Dor de estômago

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Acordo no dia seguinte com uma dor de estômago terrível. Nunca mais volto para aquela lanchonete. Escovo meus dentes e tomo um remédio para a dor. 

Susan - está com uma cara péssima, está tudo bem? - ela coloca a mão em minha testa assim que desço até a cozinha.

Max - acho que foi a comida daquela lanchonete - digo antes de beber um copo de água que desce relutante. 

Susan - não quer ficar em casa hoje? Billy fica pra cuidar de você - olho para Billy que ficou claramente irritado com a ideia de passar o dia cuidando de mim. 

Max - com certeza não. Vou melhorar, já tomei um remédio

O carro nunca balançou tanto, estava tão enjoada que nem conseguia ver as coisas claramente.

Billy - se você vomitar no carro eu te mato - ele parece notar que eu estou mal.

Não consigo responder Billy, não estava confiante para abrir a boca naquele momento. Até porque eu não quero andar em um carro com o Billy e vômito. Quando o carro para parece que tudo piora.

Billy - é bom você não passar mal hoje. Se passar vá embora a pé - ele diz baixo para mim antes de se juntar a um grupo de pessoas. Vejo Anna em meio ao grupo. Por que não me surpreende?

Lucas - Max? Você está bem? Está branca como um papel - ele coloca sua mão em meu ombro preocupado.

Max - vou ficar bem - nem mesmo eu sei se isso é verdade - a gente se vê mais tarde, Stalker - eu fujo da conversa para evitar despejar tudo em cima dele. 

Mal consigo prestar atenção na aula e não tenho outra opção a não ser dormir e esperar a dor passar. Quando acordo a sala estava silenciosa. Olho em volta e já não haviam mais alunos, apenas na minha frente a Sra. Linn me encarava. Eu me levanto as presas limpando o canto da boca que sentia molhado. 

Sra. Linn - Maxine, está tudo bem na sua casa?

Max - na minha casa? Está - fico confusa. Afinal, o que isso tem a ver com eu estar dormindo. 

Sra. Linn - está tendo problemas em dormir a noite?

Max - só estou com dor de estômago, mas já está melhor. E é Max, não Maxine 

Sra. Linn - vou deixar passar dessa vez, Max. Mas da próxima vez que não se sentir bem vá até a enfermaria 

Max - ta, tanto faz - dou de ombros e saio da sala sentindo o olhar da professora me seguir.

Vou até meu armário pegar o livro para a aula de história mas quando olho o relógio do pátio vejo que não só perdi a aula de história como a de literatura, o intervalo e o inicio da aula de geografia. Pego meu material e corro até a aula de geografia. Acabo por atrair todos os olhares por estar chegando atrasada, mas o professor apenas acena para que eu sente em meu lugar e assim o faço. Minha barriga já não doía tanto, acho que está melhorando. Assim que a aula acaba vou até Billy e aviso que iria embora mais tarde, mas eu nem se quer sabia se Lucas iria mesmo vir até mim, até porque eu não fui muito amigável com ele hoje cedo e deixei ele sozinho no intervalo. Mas de qualquer forma, eu preferia ir para a casa caminhando, pelo menos assim eu poderia ir prestando atenção nas coisas boas da cidade. Não que eu esteja aceitando que aqui agora é minha casa, mas eu prometi a minha mãe que tentaria, e é difícil enquanto Billy reclama o caminho todo. Ele não gostou nem um pouco por ter que me esperar por nada, mas eu não me importo. Desde de a mudança ando me acostumando com ele. Não que ele fosse um amor na Califórnia, mas aqui ele está mil vezes pior. Está com raiva e desconta em mim.

Lucas - achei que tinha desistido - ele me tira dos meus devaneios - não te vi hoje no intervalo

Max - não estava passando bem 

I See You - LumaxOnde histórias criam vida. Descubra agora