Capítulo 9

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10 anos atrás

Observei meu pai fumar seu charuto da varanda como de costume. Ele estava parado observando a paisagem da fazenda, sentado em sua cadeira de balanço. Aproximei-me dele em passos rápidos, estava furioso e temia cometer uma loucura.

— O senhor pode me explicar por que expulsou a minha noiva daqui? — exigi saber, meu velho pai me fitou, surpreso.

— Primeiramente, abaixe o tom da voz para falar comigo, moleque! — bradou ele, levantando-se e apagando o charuto. — Não pode gritar com seu pai por conta de uma...

— Uma o quê? — esbravejei parando diante dele, encarando-o.

— De uma puta de chalana! — rebateu no mesmo tom. Sentia vontade de esmurrá-lo por falar assim dela, entretanto, devia respeito a ele, por ser meu pai e por ter me criado. — Você achou mesmo que deixaria você noivar com uma puta qualquer e esfregar o nosso nome na lama? Você é meu filho mais velho, é um Duarte e herdará tudo que é meu depois que eu me for. Não vou deixar que uma qualquer te dê um golpe, muito menos a Camila.

— Você não a conhece, só sabe sobre seu passado e nada mais. Se soubesse, não diria isso dela. Camila mudou, sua vida na chalana foi sofrida, ela só se prostituiu porque foi obrigada pela mãe, e o senhor sabe.

— Mesmo assim se prostituiu, e você ainda tem coragem de se casar com aquela mulher? Não quero que meus netos sejam filhos de uma puta!

Não consegui conter minha fúria, agarrei-o pela gola da camisa.

— Chega de falar asneiras sobre ela, escutou bem? Não vou admitir ouvi-lo ofender a mulher que amo. E se quer saber, irei atrás dela e me casarei, você querendo ou não.

— Se fizer isso eu te deserdo. Nunca mais vai poder pisar nas minhas terras, caso contrário eu mesmo darei cabo da sua vida, seu moleque ingrato! — ameaçou com ódio, soltei a gola da sua camisa.

— Não precisa o senhor me deserdar, pois eu mesmo não quero mais nada que venha de você, vou embora para nunca mais voltar e nunca mais precisarei vê-lo novamente! — garanti.

Virei-me pronto para fazer minhas malas e sumir da sua vida.

— Faça isso, seu moleque, troque seu sangue por um rabo de saia! Sei que vai voltar chorando em breve... não vai aguentar um dia sequer a vida de um peão!

Nem dei ouvidos ao que disse, somente fui até meu quarto, arrumei minhas malas e parti para nunca mais voltar.

Dias atuais

Assim que saí da casa de Lorena fugindo como o diabo foge da cruz, fui para casa e tomei um banho gelado para acalmar a minha excitação. Nunca fiquei tão alterado daquele jeito. Enquanto a água gelada caía em meu corpo meus pensamentos viajaram para uma época distante que já deveria ter esquecido. Lembrei-me do meu velho pai, Inácio Duarte, o homem mais rígido e fechado que já conheci. Ninguém da fazenda dos Marques sabia que eu era filho de um fazendeiro importante como ele, que produzia alimentos, frutas e muito mais. Sua fazenda ficava daqui. Morei nela desde que nasci e um dia sonhava em assumir o lugar do meu pai após seu falecimento, porém, o destino tinha outros planos para mim e nossa desavença fez com que rompêssemos o laço de sangue que deveria ser mais forte do que tudo.

A TENTAÇÃO DO VIÚVO Onde histórias criam vida. Descubra agora