Capítulo 1

7.3K 509 129
                                    

— Como assim eu não tenho mais direito à minha herança e meu acesso às nossas contas foram restritos? — berrei, furiosa, na sala da presidência do meu pai

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Como assim eu não tenho mais direito à minha herança e meu acesso às nossas contas foram restritos? — berrei, furiosa, na sala da presidência do meu pai. Ele me olhou nada abalado. Matteo Marques já não se importava mais com os meus surtos, a verdade era que ele já estava acostumado com eles.

— Querida filha, você precisa de limites e, então, até aprender a tê-los e a dar o devido valor ao dinheiro que nossa família batalhou durante anos para conquistar, decidi que não terá mais acesso a ele — explicou com calma, fazendo meu rosto queimar de raiva.

Que diabos de castigo era esse? Como assim não tinha limites? Por Deus, era tão controlada que esse mês gastei pouquíssimo, comprei apenas uma bolsa da Gucci, duas da Prada e alguns acessórios que me faltavam, se isso não era ser controlada eu não sabia mais o que era.

— Sua mãe errou em fazer todas as vontades sua e da sua irmã, mas não é tarde para consertar nosso erro.

Isso era uma loucura, não podia ser real, meu pai não podia estar fazendo isso comigo.

— O que vai fazer então? Me deixar pobre? Desprezar sua filha? — apelei para seu lado emocional, mas meu pai estava tão frio quanto uma pedra de gelo.

— Te deixar pobre? Querida filha, você não corre esse risco, felizmente nunca terá que descobrir a dor da verdadeira pobreza — respondeu, sarcástico. — Somente na sua festa de aniversário de dezoito anos você gastou mais de setenta mil reais. E convenhamos que foi um luxo desnecessário.

— Acontece, papai, que faço aniversário somente uma vez na vida, precisava fazer uma festa marcante, principalmente por ser os meus dezoito anos!

— Já chega, Lorena — rugiu, fazendo-me ficar quieta. Meu pai era bem paciente comigo e minha irmã, mas quando sua paciência explodia, sabíamos que era melhor não confrontá-lo. — Vou ensiná-la a dar valor as únicas coisas que importa na vida. Momentos bons, amizades leais e amor sem interesse. É disso que você precisa.

— Já tenho amizades leais, amor sem interesse e, com certeza, estou vivendo momentos ótimos! — retruquei, ríspida, lembrando-me da minha melhor amiga, Fernanda, e do meu crush Carlos. Minha vida estava ótima, não podia reclamar.

— Você pensa que sim, mas não — falou. — Eu estive conversando com seu tio, Saulo, e ele achou uma boa ideia você ir passar um tempo no Mato Grosso Do Sul.

— Um tempo quanto? Uma semana? — questionei, interessada. Gostava de visitar meus tios no Mato Grosso, era bom passar dias no campo, mas não mais que apenas uma semana, depois disso os pernilongos, bichos e o calor começavam a me perturbar.

— Não, na verdade, pensei em deixá-la lá cerca de quatro meses. — Engasguei-me com a própria saliva ao ouvir sua resposta, olhei-o incrédula.

— Enlouqueceu, pai? Nunca! Deus me livre!

A TENTAÇÃO DO VIÚVO Onde histórias criam vida. Descubra agora