1.1

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Emma ficou doente, exatamente como Johnny havia previsto horas atrás, antes dela ir dormir.

— O que é isso? — Perguntou quando Johnny lhe estendeu uma tigela funda com um líquido quente.

— Sopa de legumes. — Disse como se fosse óbvio, e Emma fungou.

— Não gosto muito de sopa.

— E eu não gosto muito de cuidar de doentes. — Disse sério. — Pega a sopa.

Emma bufou e segurou a tigela entre as duas mãos, soprando a fumaça, dando um gole rápido e fazendo uma careta.

— Deixa de frescura. — Johnny pediu, colocando a mão sobre a testa da mais nova e verificando se ela estava febril.

Os dois estavam sozinhos em casa. Lily-Rose acordou cedo, tinha uma sessão de fotos de tarde e a gravação de um comercial de perfumes no dia seguinte, então dormiria na casa da mãe. Já Jack tinha duas provas para fazer, e para a mãe não ter que dar duas viagens, ele iria voltar no mesmo dia que a irmã. 

— Sinto falta de Lily-Rose, ela cuida melhor de mim. — Choramingou após deixar a tigela vazia sobre a mesa de centro. — Ela me dá coisas gostosas pra comer.

— Ingrata. — Bufou, pegando a tigela e levando para a cozinha.

— Estou brincando. — Suspirou e deitou no sofá, ajeitando o edredom sobre seu corpo. — Pode trazer um copo de água, por favor? Gelada.

Ela pegou o celular e abriu o e-mail, rolando a tela com o polegar e carregando mais mensagens. Tinha cinco e-mail's novos, todos de faculdades distintas na França, e ela não tinha se inscrito em nenhuma delas. Suspirou pesadamente, sentindo a cabeça latejar e abriu o primeiro e-mail.

— O que está fazendo? — Johnny perguntou quando voltou, entregando o copo d'água. Ela pegou e deu espaço para ele deitar no sofá, e assim o fez.

— Lendo uns e-mail's. Hum... Bem, eu pedi gelada. — Emma disse depois de beber toda a água e colocar o copo vazio na mesinha de centro.

— Você está resfriada, não pode tomar água gelada. — Emma fez um biquinho e deitou no peito de Johnny, voltando a atenção para o celular.

O mais velho passou as mãos por seus cabelos, fazendo um leve cafuné, e espiou a tela de seu celular. Bom, era impossível não espiar, na verdade.

— Uau... Direito. Meus parabéns, futura advogada. — Emma olhou para cima e sorriu para Johnny.

— Obrigada. Mas não quero cursar direito, não fui eu quem me inscrevi.

— Não? — Emma espirrou, colocando a mão sobre a boca e tremendo.

— Não. Tenho mais quatro dessas cartas de admissão, olha. — Ela mostrou a aba principal dos e-mail's, e Johnny pôde ver o nome de quatro outras renomadas faculdades. — Isso é coisa do meu pai.

Ela bloqueou o celular e abraçou Johnny, fechando os olhos e suspirando fundo.

— Quer falar sobre isso, pequena?

Emma encostou o queixo em seu peitoral e abriu os olhos, pensando sobre a pergunta de Johnny. Nem ela mesma sabia se queria falar sobre aquele assunto. Tudo o que tinha a ver com o pai lhe dava dor de cabeça e repulsa, ela ficava enjoada quando falava sobre.

— Não, não quero. — Murmurou e fechou os olhos outra vez, voltando a deitar a cabeça em seu peitoral.

— Tudo bem então, pequena. — Ele tentou não demonstrar sua decepção, mas era impossível, então Emma notou e abriu os olhos.

daddy issues; Johnny DeppOnde histórias criam vida. Descubra agora