•𝐓𝐡𝐞 𝐤𝐢𝐧𝐠 𝐰𝐡𝐨 𝐧𝐞𝐯𝐞𝐫 𝐰𝐚𝐬•

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A sala do trono estava repleta de guardas, parecia mais escura, fria e sem vida do que antes de irem para Essos. Visenya sentia calafrios como se algo estivesse premeditado a acontecer com ela naquele lugar. Não era preciso ser um gênio para perceber que as pessoas estavam se ajoelhando em frente ao trono jurando lealdade ao novo rei.
Visenya observa a Lady da casa Fell sendo levava a empurrões por guardas e percebeu que a mulher não se curvaria a Aegon.
Ela não saberia o que fazer, não sabia qual o plano de Aemond, deveria se curvar e ser duas vezes uma traidora? Deveria recusar e ser levada como prisioneira?

—Princesa Visenya Targaryen. —Otto Hightower a chama. —Por favor junte-se a nós.

A princesa caminha passando por toda aquela gente ajoelhada. Reconhece alguns rostos e da o primeiro passo para subir ao degrau com Otto e Alicent.

—Pode ficar aí. — A rainha diz.

Era sua hora de se dobrar a favor de Aegon, e ela sabia disso. A fariam jurar lealdade a um homem que ela nunca juraria por seus próprios princípios.

—Sabemos que agora é casada com Aemond da casa Targaryen, mas não podemos esquecer que nasceu Velaryon... —Otto coça a garganta. —Deve jurar lealdade ao seu rei.

—Deve jurar lealdade pela casa Velaryon. —Alicent complementa.

Visenya gagueja e tenta dizer algo mas que não sai de sua boca. —M...majestade e Lorde mão, não posso jurar a lealdade pela casa Velaryon pois o lorde de Driftmark é o Corlys Velaryon, apenas ele pode dizer o que...

—Ele não está então você representa a casa. —Alicent a interrompe.

Visenya se via em um beco sem saída, não sabia como diria não mais uma vez a rainha impaciente a sua frente. —Minha rainha... —Ela diz mas é interrompida pelas portas sendo abertas novamente.

—Eu Aemond Targaryen e minha esposa Visenya Targaryen juramos nossa lealdade ao novo rei Aegon Targaryen o segundo de seu nome. —Ele diz enquanto caminhava até Visenya. —Minha esposa não vai jurar por qualquer que seja a casa que esteja dizendo que ela representa. Corlys Velaryon ou Rhaenys Velaryon devem fazer seus próprios juramentos por sua casa. —Por fim Aemond faz algum sinal para Alicent que desiste de dizer qualquer coisa e corre para as portas laterais do castelo entendendo que seu filho chegou.
Otto Hightower entende Aemond e aceita o que o príncipe disse sem hesitar.

Aemond entrelaça sua mão com a da princesa e a guia para fora do salão do trono para que ela pudesse respirar sem aquela pressão e todos os olhares em cima dela.

[...]

A coroação

—Hoje é o dia mais triste, o nosso querido rei Viserys, o pacífico está morto. —Otto diz a todo aquele povo. —Mas é também um dia de felicidade, antes de seu espírito nos deixar ele sussurou um último desejo. Deseja que Aegon II seu primeiro filho o susceda.

O povo fica em silêncio, olham uns para os outros questionando aquela informação, até que alguém começa a aplaudir e todos seguem como uma manda de ovelhas fugindo do cachorro pastor.

Visenya observa Aegon entrando por entre os guardas com as espadas erguidas, se não fosse algo que Visenya realmente não aprovasse poderia dizer que foi uma entrada digna de um rei. Mas sentia um clima pesado e negava a todo momento que estava ali, junto aos Hightower na parte mais nobre onde veria Aegon ser coroado no lugar de sua mãe, e nem mesmo Aemond conseguiu fazer alguma coisa para impedir essa coroação.

—É uma grande sorte e privilégio presenciar isso. Um novo dia para a cidade.Um novo dia para o reino. Um novo rei para nós.

O Septão pegou o pequeno recipiente com óleo, de uma moça que usava os cabelos levemente no rosto tampando sua face. Molha seu polegar no óleo e passa em Aegon a cada frase que dizia:
—Que o guerreiro lhe de coragem.
Que o ferreiro lhe de força para portar o escudo e a espada.
Que o pai interfira conforme suas necessidades.
Que a velha erga sua lamparina brilhante e ilumine seu caminho até a sabedoria.

Aemond estava enfurecido por estar na coroação de seu irmão tirando todas as suas chances de ser rei. Não tinha mais nenhum plano em mente e nem teria tempo de pensar em um.

Sor Criston Cole foi designado para colocar a coroa em Aegon, mas assim que se aproximou com ela ouviu-se um grito vindo de trás dele.
Todos gritaram assustados, o Septão que regia a coroação estava no chão, bateu sua cabeça e sangrava por todo o caminho, sua pele estava branca e da boca saia um liquido branco com espuma.
Um meistre que estava próximo corre e pega no braço do Septão, seu polegar estava vermelho e um pouco corroído. —É veneno! —Disse e apontou para a cuia com óleo que agora escorria no chão.

Antes que todos pudessem raciocinar Aegon cai no chão da mesma forma, mas Criston Cole conseguiu segurar sua cabeça para que não batesse.

O grito de Alicent poderia ter sido escutado no outro continente. A mulher já sofria sabendo o que havia acabado de acontecer.
Segurava seu filho nos braços e chorava enquanto gritava seu nome.
O povo olhava sem saber o que estava acontecendo, alguns lutavam com os guardas, outros entre si.
A mulher que entregou o veneno tentou fugir mas foi pega e levada para perto de Alicent e do corpo de Aegon.

Era Myra. —Aegon é um assassino! —Ela gritou sendo segurada pelos guardas que esperavam uma ordem de execução. —Orquestrou a morte de Ramsay Greyjoy e também de meu tio Arvin Penrose que sabia de tudo! —Ela termina cuspindo no corpo do príncipe. Myra já sabia que aquele era seu fim.
Ao descobrir aquele bilhete de seu tio no quarto de Visenya, não poderia deixar barato. Nunca desconfiou de Aemond ou Visenya pois amava demais a princesa para pensar o pior dela, lhe restando apenas o outro filho da coroa: Aegon II.
A garota foi morta ali mesmo por ordem de Otto Hightower.

Como se não fosse o bastante, Rhaenys a rainha que nunca foi, surge do subsolo com Meleys, quebrando parte do fosso. A princesa olha para todos naquela elevação, um palco feito para aquele espetáculo terrivel. Estava prestes a gritar para que seu dragão queimassem todos eles, mas reconheceu um rosto que não gostaria de ver lá, sua neta Visenya, aquilo foi demais para ela. A moça abraçava seu marido enquanto chorava com medo de tudo aquilo. Aemond olhava para a Princesa montada no dragão sem medo algum no olhar apenas segurava sua esposa tentando protege-la.
As pessoas em volta estavam desesperadas tentavam fugir enquanto os guardas fechavam os portões.

—Abram os portões. —Otto gritava.

Rhaenys desiste de atear fogo em todos e apenas voa para longe.

Love, Blood And Fire - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora