Capitulo 22

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VALENTINA POV

A conversa com meu pai foi mais tranquila do que eu esperei que fosse, eu achei que ele acabaria com minha vida, tiraria minha mesada, me colocaria de castigo mas ele foi amoroso e compreensível. Eu só não sei como minha mãe vai reagir a tudo isso. A vontade que tenho é de contar logo que eu estou com Luiza e deixar a bomba explodir de uma vez, mas o medo deles irem na escola e acabarem com a carreira dela é maior ainda.

Depois que conversei com meu pai, eu subi para tomar um banho, depois disso fiz minhas atividades de casa e deitei para ver desenhos, eu amo ver um pouco de desenho no meu tempo livre, só que, como todas as vezes, eu peguei no sono...

Sou puxada do mundo dos sonhos por alguma coisa vibrando e depois de alguns minutos me lembro quem sou eu e que tenho celular. O atendo manhosamente.

Ligação on

- Ham.

- Estava dormindo? - meu sorriso foi enorme ao ouvir a voz de Luiza e o som da sua risadinha.

- Eu estava. - silêncio. - meu pai conversou comigo.

- Mesmo? E como foi?

- Foi bem tranquilo, ele só disse que não me quer namorando específicamente com Penélope. - eu gargalhei.

- Nem eu. - ouvi seu tom de voz sério.

- Deixa de ser besta. - ela riu. - E você não vai acreditar no que ele disse também.

- O quê?

- Que era uma pena você ser minha professora porque você era uma pessoa boa.

Pude ouvir a risada alta de Luiza.

- Eu não acredito!

- É sério! Ele realmente disse, acho que você já conquistou o sogro.

- Sou muito boa. - ela riu mas logo parou. - eu liguei pra saber de você e te falar uma coisa.

- O quê? - perguntei rápido.

- Eu vou me encontrar com Eliza hoje. - eu ia reclamar. - espera, deixa eu terminar de falar. Ela disse que precisa conversar algo sério comigo e ela teve com minha mãe esse final de semana, e minha mãe não me liga a dias e nem atende minhas ligações. Estou preocupada, Valentina.

Meu coração doía, de ciúmes, de medo e de preocupação também.

- Olha, eu não vou surtar. - ela riu. - Fica calma, tá? Não aconteceu nada grave. E me liga assim que você chegar de volta. Qualquer coisa eu fujo pra ficar com você.

- Você é demais, criança.

Rimos e eu fui até a janela, ela estava lá me olhando.

- Eu só quero cuidar de você. - coloquei a mão na janela.

Ouvi seu suspiro. E logo ela colocou a mão na janela também.

- Eu ligo pra você! Eu preciso ir.

- Eu estou te esperando.

Ligação off

Depois de desligar ainda nos olhamos por alguns segundos e mandamos beijos, quando Luiza virou de costas, vi o carro de minha mãe chegando. Respirei fundo, fui até o banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes e desci as escadas.

Certo, vai dar tudo certo.

Cheguei na sala e me sentei ao lado de meu pai que estava vendo as notícias tomando seu precioso café.

- Sua mãe chegou? - eu assenti amedrontada. - Estou com você, filha. Fica calma.

Eu apenas sorri e minha atenção foi toda para a porta sendo aberta por minha querida mãe. E ela sorriu ao nos ver.

MY TEACHER ~ VALUOnde histórias criam vida. Descubra agora