Capítulo 21. Reencontro

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Cal

Acordo quando o sol está nascendo, Mare ainda dorme nos meus braços. Sei que deveria sair antes que todos acordem, mas quero aproveitar mais esse momento. Vejo o colar que minha mãe nos deu brilhar na pele de chocolate dela. O quanto eu quero que isso de certo, pelas minhas cores.

Mare começa a acordar. Ela se vira, ficando de barriga pra baixo. Começo a beijar suas costas.

- Desse jeito fica impossível levantar dessa cama - ela diz sorrindo.

- Bom dia, majestade - ela se vira pra mim, sorrindo.

- Bom dia, Calore - ela começa a levantar.

- Não, não. Pode vir aqui - puxo ela - você não vai levantar agora.

- Cal, não posso ficar aqui. E você não deveria estar aqui.

- Não fizemos nada.

- Ninguém vai pensar isso, deixe de ser ingênuo. Se vista e saia.

- Não - abraço ela mais forte e começo a beijá-la - só mais um pouco. Já Já descemos pro café da manhã.

Mare acaba desistindo de fugir e começa a me beijar. Ela colocou a camisola novamente, e eu estou quase tirando de novo, quando derrepente escutamos alguém entrar pela sala de visitas do quarto. Com o tempo de apenas me cobrir, Gisa entra pela porta.

- Mare ainda está na cama? Séri... Aaaaaaa - ela fecha a porta com tudo - me desculpem!!! Não sabia que você estava aí, alteza.

Mare esconde o rosto rindo. Estou prata de tanta vergonha - pelo menos é a Gisa - levanto e termino de me vestir. Mare coloca um roupão e pede que a irmã entre.

- Por favor, me desculpem!! Eu não quis incomodar - ela diz preocupada e envergonhada.

- Está tudo bem - sua irmã fala - Cal já estava saindo.

- Verdade - me aproximo e beijo a testa de Mare - te vejo lá embaixo. Gisa, por favor, entregue aquele presente. - Gisa confirma com a cabeça ainda envergonhada - um bom dia meninas!

Saio rápido de lá, apesar de tudo, foi bem engraçado. Eu nem acredito na noite incrível que tivemos, o momento de intimidade. Pelas minhas cores, estou rendido por ela.

Estou afundado em meus pensamentos, quando derrepente esbarro em alguém.

- Mil perdões - quando levanto a cabeça, vejo Íris na minha frente - estava distraído.

- Preste mais atenção, alteza - ela bate no vestido - aliás, o que faz aqui tão cedo? Seu quarto fica do outro lado. Hmmm, não vai me dizer que você estava em outro quarto? Sério Calore? - ela ri, mas percebe que nao estou de graça - Perdão, só achei que Mare fosse mais recatada.

Isso foi a gota d'água. Pressiono Íris na parede. Ela se assusta um pouco.

- Muito cuidado com o que fala da minha noiva - seguro o queixo dela - pode perder sua língua por isso. Então dá próxima vez, pense bem!!

Ela me empurra. E sai indignada. Não me importo, não vou deixar ninguém difamar minha futura esposa. Vou para o meu quarto, tomo um banho e desço pra tomar café da manhã com minha família. O dia vai ser longo. Só espero que não tenha nenhum imprevisto, estou feliz e nada vai acabar com essa felicidade. Nada!!

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Íris

Entro no meu quarto, batendo a porta. Que ódio, não acredito que ele me ameaçou por causa daquela vermelha.

 A união de dois sangues Onde histórias criam vida. Descubra agora