-> Capítulo 39

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Demorei, mas voltei 😎
Aí vai um capítulo daqueles de ter uma parada cardíaca.  Hihi
É isso. Deixe sua estrelinha se você gostou
Boa leitura

Anastasia

Já se passaram alguns dias desde que o Christian me procurou, Kath como uma boa fofoqueira, logo me contou que ele e Amélia terminaram e ela seguiu a vida sem o circo. Fico triste por não ter parado e ter conversado com ela, sequer pude agradecer o ocorrido quando eu perdi o meu bebê. 

Meu bebê...

Constantemente a Ella vem aqui, as garotas estão bem mais grudadas já que dessa vez elas são amigas, e descobri que por trás daquela arrogância, é uma garota e tanto. 

Estou trabalhando mas o movimento está completamente parado, acabou de dar uma breve saidinha, e os chefes estão em seus devidos escritório, portanto o local está um silêncio assustador, levanto alcançando um pano, caminho até as mesas próximas à janela, e limpo-as. Uma presença me chama atenção ao ouvir o sino da porta soar, e um frio corre por todo o meu corpo, eu o reconheço.

Ele me olha e abre um sorriso diabólico, não mudou absolutamente nada, está da forma como eu o imaginei quando fugi com minhas irmãs, ele caminha em câmera lenta até próximo de mim e agarra violentamente o meu braço, quero gritar, quero chamar ajuda, abro os lábios e não consigo emitir som algum, ele faz um sinal de silêncio com as mãos.

- Finalmente eu te encontrei. Não sabe o prazer que é te ver.

Ele diz com uma falsa simpatia, e usando um tom baixo, eu o odeio, não deveria, mas o odeio, ele é igual ao pai, deveria ser diferente, mas nao é, e por isso o odeio.

- Infelizmente não posso dizer o mesmo. - Respondo carrancuda. Finalmente recuperei minha voz.

- Não fale assim comigo Aninha, sabe que me deve respeito. - Diz rindo igual um idiota.

- Respeito? Você nao merece nem que um cachorro inocente faça xixi em você. - Esbravejo indignada.

- Ih, ficou cruel com o tempo. - responde.

- Você nao viu nada ainda, seu idiota.

- Tá malcriada, mas tudo bem, eu dou um jeito em você depois. - ele diz despreocupado.

- Depois? Eu não vou com você, não vou a ligar nenhum!

- Ah vai, claro que vai, você não tem muita escolha! - ele diz e pega uma arma , em seguida aponta para minha testa. Sinto o cano gelado contra minha pele, fazendo meus pêlos arrepiarem mais uma vez.

- Você não faria isso. Você tem o meu sangue, porra!

Pode nao parecer, mas estou completamente apavorada, Emma e Chloe, só consigo pensar nelas, sei que não ficarão desamparadas porque Kate cuidaria muito bem delas, mas as minhas meninas já perderam tanto...

- Eu sei onde as gêmeas estudam. - diz simplesmente, como se fosse algo natural.

- Deixe-as em paz, Você já me tem. - respondo com a voz embargada.

- Não! Eu quero você, e quero elas, quero Todas, e vamos até elas agora. - Diz em ordem, agora já não está mais sorrindo, ele tem um olhar petrificado.

- Não vou te levar lá!

- Você poderia me levar por bem e agir normalmente, ou eu poderia ir até aquele colégio renomado e atirar na cabeça de cada uma, e de quebra, ainda acertar alguns estudantes.

Ele diz como se não fosse nada, ou algo natural de se fazer. Eu sempre soube que ele era sangue frio, mas psicopata dessa forma ?

Ando na frente com a arma sendo apontada para a minha cabeça o tempo todo, ele me joga a chave do carro e saio dirigindo pelas ruas de Seatle até chegar no centro, estaciono na frente da escola, e está na hora da saida.

Com o coração na mão, vejo-o sair do carro, ele aponta para o veículo com uma distância mínima que não dá para nenhuma das duas correr, e se eu tentar correr, a arma está mais perto delas do que de mim, ele faria o que disse, atiraria na cabeça delas

Vejo o momento em que elas entram abraçadas no banco detrás, vejo o medo em seus olhos.

- Ana... - alguma das duas sussura com medo.

- Silêncio. - ele diz e aponta novamente a arma para minha cabeça e elas soltam um grito agudo e de repente se calam.

Ele me obriga a ir para o banco do passageiro e assume a direção,  dirige por um certo momento até que vejo a paisagem urbana começar a sumir, me apavoro imediatamente, ele manda as garotas colocarem sacos de cetim preto na cabeça, elas mesmo com medo obedecem e deitam no banco como ele manda em seguida.  Faz o mesmo comigo, e eu o obedeço sem lutar.

~*~

Chegamos à um galpão enorme, não muito longe da civilização, mas rodeado de árvores, concluo isso quando ele finalmente retira o saco de cetim do meu rosto, logo vejo uma mulher e um outro homem saírem do galpão.

- Só conseguiram isso? - ele pergunta visivelmente frustrado, já de fora do carro. 

As conversas seguintes eu já não dou muita importância, baixo o olhar, vendo as meninas deitadas no chão do carro, consigo ver Chloe e um pouco dos pés de Emma. 

- Meninas? - Sussurro um tanto desesperada. 

- Mamãe, eu tô com medo. - Emma fala e noto sua voz de choro. 

- Eu sei, meu amor. Mas vamos ficar bem, vão nos achar, vocês só precisam se comportar, não o aborreça. - Minha voz falha mas preciso ser forte, por elas. 

- Quanto tempo vamos ficar? - Chloe se pronuncia. - Quero o vovô e a vovó.

Concluo que ela estaria chorando.

- Não sei..

Ergo o olhar rapidamente ao notar a porta ao meu lado ser aberta, o homem que eu vi sair do local, me agarra pelo braço e me arrasta para fora do carro, em seguida, sem delicadeza alguma, ele me faz ir em direção ao galpão, dou uma olhada para trás e vejo acontecer o mesmo com as meninas.  O homem me amarra em uma cadeira de madeira, os outros fazem o mesmo com Emma e Chloe, que permanecem chorando em silêncio. 

- Por favor nos deixe ir embora.

Peço com muito medo e o que recebo em troca é um murro na boca, seguido de um tapa que me derruba.

...

Espero que tenham gostado do capítulo
Deixe sua estrelinha e me diga nos comentários o que vocês estão achando 🤍
Bjs, Até o próximo capítulo!!!

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⏰ Última atualização: Nov 12, 2022 ⏰

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