Caso perguntassem a Emma como ela estava, ela com certeza responderia que estava ótima. Estar no carro com sua melhor amiga, o irmão dela e o pai dela, lhe remetia aos únicos momentos realmente bons que teve na infância: Os momentos em que brincava com Lily-Rose, quando as duas se escondiam de Jack e esperavam Johnny fazer - ou tentar fazer - biscoitos.
Ela adorava ver a melhor amiga feliz, e no momento Lily estava simplesmente radiante - como o sol do meio dia. A loira estava no banco do carona, do lado do banco do motorista, e não parava um só segundo de listar todas as coisas que iam fazer ao chegar "em casa".
— Emma! — Lily chamou, virando a cabeça o máximo que conseguia para poder encarar a melhor amiga sem tirar o cinto. — Vamos fazer uma festa do pijama hoje.
Emma assentiu com a cabeça, concordando com Lily-Rose sem sequer questionar. Lily voltou a olhar para a frente e gesticular, falando sobre outra coisa, e a morena afundou no estofado do carro e encarou o espelho do retrovisor, dando de cara com o olhar observador de Johnny sobre si. Ela sorriu de canto, mas o mais velho desviou o olhar. Ele estava inquieto, Emma notou seus dedos batendo no volante. Vez ou outra ele se ajeitava no banco, olhava pela janela ou jogava o cabelo para trás. A morena suspirou e fechou os olhos, encostando a cabeça na janela.
Depois de mais alguns minutos no carro, eles finalmente chegaram ao destino. Lily-Rose foi a primeira a pular - literalmente - do carro. A loira abriu com tudo a porta onde a melhor amiga estava encostada, e por pouco Emma não se esparramou no chão; Jack saiu em seguida, e Johnny foi o último.
— Caralho! Eu tava com muita saudade daqui! — Lily disse assim que pegou sua mala. — Vamos logo, Jack!
— Lily-Rose, olha a boca! — Johnny repreendeu, mas sua filha já estava longe. Ela tinha corrido para dentro da mansão puxando o pobre Jack, que foi o responsável por carregar a mala da irmã e a sua própria.
Emma riu da situação e puxou a bagagem do porta-malas com tudo, dando um leve tropeço para trás, mas conseguindo se equilibrar.
— Mala pesada? — O mais velho perguntou do seu lado, e a morena o encarou.
Ele não tinha mudado quase nada. Como é possível alguém não mudar em mais ou menos cinco anos?, Emma pensou, e sorriu.
— Eu não sabia o que devia trazer, então acabei exagerando. — E era verdade. Lily-Rose nem sequer a ajudou nisso, só ficou apressando as coisas e jogando combinações aleatórias na mala da amiga.
— Eu levo pra você.
Emma pensou em negar, mas antes de qualquer coisa olhou para a mala e, em seguida para o caminho que teria que percorrer carregando-a. Ela suspirou e encarou o mais velho, com um sorriso. Johnny considerou isso um "sim", e simplesmente saiu arrastando a mala. A morena teve que apressar o passo para alcança-lo.
— Obrigada, tio Johnny. — Ela observou pelo canto dos olhos o mais velho disfarçando a careta ao ouvir aquilo, e sorriu de canto.
A casa era, obviamente, imensa. Assim que passavam pelas portas, a primeira coisa que viam era a imensa escada que levava para o andar de cima. Dos lados direito, esquerdo, e atrás, tinham entradas que levavam para cômodos como a sala de estar, a sala de jantar, a cozinha, o quarto dos jogos, e os fundos da casa, além de algumas outras salas completamente vazias que ninguém, absolutamente ninguém, nunca usou. Emma lembrava de todos os cantinhos dali, se sentia completamente nostálgica. Ali ela se sentia mais em casa que em sua própria casa. Ela sorriu com o pensamento, Lily escorregou no corrimão da escada e caiu de pé em sua frente.
— Meu quarto continua o mesmo!
— É claro que continua, querida. — Johnny sorriu. Ele estava parado logo atrás de Emma, como se esperasse ela apreciar aquela sensação nostálgica - ou como se estivesse tendo a sua própria.

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daddy issues; Johnny Depp
FanfictionOnde Johnny Depp está passando por um momento turbulento e procura desesperadamente algo que o faça sentir vivo; Ou Onde Emma Petit é uma jovem problemática com uma relação familiar complexa, e procura incessantemente por validação. +18//¡Alerta de...