Cal
Quando me viro, percebo que Mare parou no meio do salão, alguém está na sua frente me impedindo de ver seu rosto. Mas então a pessoa se afasta, quando consigo ver percebo que há algo errado, ela parece seria, como se toda a felicidade tivesse ido embora.
Me aproximo dela, mas antes que esteja próximo o suficiente, vejo quando ela retira a mão da sua barriga, tem algo em sua mão, sangue, mas o que..?
Antes que eu possa pensar, Mare cai de joelhos, seu rosto está pálido. Nossos olhares se cruzam, e como se estivesse se despedindo, vejo uma lágrima descer por sua bochecha. Não! Não pode ser!!! Então ela vai ao chão.
- Mareeeeee!!! - grito o mais alto que posso. Me aproximo e a seguro no colo, seus olhos estão fechados, sua respiração fraca e seu sangue jorra pela ferida.
A música para, e todos se afastam, minha família se aproxima e em questão de segundos Gisa está jogada no chão ao meu lado chorando.
Vejo Lucca próximo a nós, no seu rosto a tristeza e medo, como se ele se importasse. Kilorn se aproxima e toca meu ombro.
- Cal - ele diz com um tom desesperado - temos que tirá-la daqui, rápido!!
Não penso em mais nada, pego ela do chão, a predendo com meus braços. A levo escada a cima para seu quarto. Olho em seu rosto e é como se a vida estivesse a deixando.
- Mare - digo em desespero - por favor, não me deixe. Aguente firme minha guerreira.
Entro rápido pela porta, coloco Mare em sua cama. Então enfermeiras entram no quarto.
- Onde estão as curandeiras? - pergunto nervoso - Já deveriam estar aqui.
O rosto de uma das jovens enfermeiras empalalicede.
- Alte...za - ela diz com dificuldade - todas foram enviadas para um vilarejo próximo, por causa da explosão que aconteceu lá.
- Como??? Quem autorizou isso??
- O rei, alteza. Recemos hoje a tarde um bilhete. - ela diz, mas a única que vejo em seus olhos é o medo. Me afasto dela.
- Não autorizei isso - meu pai fala - não deixaria o palácio sem pelo menos uma curandeira. Isso só pode ter sido parte do atentado a Rainha.
Nesse momento minha cabeça gira. Um atentando a Mare, quem seria tão burro? As enfermeiras começam a cuidar dela, estão tentando parar o sangramento.
- Sarah - meu irmão fala - onde ela está?
- Em Montfort com Julian - minha mãe fala - mas já deveriam ter chegado antes do baile. Algo provavelmente os atrasou.
- Vou buscá-la - Evangeline fala - e só volto com ela. Fique firme alteza - ela diz pra mim - assim que a encontrar, avisarei.
Aceno com a cabeça, nesse momento ela saí, acompanhada de seu irmão e da esposa. As enfermeiras pedem que esperamos na sala de visita. Antes de sair do uma última olhada em Mare. Por favor, fique comigo meu amor...
- Cal - Maven toca meu ombro e me abraça - Seja forte. Ela precisa disso.
- Ela não vai aguentar, Mavey - digo a ele - você viu o ferimento.
- As enfermeiras são boas, confie nelas.
Após algumas horas, uma enfermeira mais velha sai do quarto, ela está suja de sangue. Faz uma reverência e depois começa a dizer.
- Conseguimos conter o sangramento - ela diz finalmente - mas a adaga atingiu alguns órgãos, ela precisa de uma curandeira. Além disso perdeu muito sangue, precisará de transfusão. Sabemos que seu irmão será o doador mais compatível, já que também é um sangue-novo. Mas aconselho a chamarem sua família, na pior das situações, eles vão querer estar aqui.
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A união de dois sangues
Fiksi PenggemarE se Mare Barrow realmente fosse A Rainha Vermelha? Uma vermelha, sangue nova e rainha. Mare vem de uma dinastia vermelha de reis e rainhas, que governam os vermelhos do Novo Mundo, um reino de paz e prosperidade, em que todos vivem com igualdade...