Alex
Depois de toda cena na frente do prédio de Liz com o imbecil do Will, tive que resolver as coisas com a socorrista, meu medo era que ela denunciasse a cena e Liz tivesse que prestar algum esclarecimento na delegacia, afinal ela tinha estourado o nariz de Will. Não me entenda errado, aquilo era excitante para um caralho, e juro por Deus, que eu poderia continuar assistindo a cena por muuuuuuito tempo, mas a ideia de Liz ter que ir para a delegacia ser inquirida por vários homens, com a possibilidade de ser hostilizada por aquilo, me causava arrepios.
Então, resolvi jogar um pouco de charme para a socorrista Daniela, que respondeu prontamente, sussurrei algumas palavras em seu ouvido, disse que ela era a pessoa perfeita para nos ajudar naquela situação, o que não era uma mentira, afinal era a socorrista. Claro que eu sabia que estava apelando, mas estava tentando tomar cuidado para não levar as coisas para um nível que pudesse desrespeitar Liz, até porque apesar de Daniela ser bonita, comparada a Liz ela era quase um graveto, então na minha mente não havia dúvidas.
Aparentemente Liz não enxergou da mesma forma e saiu quase correndo para o prédio dela, Daniela percebeu e olhou para Will que estava resmungando dentro da Van, e quando voltou a me olhar percebi que algo tinha mudado, não sei se ela interpretou aquela cena como se fosse alguma tentativa de assédio por parte do Will, ou algo assim, mas ela acenou significativamente para mim e eu simplesmente acenei fazendo questão de não esclarecer nada.
Daniela me falou para procurá-la no hospital que trabalhava e entrou na ambulância, que saiu disparada. A mim coube apenas levar as malas de Liz para a portaria, não sem antes colocar um bilhetinho especial para ela.
No dia seguinte, Liz não apareceu no trabalho, o que me deixou preocupado e frustrou minha tentativa de deixar o primeiro café na mesa dela, acabei tendo que jogar fora, e tiveram algumas pessoas que perceberam, por mais que eu tentasse ser discreto.
Tentei ligar para ela, porém ela não atendeu.
Em contrapartida eu estava com agenda para percorrer os representantes comerciais a partir de terça feira até o final de semana, mas não se seria capaz de ficar tanto tempo sem ver Liz.
Com isso, fiz questão de deixar o café por todos esses dias, sabendo que Liz iria ficar bem puta comigo, o que de fato aconteceu e ela fez questão de "tirar o pau" e botar na mesa. Isso me divertia sobremaneira.
Confesso que minha estratégia estava indo melhor do que eu esperava, já que a ideia era desestabilizar ela a tal ponto de fazê-la se entregar.
Logo, depois dessa chamada de atenção, que deu a ela a falsa segurança de estar no controle da situação, eu reduzi a marcha, embora ela continuasse arisca, sabendo que eu ainda a caçava, por isso precisava contornar o caso e continuar conversando com ela, comecei a fazer isso vagarosamente, acompanhando-a até o ponto, mesmo que depois precisasse voltar para buscar o carro. E alguns meses depois percebi que ela já estava mais confortável e relaxada perto de mim, e já não recusava mais meus convites.
Começamos a almoçar juntos, ir em happys, e passado alguns dias, resolvi começar a ir de ônibus para o trabalho para podermos continuar nossas conversas, e algumas semanas depois, quando eu senti que ela estava completamente a vontade comigo, e já tinha esquecido parcialmente o que já tinha rolado entre a gente, a convidei para um piquenique.
Minha ideia era manter a estratégia e no máximo ficar mais próximo dela, mas eu não estava preparado para ver Liz daquele jeito.
Quando ela desceu do uber, meu coração quase parou de vez: ela usava uma sandália de dedos, e mostravam as unhas bem feitas, um vestido branco com flores coloridas que amarrava na cintura e tinha uma bolsa grande - me parecia ser artesanal, de crochê, tricot, ou macramê - de cor neutra a tiracolo. Os cabelos estavam molhados, e ela usava uma maquiagem bem leve: base, blush, mascara, sombra leve e um gloss mais vermelho nos lábios (Essa era uma das vantagens e desvantagens de se trabalhar em empresa de cosméticos, eu sempre podia dizer o que as garotas usavam, enquanto que para os caras eu saber sobre isso era no mínimo bizarro).
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Sabe de nada...
RomanceComo seria se um dorama tivesse uma pegada BR? Sabe de nada é uma fic sobre o dorama "She should never know". É uma história com pegada BR sobre pegação - leia-se HOT! SINOPSE: Ele foi recrutado por ela quando cursava o último ano da faculdade, e ao...