Demorei, mas voltei 😎
Aí vai um capítulo daqueles de ter uma parada cardíaca. Hihi
É isso. Deixe sua estrelinha se você gostou
Boa leituraAnastasia
Já se passaram alguns dias desde que o Christian me procurou, Kath como uma boa fofoqueira, logo me contou que ele e Amélia terminaram e ela seguiu a vida sem o circo. Fico triste por não ter parado e ter conversado com ela, sequer pude agradecer o ocorrido quando eu perdi o meu bebê.
Meu bebê...
Constantemente a Ella vem aqui, as garotas estão bem mais grudadas já que dessa vez elas são amigas, e descobri que por trás daquela arrogância, é uma garota e tanto.
Estou trabalhando mas o movimento está completamente parado, acabou de dar uma breve saidinha, e os chefes estão em seus devidos escritório, portanto o local está um silêncio assustador, levanto alcançando um pano, caminho até as mesas próximas à janela, e limpo-as. Uma presença me chama atenção ao ouvir o sino da porta soar, e um frio corre por todo o meu corpo, eu o reconheço.
Ele me olha e abre um sorriso diabólico, não mudou absolutamente nada, está da forma como eu o imaginei quando fugi com minhas irmãs, ele caminha em câmera lenta até próximo de mim e agarra violentamente o meu braço, quero gritar, quero chamar ajuda, abro os lábios e não consigo emitir som algum, ele faz um sinal de silêncio com as mãos.
- Finalmente eu te encontrei. Não sabe o prazer que é te ver.
Ele diz com uma falsa simpatia, e usando um tom baixo, eu o odeio, não deveria, mas o odeio, ele é igual ao pai, deveria ser diferente, mas nao é, e por isso o odeio.
- Infelizmente não posso dizer o mesmo. - Respondo carrancuda. Finalmente recuperei minha voz.
- Não fale assim comigo Aninha, sabe que me deve respeito. - Diz rindo igual um idiota.
- Respeito? Você nao merece nem que um cachorro inocente faça xixi em você. - Esbravejo indignada.
- Ih, ficou cruel com o tempo. - responde.
- Você nao viu nada ainda, seu idiota.
- Tá malcriada, mas tudo bem, eu dou um jeito em você depois. - ele diz despreocupado.
- Depois? Eu não vou com você, não vou a ligar nenhum!
- Ah vai, claro que vai, você não tem muita escolha! - ele diz e pega uma arma , em seguida aponta para minha testa. Sinto o cano gelado contra minha pele, fazendo meus pêlos arrepiarem mais uma vez.
- Você não faria isso. Você tem o meu sangue, porra!
Pode nao parecer, mas estou completamente apavorada, Emma e Chloe, só consigo pensar nelas, sei que não ficarão desamparadas porque Kate cuidaria muito bem delas, mas as minhas meninas já perderam tanto...
- Eu sei onde as gêmeas estudam. - diz simplesmente, como se fosse algo natural.
- Deixe-as em paz, Você já me tem. - respondo com a voz embargada.
- Não! Eu quero você, e quero elas, quero Todas, e vamos até elas agora. - Diz em ordem, agora já não está mais sorrindo, ele tem um olhar petrificado.
- Não vou te levar lá!
- Você poderia me levar por bem e agir normalmente, ou eu poderia ir até aquele colégio renomado e atirar na cabeça de cada uma, e de quebra, ainda acertar alguns estudantes.
Ele diz como se não fosse nada, ou algo natural de se fazer. Eu sempre soube que ele era sangue frio, mas psicopata dessa forma ?
Ando na frente com a arma sendo apontada para a minha cabeça o tempo todo, ele me joga a chave do carro e saio dirigindo pelas ruas de Seatle até chegar no centro, estaciono na frente da escola, e está na hora da saida.
Com o coração na mão, vejo-o sair do carro, ele aponta para o veículo com uma distância mínima que não dá para nenhuma das duas correr, e se eu tentar correr, a arma está mais perto delas do que de mim, ele faria o que disse, atiraria na cabeça delas
Vejo o momento em que elas entram abraçadas no banco detrás, vejo o medo em seus olhos.
- Ana... - alguma das duas sussura com medo.
- Silêncio. - ele diz e aponta novamente a arma para minha cabeça e elas soltam um grito agudo e de repente se calam.
Ele me obriga a ir para o banco do passageiro e assume a direção, dirige por um certo momento até que vejo a paisagem urbana começar a sumir, me apavoro imediatamente, ele manda as garotas colocarem sacos de cetim preto na cabeça, elas mesmo com medo obedecem e deitam no banco como ele manda em seguida. Faz o mesmo comigo, e eu o obedeço sem lutar.
~*~
Chegamos à um galpão enorme, não muito longe da civilização, mas rodeado de árvores, concluo isso quando ele finalmente retira o saco de cetim do meu rosto, logo vejo uma mulher e um outro homem saírem do galpão.
- Só conseguiram isso? - ele pergunta visivelmente frustrado, já de fora do carro.
As conversas seguintes eu já não dou muita importância, baixo o olhar, vendo as meninas deitadas no chão do carro, consigo ver Chloe e um pouco dos pés de Emma.
- Meninas? - Sussurro um tanto desesperada.
- Mamãe, eu tô com medo. - Emma fala e noto sua voz de choro.
- Eu sei, meu amor. Mas vamos ficar bem, vão nos achar, vocês só precisam se comportar, não o aborreça. - Minha voz falha mas preciso ser forte, por elas.
- Quanto tempo vamos ficar? - Chloe se pronuncia. - Quero o vovô e a vovó.
Concluo que ela estaria chorando.
- Não sei..
Ergo o olhar rapidamente ao notar a porta ao meu lado ser aberta, o homem que eu vi sair do local, me agarra pelo braço e me arrasta para fora do carro, em seguida, sem delicadeza alguma, ele me faz ir em direção ao galpão, dou uma olhada para trás e vejo acontecer o mesmo com as meninas. O homem me amarra em uma cadeira de madeira, os outros fazem o mesmo com Emma e Chloe, que permanecem chorando em silêncio.
- Por favor nos deixe ir embora.
Peço com muito medo e o que recebo em troca é um murro na boca, seguido de um tapa que me derruba.
...
Espero que tenham gostado do capítulo
Deixe sua estrelinha e me diga nos comentários o que vocês estão achando 🤍
Bjs, Até o próximo capítulo!!!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Tudo Por Nós Em Quinze Dias
RomanceEla deixou tudo para trás, depois da morte de sua mãe. Carregando consigo apenas sua melhor amiga, irmãs mais novas, e uma picape velha. Ele vivia de cidade em cidade levando alegria para as pessoas, viajando sempre com a família, e guardando tris...