Um pouco doente

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Já era tarde e Lucas, Érica e eu estávamos assistindo um filme que passava na televisão. Lucas não deixou de me abraçar em momento nenhum e sempre me perguntava se eu estava melhor. O chá que a Robin me deu não adiantou muita coisa, minha cabeça estava doendo, assim como meu corpo e eu estava com muito frio. Lucas colocou bastante coberta sobre nós e ascendeu a lareira, mas mesmo assim eu sentia meu corpo cada vez mais quente. 

Érica - você está parecendo um pimentão - ela diz para mim. 

Lucas - ela tem razão, Max. Você ta muito vermelha e muito quente - a porta da sala se abre e a mãe de Lucas passa por ela. 

Sra. Sinclair - eu não acredito! - ela diz brava - o que estão fazendo em casa?! Érica, eu te levei até a porta do colégio 

Lucas - a Max não está se sentindo bem, mãe. E não tem ninguém na casa dela - Lucas mente. 

Sra. Sinclair - e você mocinha? - ela espera a resposta de Érica de braços cruzados. Afinal, Érica tem para quem puxar. 

Lucas - Érica também não estava se sentindo bem 

Érica - minha cabeça - ela complementa Lucas. 

A mãe de Lucas não parece acreditar em Érica mas não fala nada. Ela se aproxima de mim e coloca a mão em minha testa. 

Sra. Sinclair - minha nossa - ela tira a mão as pressas - está pegando fogo. Lucas, tira essas cobertas dela 

Lucas - mas ela está com frio - ele se justifica. 

Sra. Sinclair - eu sei, mas a temperatura dela vai aumentar cada vez mais se continuar esquentando ela. Érica, apaga a lareira - ela pede e a garota obedece no mesmo instante - vou pegar um remédio. Lucas, enche a banheira, mas não muito quente. Morna 

Lucas - tá - ele sobe até o andar de cima.

Max - não precisa...

Sra. Sinclair - você está com muita febre. O banho vai ajudar a abaixar a sua temperatura. Depois pode colocar uma camisa de Lucas e dormir

Max - eu não quero incomodar 

Sra. Sinclair - não incomoda, querida. Estou acostumada a cuidar de criança doente. Não sei se o Lucas fala da gente tanto quanto fala de você, mas eu trabalho em uma creche - acho que é inevitável não ficar vermelha toda vez que falam o tanto que Lucas fala sobre mim, mas graças a febre acho que não é perceptível dessa vez. 

Lucas - está cheia - ele volta. 

Sra. Sinclair - separa alguma roupa para ela - Lucas concorda mais uma vez e sobe as escadas - vem - ela me ajuda a chegar até o banheiro. Me sentia muito fraca e meu corpo doía muito - vou esperar do lado de fora - ela pega no armário uma toalha e Lucas deixa a roupa lá também. 

Assim que estou sozinha no banheiro, me sinto um pouco tímida de tomar banho aqui. É a casa do Lucas, o quão estranho é isso? Mas acho que eu não tenho muita opção no momento. Mesmo um pouco incomodada eu tiro minha roupa e entro na banheira. Provavelmente a agua estava morna como a sra. Sinclair pediu, mas eu estava com tanto frio que parecia que tinha entrado em um balde de gelo. Depois que tomei meu banho eu comecei a sentir a minha temperatura diminuir, mas ainda estava com frio e estava quente. Coloco as roupas de Lucas e saio de lá. Lucas estava encostado na parede, acho que me esperando.

Lucas - como se sente? - ele parece preocupado, era fofo.

Max - melhor 

Lucas - que bom - ele suspira aliviado - vem - ele me guia até seu quarto e me deita em sua cama, ao lado, na mesinha de cama, havia um copo de água e um copo pequeno com um líquido rosa dentro - minha mãe falou que esse remédio é bom e que vai se sentir melhor - eu assinto e tomo o líquido e logo depois a água.

Max - sua mãe é incrível 

Lucas - eu sei - ele se senta do meu lado - dorme um pouco, quando acordar vai se sentir melhor - ele me cobre com seu edredom.

Max - fica aqui comigo? - eu não queria ficar sozinha na sua casa, ou pior, no seu quarto, com sua mãe e Érica aqui também. 

Lucas - fico - ele da a volta e se senta ao meu lado. Mais uma vez eu deito em seu peito e ele me abraça enquanto brincava com algumas mechas do meu cabelo - Max

Max - oi

Lucas - qual o seu lugar favorito em Hawkins? - ele ainda acariciava meu cabelo. 

Max - você, Lucas - percebo ele sorrir. E mesmo com os músculos faciais dolorido era inevitável não sorrir de volta - e o arcade - ele ri e beija a minha cabeça me abraçando mais forte. Não muitos minutos depois eu caio no sono. 

Assim que eu acordo, Lucas já não estava mais do meu lado e eu sentia um calor excessivo. Minha cabeça já não doía, meu corpo estava dolorido mas não como antes.

Lucas - já acordou? Como se sente? - ele diz segurando um lanche em uma das mãos e um copo de suco em outra. 

Max - me sinto muito melhor. Quanto tempo eu dormi? 

Lucas - umas duas horas. Tomas, eu trouxe pra você, deve estar com fome 

Max - faminta - ele se senta do meu lado e me entrega o lanche enquanto ele ainda segurava o copo - não é muito tarde né?

Lucas - não, é quase duas da tarde

Max - obrigada por tudo, Lucas, mesmo. Agradeça a sua mãe, se não fosse por ela acho que eu teria me derretido. Mas eu preciso ir embora, minha casa é longe e se eu me atrasar vou acabar me metendo em encrenca 

Lucas - se quiser... pode dormir aqui. Liga pra sua mãe e fala que vai ficar na casa da Jane


I See You - LumaxOnde histórias criam vida. Descubra agora