•𝐓𝐡𝐞 𝐩𝐞𝐚𝐜𝐞 𝐨𝐟 𝐄𝐬𝐬𝐨𝐬•

238 23 6
                                    

Em uma cama suja de palhas e pulgas, uma velha senhora com certa fama por ter dons de vidência vivia seus últimos suspiros, estava a um fio entre o sonho e a morte, dizia que seus sonhos eram suas últimas visões mas como não acertava nada há anos a mulher não tinha mais plateia para escutar.
A velha Margareth Walters sofreu um acidente misterioso há dois dias atrás, alguns guardas a acusaram de saber de algo que não deveria.
Nunca mais ela foi a mesma.
Ainda na cama vivia entre dormir e gritar sobre os sonhos que tivera. Seria apenas mais uma velha senhora a morrer de forma miserável, naquela cidade não era nenhuma novidade ou motivo para espantamento.

O rei morrerá nesta noite.
O rei morrerá nesta noite.
O rei morrerá nesta noite.
O rei morrerá nesta noite.
O rei morrerá nesta noite.
O rei morrerá nesta noite.
O rei morrerá nesta noite. —Ela repetia sem parar.

—Cale a boca velha cadela ou vamos te deixar morrer na rua. —Disse o ferreiro que trabalhava no local onde a velha dizia suas últimas palavras.

Não era novidade que o rei morreria em breve, seu estado não era do melhores e todos sabiam, mas quando? Isso ninguém tinha certeza.

Gritou sete vezes.
Um grito pra cada um dos deuses, um grito pra cada reino de westeros.

A velha morreu logo em seguida.

E o Rei?
O rei morrerá nesta noite.

[...]

Visenya e Aemond não estavam no reino. Depois que Rhaenyra se foi com seus filhos, Aemond cumpriu uma promessa que tinha feito ainda quando criança a Visenya.

"Prometa-me que um dia me levará para voar em Vhagar."

Sem contar a ninguém Aemond e Visenya partiram montados em Vhagar para Essos.
Pousaram em Pentos e ficaram no gigante casarão de um amigo de Daemon.

—O que achou de Vaghar? Como é montar o maior dragão dos sete reinos pela primeira vez? —Ele diz depois de descer do grande dragão.

—Vhagar não é o maior dragão que já montei. —Visenya tira as luvas e continua caminhando sem olhar para trás.

—Esta me obrigando a deixar o jantar que mandei preparar para te levar para o nosso quarto.

—Um jantar? —Ela sorri.

Ele puxa a princesa e segura sua mão como se fossem dançar ali no caminho.

[...]

Três dias depois.

A grande mansão continha vários quartos diferentes de tudo que já tinham visto, É claro que morando na fortaleza vermelha, era difícil impressioná-los, mas aquele lugar conseguiu tirar-lhes o ar.

No último andar, no topo da mansão, havia um jardim, repleto de plantas e flores. O chão era de areia e havia um lago com pequenos peixes. A lua estava no topo e brilhava junto a milhares de estrelas.
Visenya ouviu alguns gansos voarem perto e grasnarem que estavam indo para o sul. Alguns vagalumes pousavam nas plantas mas continuavam reluzentes iluminando a pequena floresta. Uma mesa estava no centro, tinha vinho e frutas variadas, algumas Visenya nunca tinha visto, uma delas chamou sua atenção, fruta do dragão, era rosa e tinha certas escamas, quando abriu era tao rosa por dentro quanto por fora, e o sabor era diferente de todas que já tinha provado.
A frente do lago, na outra ponta, não havia muro ou paredes, era o fim desta sala com uma queda livre de cinco andares. Visenya tenta chegar perto da borda já que era possível ver a praia e no mar um navio bem ao fundo. Mas assim que ficou a dois passos, Visenya lembrou-se de Arvin Penrose e decidiu voltar.
Aemond a surpreende com uma taça do vinho que estava na mesa. A princesa aceita e bebe o vinho.

Love, Blood And Fire - Aemond TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora