Capítulo 12. Fale a verdade

117 14 6
                                    

Mare

Estamos andando pelo vilarejo, Cal comprou bonés pra disfarçar mais já que está de dia. Tem algumas crianças brincando de bola, uma delas joga a bola pra mim, eu apenas jogo de volta. Acabamos ficando ali um tempo, Cal está jogando com os meninos, eu me sentei no chão pra olhar, ele será um ótimo pai para os nossos filhos.... O que você está fazendo comigo Calore?

Ele se cansa e vem pra perto de mim, me levanta e saímos, já está tarde.

- Posso te fazer uma pergunta? - ele diz quebrando o silêncio.

- Pode sim.

- O que já houve entre você e Kilorn? - olho confusa pra ele - Mare, eu sei que ele tem sentimentos por você, por mais que tente esconder.

- Nós meio que namoramos na adolescência - Cal me olha surpreso - não deu certo, meu avô descobriu e fez de tudo pra tirar Kilorn da minha vida. Ele é meu melhor amigo desde que nasci, foi criado comigo. Então ele foi mandado pro exército por um ano. Meus sentimentos por ele sempre foram de amizade, mas eu era ingênua demais pra entender. Quando ele voltou ainda gostava de mim, mas eu sabia dos meus deveres, separei tudo e ele aceitou... eu acho.

- Ele foi seu grande amor? - Cal pergunta.

- Não mesmo - abaixo a cabeça, Cal entende o sinal e encerra o assunto.

Chegamos perto da moto e Cal me olha travesso.

- O que foi? - pergunto curiosa.

- Você já pilotou uma moto majestade? - ele está rindo.

- Cal, você está louco?

- Vamos Mare, confia em mim?

- Que saco - esse garoto tem um jeito de me convencer a fazer besteiras.

Cal leva a moto pra um lugar mais afastado. Então pega minha mão. Subo na moto. Ele me ensina os comando básico e sobre na garupa. Olho surpresa pra ele.

- Corajoso em - digo rindo.

- Confio na minha noiva - ele pisca pra mim.

Ligo a moto, e lá vamos nós. Confesso que a sensação é ótima. Mas melhor ainda é ter Cal tão pertinho de mim, ele segura minha cintura, está tão próximo. Estou sem capacete, por não estarmos na estrada.

Cal se aproxima do meu pescoço, está tão perto, meus pelos se arrepiam. Paro a moto com tudo, o corpo de Cal se choca com o meu.

- Me desculpe - ele fala.

- Está tudo bem - digo.

Cal puxa o apoio da moto. Não consigo me mexer.

- Mare, está machucada? - ele pergunta suspirando no meu pescoço.

- Cal, você sabe o que está me causando? - ele aperta minha cintura.

- O que Mare? - ele sussurra - me diga.

Ele começa começa beijar meu pescoço e desce uma das mãos pela minha coxa, me juntando ainda mais ao seu corpo.

- Cal - digo empurrando ele e levantando - não posso, ainda não. Isso vai significar muito pra nós dois, pode gerar muitos sentimentos, não sei posso lidar com isso agora.

- Mare - ele está triste - você sempre vai me afastar? Sempre? Eu quero construir algo com você, mas você não. E tá tudo bem...

- Cal - digo tocando seu braço.

- Eu só queria uma chance Mare, eu não tenho culpa do seu passado, mas você me pune mesmo assim... - ele diz se ajeitando na moto e colocando o capacete - vamos.

 A união de dois sangues Onde histórias criam vida. Descubra agora