Capítulo 21

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Quando vi Otávio quase matando o Jorge enforcado, pensei que estava à frente de uma assombração, mas não, era ele mesmo ali

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Quando vi Otávio quase matando o Jorge enforcado, pensei que estava à frente de uma assombração, mas não, era ele mesmo ali. Meu coração bateu tão forte que pensei que pularia do peito para fora, a saudade bateu ainda mais forte, queria pular sobre ele e beijá-lo, mas não podia. Não agiria no impulso de novo e não voltaria atrás na minha decisão.

Quando me beijou eu me derreti em seus braços. O beijo tinha gosto de saudade. E mesmo tentando lutar contra, falhei.

Fiquei furiosa ao saber que minha irmã e Heloíse estavam o ajudando. Eles dois simplesmente me enfiaram dentro de um jatinho com destino ao Mato Grosso do Sul. Não acreditava que Otávio iria me levar à força para sua fazenda.

— Você acha que vai ficar por isso mesmo? Que pode me sequestrar e tá tudo bem? — bradei, furiosa, enquanto o jato decolava.

— Sim, até porque sei que está gostando muito disso — falou ele, todo convencido, deixando-me ainda mais enfurecida.

— Seu pai concorda com isso? — questionei-o, e estranhei ao ver seu sorriso presunçoso morrer.

— Meu pai está morto, Lorena.

Senti como se o sangue se esvaísse de mim. Fiquei atônita.

— Como?

— Ele faleceu enquanto dormia, sem uma causa aparente. Os médicos acham que pode ter sido um infarto.

— Ah, meu Deus, Otávio... Sinto muito — falei, compadecida, desejando abraçá-lo.

— Tudo bem, já faz algumas semanas que aconteceu — respondeu ficando sério, engoli em seco, sentindo pena.

— Agora é você quem está cuidando da fazenda?

— Sim, eu e meu tio — disse. — Estou construindo um legado para o meu filho ou filha. — Ele tocou a minha barriga depois de falar, quase amoleci.

— Como sua mãe está? — eu quis saber, trocando de assunto.

— Feliz que agora terá um neto — respondeu. — Sabe de quantos meses está?

— De quase dois meses — contei. — Fui pega de surpresa com a notícia.

— Imagino, embora eu não tenha me surpreendido muito, pois me lembro bem de que nunca usamos preservativo nas vezes que fizemos amor.

Ele me olhou com olhar malicioso, senti meu íntimo esquentar.

— Somos dois irresponsáveis.

— Somos, mas não me arrependo nenhum um pouco. Sempre quis ser pai, e todas as vezes que transamos, foram as melhores da minha vida — admitiu com a voz coberta por rouquidão. Arfei baixinho, e fechei as pernas sentindo minha boceta molhar. Malditos hormônios.

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