Emma ficou doente, exatamente como Johnny havia previsto horas atrás, antes dela ir dormir.
— O que é isso? — Perguntou quando Johnny lhe estendeu uma tigela funda com um líquido quente.
— Sopa de legumes. — Disse como se fosse óbvio, e Emma fungou.
— Não gosto muito de sopa.
— E eu não gosto muito de cuidar de doentes. — Disse sério. — Pega a sopa.
Emma bufou e segurou a tigela entre as duas mãos, soprando a fumaça, dando um gole rápido e fazendo uma careta.
— Deixa de frescura. — Johnny pediu, colocando a mão sobre a testa da mais nova e verificando se ela estava febril.
Os dois estavam sozinhos em casa. Lily-Rose acordou cedo, tinha uma sessão de fotos de tarde e a gravação de um comercial de perfumes no dia seguinte, então dormiria na casa da mãe. Já Jack tinha duas provas para fazer, e para a mãe não ter que dar duas viagens, ele iria voltar no mesmo dia que a irmã.
— Sinto falta de Lily-Rose, ela cuida melhor de mim. — Choramingou após deixar a tigela vazia sobre a mesa de centro. — Ela me dá coisas gostosas pra comer.
— Ingrata. — Bufou, pegando a tigela e levando para a cozinha.
— Estou brincando. — Suspirou e deitou no sofá, ajeitando o edredom sobre seu corpo. — Pode trazer um copo de água, por favor? Gelada.
Ela pegou o celular e abriu o e-mail, rolando a tela com o polegar e carregando mais mensagens. Tinha cinco e-mail's novos, todos de faculdades distintas na França, e ela não tinha se inscrito em nenhuma delas. Suspirou pesadamente, sentindo a cabeça latejar e abriu o primeiro e-mail.
— O que está fazendo? — Johnny perguntou quando voltou, entregando o copo d'água. Ela pegou e deu espaço para ele deitar no sofá, e assim o fez.
— Lendo uns e-mail's. Hum... Bem, eu pedi gelada. — Emma disse depois de beber toda a água e colocar o copo vazio na mesinha de centro.
— Você está resfriada, não pode tomar água gelada. — Emma fez um biquinho e deitou no peito de Johnny, voltando a atenção para o celular.
O mais velho passou as mãos por seus cabelos, fazendo um leve cafuné, e espiou a tela de seu celular. Bom, era impossível não espiar, na verdade.
— Uau... Direito. Meus parabéns, futura advogada. — Emma olhou para cima e sorriu para Johnny.
— Obrigada. Mas não quero cursar direito, não fui eu quem me inscrevi.
— Não? — Emma espirrou, colocando a mão sobre a boca e tremendo.
— Não. Tenho mais quatro dessas cartas de admissão, olha. — Ela mostrou a aba principal dos e-mail's, e Johnny pôde ver o nome de quatro outras renomadas faculdades. — Isso é coisa do meu pai.
Ela bloqueou o celular e abraçou Johnny, fechando os olhos e suspirando fundo.
— Quer falar sobre isso, pequena?
Emma encostou o queixo em seu peitoral e abriu os olhos, pensando sobre a pergunta de Johnny. Nem ela mesma sabia se queria falar sobre aquele assunto. Tudo o que tinha a ver com o pai lhe dava dor de cabeça e repulsa, ela ficava enjoada quando falava sobre.
— Não, não quero. — Murmurou e fechou os olhos outra vez, voltando a deitar a cabeça em seu peitoral.
— Tudo bem então, pequena. — Ele tentou não demonstrar sua decepção, mas era impossível, então Emma notou e abriu os olhos.
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daddy issues; Johnny Depp
FanfictionOnde Johnny Depp está passando por um momento turbulento e procura desesperadamente algo que o faça sentir vivo; Ou Onde Emma Petit é uma jovem problemática com uma relação familiar complexa, e procura incessantemente por validação. +18//¡Alerta de...