Capítulo 16

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Passei aquela semana inteira tentando não me aproximar de Lorena, embora fosse difícil me manter distante dela precisava fazer isso de qualquer maneira, tive que me forçar a não procurá-la, às vezes eu quase fracassei e bati à sua porta

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Passei aquela semana inteira tentando não me aproximar de Lorena, embora fosse difícil me manter distante dela precisava fazer isso de qualquer maneira, tive que me forçar a não procurá-la, às vezes eu quase fracassei e bati à sua porta.

Faltava pouco para eu me mudar de vez para fazenda do meu pai, já tinha até conversado com meu patrão, Dominic, sobre minha situação, felizmente ele entendeu bem e não achou ruim a minha partida, entretanto, ainda precisava falar com Lorena e me despedir dos meus amigos antes de ir embora de vez. Vou sentir muita falta deles, das pessoas daqui e, principalmente, da minha rotina.

Ver Lorena desfilando pela fazenda linda demais, todo santo dia, não estava facilitando meu esforço para ficar longe dela, diacho, quanto mais não queria pensar na princesinha, mais pensava. Estava sentindo medo de ter me apegado a ela mais do que deveria. Sabia que não era normal um homem pensar em uma mulher todo santo dia sem estar apaixonado. E a noite ainda sonhar com ela... Sim, Lorena vinha atormentando meus sonhos. Ontem mesmo tive um que me fez acordar com um baita tesão, que só cessou quando eu mesmo busquei meu alívio.

Sacudi a cabeça para tentar me livrar dos pensamentos, precisava focar no trabalho, pois em breve não estaria mais aqui e queria deixar todo meu serviço pronto.

— Estava pensando em dar um churrasco na minha casa — falou Edmundo, ele estava me ajudando na lida.

— Boa ideia, pode ser um churrasco de despedida — falei, fazendo com que ele me olhasse, confuso.

— Como assim despedida?

— Daqui a uns dias eu não trabalharei mais aqui, amigo — expliquei, fazendo-o soltar a enxada, surpreso.

— Como assim, larga mão, peão! Cê está me zoando!

— Não estou, Edmundo. Já até conversei com nosso patrão e pedi minhas contas, vou voltar para a minha antiga casa.

Edmundo cruzou os braços, não acreditando no que eu estava dizendo.

— Que casa, Otávio, se você não tinha nem um tostão furado quando chegou aqui!

— É uma longa história, amigo, eu escondi meu passado de todos.

— Como assim!?

Estava prestes a contar tudo quando vi Heloíse, nossa patroa, se aproximar de nós, segurando sua filha nos braços.

— Tarde, moços — cumprimentou a patroa.

— Tarde, patroa — Edmundo e eu falamos juntos. — Precisa de alguma coisa?

— Sim, vou precisar do seu serviço em particular, Otávio, pode vir comigo?

— Sim, patroa, pra já!

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