Capítulo 9. Somos um talvez

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Cal

Me deparo com Íris deitada na minha cama. Íris é uma mulher muito bonita e atraente, mas eu não vou fazer isso, nunca mais.

- O que você está fazendo aqui? - pergunto já ficando nervoso.

- Cal, nós não conseguimos conversar muito. Eu estava com saudades do meu príncipe de fogo. - ela fala se levantando e vindo na minha direção.

Viro de costas pra que ela perceba que não estou muito afim disso. Mas quando me viro novamente, Íris me beija, eu recuo e bato na cômoda. Empurro ela com cuidado.

- Íris, não!! Eu estou noivo.

- E? Grande parte desses casamentos nunca tem amor, Cal. Ou você ama ela? - ela diz rindo.

- Não, mas eu respeito Mare e meu irmão.

- Maven nem liga pra mim, está ocupado com Thomas, nosso casamento é fachada, você sabe.

- Isso não me importa, não vou fazer isso, não insista. - digo me afastando.

- Você não sente saudade Cal? Foi tão bom, deixe eu relembrar você - ela passa as mãos pelas minhas costas.

Confesso que isso me traz um arrepio grande, mas sinceramente, não quero isso. Vou pra perto da cômoda, estabelecendo espaço entre nós, Íris bufa frustrada.

- Saia, por favor - digo apontando para a porta.

Ela se aproxima novamente, me encurralando. Ela está colada em mim, poderia me beijar com facilidade agora. Mas ela só quer falar.

- Ouça Tiberias, não vou desistir!! Quando precisar de um corpo pra te satisfazer, Mare não vai estar lá, mas eu vou. - ela diz se aproximando cada vez mais.

Derrepente a porta se abre, e Mare entra. Ela olha confusa, mas não perde sua postura nunca.

- Mare...

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Mare

- Perdão, não queria interromper - digo confusa.

- Pense no que eu falei, Cal - Íris fala me ignorando, ela beija o pescoço de Cal, e sai passando por mim.

- Aparentemente, eu atrapalhei sua noite... - digo zombando dele.

- O que você quer? Já acabou com seu General? - Cal fala com raiva.

- Ah não, você está com ciúmes Calore? - digo rindo dele. Entro no quarto e fecho a porta.

- Não, claro que não!

- Sei...

- Bem, se você já terminou, eu tenho mais o que fazer - diz ele com rispidez.

- Cal, - digo segurando seu braço - nós estávamos bem. Não comece com isso de novo.

- Verdades Mare, só te peço isso - ele diz olhando intensamente pra mim, ele está sendo sincero.

- Estou aqui, pergunte o que quiser - digo me sentando na cama.

- Ótimo!! - ele diz e anda até uma mesinha, pega a garrafa de whisky e dois copos - Verdades e bebida, combinação perfeita.

- Concordo - digo rindo.

Cal se senta e escosta na cabeceira. Eu me sento na ponta da cama. Ele me serve um pouco de bebida.

- Pergunte - dou um gole na bebida, desce queimando. Não costumo beber isso.

- Já rolou algo entre você e o General Tyton? - direto ele, gosto disso.

 A união de dois sangues Onde histórias criam vida. Descubra agora