Viserys fez o pior
Fez com que todos se unissem para receber os recém casados.Assim que a porta se abriu Visenya e Aemond adentraram o salão. Milhares de olhares foram de encontro aos dois. —Nao demonstre fraqueza. —Aemond sussurra. Visenya respira e arruma sua postura. Os dois caminham pelo salão enquanto nenhuma palavra era proferida.
Próximos ao trono, começam a enxergar rostos mais familiares.
Rhaenyra olhava triste para o chão.
Rhaenys com raiva, diretamente para Visenya.
Daemon poderia degolar Aemond com a força do olhar. Mas quando Visenya consegue parcialmente sua atenção o mesmo desvia.
Alicent sentia a dor de vê-lo com a filha de Rhaenyra.
Aegon mantinha um meio sorriso.
Helaena não olhava nem para um nem para outro, mantinha seu rosto virado, olhando para o chão.
Jacaerys sentia raiva, era visível.
Lucerys, Baela e Rhaena tentavam entender o por que deste casamento.—Finalmente. —O Rei Viserys diz. —É tão bom vê-los juntos. —Sorria.
Visenya e Aemond ficam por um momento sem saber para onde ir. De um lado a mãe o os irmãos de Aemond e do outro a mãe, avó e os irmãos de Visenya. Por impulso cada um se encaminhou para um lado separando-se.
Ao chegar ao lado de suas respectivas famílias que no fim eram uma só, os dois se entreolharam confusos.—Chamei a todos aqui por tenho um anúncio a fazer. —O rei se levanta com dificuldade. —Corlys Velaryon e Daemon Targaryen, foram os responsáveis por derrotar a triarquia no tridente, Corlys está se recuperando e Daemon está aqui conosco. —O Rei aponta para o irmão. —É tão bom tê-lo de volta. —Assim que termina Rhaenyra sorri e abraça o marido. —Alem disso Visenya Velaryon e Aemond Meu filho, casaram-se a minhas ordens em Dragonstone e agora estão de volta. —O rei sorri e depois tosse um pouco. —Nao poderia estar mais feliz. Então vamos comemorar, amanhã teremos um grandioso jantar para todos do Castelo.
Todos batem palmas e comemoram.
Menos os integrantes da família.[...]
Enquanto caminhava pelos grandes corredores do castelo principal com intuito de chegar em seu antigo quarto Visenya sente um sentimento ruim tomar conta de seu corpo. Talvez toda agitação de voltar estivesse mexendo com seu interior, precisava parar e respirar com calma, seu peito apertava cada vez mais e sua respiração ficava mais ofegante pela falta do ar. Visenya corre para um corredor que levava até uma janela que nunca tinha visto antes, a janela não era exatamente como uma janela, tinha o tamanho de uma porta e nenhuma barragem para não cair, se por algum acaso se desequilibrasse ali, cairia de uma da partes mais altas do castelo diretamente em um dos jardins laterais. Seu mal-estar não permite que ela olhasse muito para baixo, ou então em pouco tempo estaria com os sete.
—Vis! —Myra corre para ver o que estava acontecendo. —Esta bem?
—Myra, que saudade! —Visenya abraça-a.
—Eu também estava, vem, vamos para seu quarto... antigo quarto, certo? Precisa me contar tudo!
—Depois de uma taça de vinho talvez eu consiga te dizer.
[...]
Aemond estava a caminho de seu antigo quarto para pegar algumas coisas, já que agora o rei ofereceu aposentos para dividir com Visenya.
Ainda raciocinando tudo que acontecia a sua volta, era um pouco caótico mas nada que já não tenha de aturar quando Lucerys fez aquilo com seu olho e todos o olhavam como hoje.
Assim que abre a porta um leve susto toma conta de seu corpo ao ver Helaena sentada em uma poltrona olhando para a janela.—Aemond. —Diz ainda sentada, de costas para o príncipe.
—Helaena. —Ele entra e fecha a porta, mas não se aproxima da princesa, mantém-se em pé distante. —O que faz aqui?
Helaena fica em silêncio por certo tempo, deixando Aemond mais desconfortável ainda com a situação. —Casou-se mesmo.
—Como disse que faria antes de partir.
Por acaso duvidou que eu dissesse a verdade? —Ele diz.Helaena se levanta e finalmente olha para Aemond. Seus olhos estavam um pouco vermelhos mas não havia nenhuma lágrima. —Duvidei. Eu não acreditava Aemond. Mesmo depois de observar vocês por dias, juntos.
Eu não quis acreditar.Aemond não queria estar ali, muito menos ter aquela conversa agora. Mas também não conseguia deixar Helaena, haviam poucas pessoas que cabiam espremidas no pequeno coração de Aemond, e uma delas era sua irmã. —Eu trouxe um presente para as criancas, de Dragonstone. —Muda de assunto
Helaena sorri. —Eu sei que eles vão gostar. Eles gostam de tudo que vem de voce. —A princesa se aproxima.
—Nossos filhos lhe amam Aemond.Aemond fica estático, não acreditava que Helaena pudesse dizer algo desse tipo, podendo fazer alguém escutar.
Era o segredo mais profundo dos dois, algo que não poderia sair de suas bocas nunca, algo que prometeram não dizer a ninguém.Helaena já havia casado-se com Aegon há meses, mas após o príncipe consumar o casamento, ele sumiu e nunca mais dormiu com a esposa, a não ser em seus momentos de embriaguês. Para Helaena era uma tortura, seu mundo já era pequeno por crescer uma criança muito mais reclusa do que as outras. Por ser diferente teve poucos amigos, poucas pessoas que realmente a escutavam.
Assim que Aemond levou a facada em seu olho, ele também ficou recluso, e após Visenya partir foi Helaena que o ajudou a superar o acontecido. Aemond viu em Helaena algo além de uma simples irmã, viu alguém com quem podia contar.
Os dois cresceram e com isso seus problemas também viraram problemas de adultos, Helaena casou-se, e Aemond voltou a reclusão depois de tantos problemas que teve. O príncipe vivia de livros, estudo e treinamento de luta e de voo.
Em uma madrugada, na noite em que todos de sua família se encontravam um contra o outro, a noite das desavenças dos verdes como ficou conhecida, onde Aemond estav perdido, destruído e sem amparo, desejando nunca ter nascido nesta família, lembrou-se da luz que emanava de Helaena e do conforto de sua presença.
Na mesma noite Helaena estava mal, Aegon havia brigado com ela, a deixado com hematomas e fugido para a cidade.
Os dois precisavam de alguém.
Os dois se encontraram.
Assim que o príncipe adentrou o quarto da princesa com os olhos cheios de água, não demorou muito até o abraço de amparo, virar um beijo. Talvez tenha sido a forma de afeto que encontraram um no outro, ou talvez um desejo reprimido.Aemond estava farto de ouvir isso, agora era casado e nunca imaginaria que Helaena chegaria ao ponto em que estava. —Acorde Helaena! —Aemond avança para pegar em seus braços mas desiste no caminho vendo a marca roxa em seu corpo. —Eles não são meus, e eu até compreendo que seja melhor acreditar nesta fantasia do que entender de uma vez por todas que eles são de Aegon. Mas é o que são, filhos de Aegon.
—Você não sabe! —Ela grita irritada.
—Nem você, imagina, cria, inventa. —Ele rebate e respira fundo, era difícil dizer coisas que magoariam Helaena já que se davam tão bem. Mas não havia nele a paixão que havia nela, e isso deixava as coisas mais difíceis do que já eram. —Tivemos nossos momentos, aquele em questão, eu estava vulnerável assim como você, mas foi só, e não acontecerá novamente.
Helaena já estava em prantos e se lembrava do dia em questão.
—Visenya é minha esposa até o fim da minha vida. —Ele diz firme.
—Mas é... —Helaena começa a ficar cada vez mais ofegante. —Mas, maça... Maça ver... —Enxuga suas lágrimas. —A maca vermelha, nunca será uma maçã verde. —Ela diz repetidamente. —A maçã vermelha nunca sera uma maçã verde.
Aemond não dá muito ouvidos para o que Helaena dizia já que era comum que dissesse algumas coisas sem sentido quando ficava nervosa. Ele chama as criadas de Helaena para acalma-la, sabia que ali poderia deixar a irmã ainda mais nervosa e então saiu.
Feliz ano novo 💗
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Love, Blood And Fire - Aemond Targaryen
Fanfiction"A fé dos sete não aprova, nenhum outro reino faz como nossa família , mas isso não significa que não faremos, temos sangue de dragão" Visenya Velaryon é a terceira filha de Rhaenyra Targaryen e Leanor Velaryon (a verdade que todos fingem acreditar)...