esse é um momento de celebração. —O rei diz. —Meus netos Jace e Luke se casarão com suas primas Baela e Rhaena fortalecendo os laços entre as nossas casas. Visenya e Aemond se casaram, acho que foi um dos meus dias mais felizes, quando a notícia chegou, os dois... se casaram em nossa casa ancestral: Dragonstone, só seria mais bonito se fosse na própria Valyria. —Ele ri. Logo depois vira seu olhar ao casal. —Eu sei que vocês tem um destino em comum, tenho orgulho dos dois.
Um brinde aos jovens príncipes e suas noivas.
Brindemos também pelo príncipe Lucerys, o futuro senhor das marés.

Todos brindam.

Visenya não conseguiu ouvir tudo mas sabia que Aegon tentava irritar seu irmão Jacaerys de todas as formas.

—Banque o bobo da corte o quanto quiser, mas segure sua língua na frente da minha noiva. —Jacaerys diz e isso Visenya ouviu perfeitamente. Tinha orgulho do irmão, não lembrava o quanto ele era parecido com Rhaenyra neste ponto, ser superior, era impressionante como mantinha sua postura mesmo com tantas alfinetadas.

O rei se levanta chamando a atenção de todos novamente.

—Meu coração fica tão feliz quanto se enche de tristeza, de ver todos esses rostos ao redor desta mesa, os rostos mais queridos por mim em todo o mundo, que se distanciaram uns dos outros ao longo dos anos.

Visenya olha para Aemond, o príncipe parecia tenso agora, fitava sem parar a pessoas do outro lado da mesa, como se estivesse preparado para ataca-los a qualquer momento. A princesa abaixa sua mão e tenta chegar até a mão do príncipe que estava pousada na perna. Mas ao sentir o toque Aemond se esquiva e põe suas mãos em cima da mesa.
Ele não a olhava, e ela ficava preocupada, não sabia quais coisas passavam em sua cabeça naquele momento.

O rei tira sua máscara, mostra o rosto completamente tomado pela doença.
—Meu próprio rosto, não possui mais beleza. Se algum dia possuiu, mas nesta noite eu desejo que me vejam como eu sou, não só um rei mas como seu pai, seu irmão, seu marido e seu avô, que não permanecera por muito mais tempo entre vocês... a coroa não pode permanecer forte se a casa do dragão permanecer dividida, deixem de lado suas queixas, se não for pelo bem da coroa que seja pelo bem deste velho homem, que ama a todos tão profundamente. —Ele parecia extremamente cansado.

Rhaenyra levanta então, e faz um brinde a rainha Alicent.

A rainha Alicent também brinda a princesa Rhaenyra. —Somos mães e amamos nossos filhos.  —Visenya e Aemond se entreolham depois dessa frase sem precisar dizer nenhuma palavra para um compreender o outro.