Capítulo 8. Eu nunca amei

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Mare

- Que bom que vocês chegaram - diz Coriane - sentem-se.

Nos sentamos lado a lado, Gisa está aqui também, há vários papéis na mesa e pastas, elas estavam ocupadas.

Já faz uma hora que estamos aqui, Gisa e Coriane trouxeram tantas ideias, já estou cheia disso.

- Mare, estou finalizando seu vestido - minha irmã diz - vou te mostrar o desenho depois. Preciso pegar algumas provas de tecido.

- Eu te acompanho Gisa, tenho que pegar um presente para o casal - Coriane fala, e logo em seguida saí da sala.

Me jogo pra trás no sofá, precisava descansar. Cal ficou jogado aqui calado o tempo todo. Mas ele riu quando me joguei no sofá.

- Uma rainha não deveria se comportar assim - meu noivo fala.

- Use essa roupa o dia todo e me diga depois se não posso fazer isso - ele ri e eu também, preciso falar com ele.

- Cal - começo a falar - me desculpe por ontem, eu não deveria ter falado daquele jeito com você. Eu só queria ser sincera.

- Você partiu meu coração, majestade - ele coloca a mão no peito, e ri depois.

Estou rindo também, e dou um tapa no seu braço.

- Está tudo bem Mare, pelo menos você não me iludiu, nem nada disso.

- Obrigado por entender.

- Posso te perguntar uma coisa?

- Claro.

- Se não vai se apaixonar por mim, como pretende...é... me dar herdeiros? - ele fica prata, está com vergonha.

- Hmmm, não te contaram como funciona isso? Eu vou te explicar, quando duas pes... - ele me interrompe.

- Pelas minhas cores, eu sei como funciona Mare, só achei que tivesse que estar apaixonado pra isso acontecer.

- Todas as vezes que você dormiu com alguém, foi por amor?

- Acho que eu nunca fiz isso por amor, só por desejo.... E você? - ele hesitou um pouco.

- Já... mas foi a muito tempo, eu amava ele.... - Cal percebe meu incômodo em falar sobre isso, ele assente com a cabeça.

- Bem, pelo menos um de nós dois sabe como é ser amado de verdade.

Fico em silêncio, isso foi pesado demais...

- Então... como vai funcionar?

- Cal, eu já disse, serei sua esposa e vou cumprir minhas obrigações.

- Você fala como se fosse um fardo fazer isso...

- Acredite, não será fardo nenhum ter você na minha cama - lanço um sorriso malicioso pra ele.

Cal fica prateado com o meu comentário, não esperava isso.

- Mare, você está sugerindo que usará meu corpo? Estou ofendido demais com isso - ele diz sorrindo.

- Não se faça de puritano Calore - eu rio dele.

- Eu te entendo, quem não gostaria desse corpo.

Ele se levanta e começa a exibir o corpo em poses. É um idiota.

Então ele para e fica prata, quando olho para trás sua mãe está parada, rindo dele. Ela segura uma caixa de veludo, é linda.

- Meu presente para o casal - ela diz.

 A união de dois sangues Onde histórias criam vida. Descubra agora