45. Saimon

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Eu odeio essas festas da classe alta. Um bando de gente fútil e egoísta se gladiando para mostrar quem tem mais influência e dinheiro.

Já passa da meia noite e não vejo a hora de tudo isso acabar e podermos voltar para uma linda garota que está em casa sozinha.

Meus pais e o dos rapazes estão aqui com o mesmo objetivo que nós. Quem começou com este baile foi o pai de Tomas, um cara grande, mas não de tamanho mas de personalidade, gentileza e a pessoa mais incrível que tive o prazer de conhecer. Queria que Alice tivesse convivido com ele por mais tempo.

- Oi Saimon - Luciana vem se aproximando de mim, deixando um grupo de garotas que está nos olhando e sorrindo, todas completamente excitada e um pouco embriagadas.

- Oi Luciana - digo sem muito ânimo para conversar com ela.

- As minhas amigas e eu gostaríamos de saber se você não quer se juntar a nós depois que todo esse baile ridículo acabar. Você pode chamar os outros rapazes também.

- Você acha ridículo arrecadar dinheiro para crianças que não tem ninguém em suas vidas, uma casa para chamar de lar.

Ela fica sem palavras, percebendo a grande besteira que acabou de dizer.

- Claro que não. Essas crianças merecem sim toda a ajuda possível.

Não adianta ela tentar consertar agora, ela já deixou bem claro o que acha sobre o assunto.

Eu me aproximo dela, seu rosto ficando a centímetros do meu. Infelizmente o seu nariz não quebrou com a pancada das gêmeas, não foi forte o suficiente, apenas teve um sangramento e um pequeno corte no arco do nariz que agora já cicatrizou.

- Você acha mesmo Luciana, que depois do que fez com a Alice eu ou qualquer outro dos rapazes vão querer sequer tocar em você - digo em sua cara o mais baixo possível para que apenas ela escute - O meu maior arrependimento é lembrar que já transei com você.

- Seu babaca - ela diz com os olhos marejados.

- E você não passa de uma vadia mimada que sentaria em qualquer pau que fosse balançado na sua frente.

Ela ofega e vejo uma lágrima escorrer pelo seu rosto, mas ela apenas limpa seu empina o nariz se vira jogando o cabelo para traz e volta para suas amigas.

Eu vejo o momento que ela conta tudo para as outras. Elas me olham com olhos arregalados e furiosas pela forma que tratei sua amiga. Mas assim é melhor, economiza o meu tempo e o dos outros de ficar afastando e rejeitando cada uma delas.

Pena que Alice não está aqui, ela faz muita falta. As gêmeas não quiseram vir, mesmo nós as convidando. Elas disseram que esse não era o nível social que elas pertencem.

Eu entendo o lado delas, não se sentiriam confortáveis, mesmo conosco por perto.

- Mandou bem irmão - Dominic chega por trás e coloca a mão em meu ombro - Deveria ter filmado, Alice ia adorar ver a cara delas.

Olho em volta e vejo várias pessoas importantes, algumas que começou do zero, outras que já herdaram tudo, a sim as pessoas decentes que respeito muito. Mas a grande maioria não passa de pessoas mimadas, egoístas e ambiciosas.

- Não vejo a hora de sair deste lugar - diz Natan se aproximando de nós.

- Não é só você - diz Dom.

Vejo Luciana se aproximando novamente com sua mãe ao lado e um sorriso diabólico no rosto.

- O que você disse para a minha filha seu bastardo - Barbara se aproxima de nós mas fala auto para que quem estiver por perto possa escutar.

- Nada que não seja verdade.

- Seus babacas, primeiro conquista todas as garotas, as usam e acha que é só jogar fora ?

As pessoas em volta sabem da nossa fama, mas ter alguém falando isso tudo para todos ouvir em voz auta chama a atenção.

" Ela fala como se a filha fosse inocente. E ela também."

- Nós não as usamos. Todas sempre foram cientes do que queríamos principalmente sua filha - me aproximo de Barbara e falo em seu ouvido - Até mesmo você estou correto?

Ela se afasta de mim com olhos arregalados e a boca aberta em um o, como se o que eu disse fosse mentira e um ultraje.

- Do que ele está falando mamãe?

- Dom você ainda tem aquele vídeo ? - pergunto a Dominic.

- Aquele vídeo do elevador em que Barbara aciona o botão de alarme parando o elevador - diz ele sorrindo para ela, se aproximando e falando baixo não queremos fazer uma cena, ela da um passo para trás se afastando - O vídeo onde ela te empurra na parede se ajoelha na sua frente abre suas calças e te chupa até você gozar dentro da sua boca.

- Eu...isso não... - Barbara se vira e vai embora sem fazer nenhum escândalo. Luciana um pouco perdida com o que ouviu demora um pouco para retomar o foco e ir atrás da sua mãe.

- Isso era mesmo necessário? - diz Natan.

- Isso irá mante-las longe de nós e principalmente de Alice - digo a ele.

Me viro para ele e sinto meu celular vibrar no bolso do paletó.

Quando pego vejo os dois também com seus celulares em mãos. É uma mensagem da Alice e quando leio o que ela mandou meu coração dispara imediatamente.

"SOCORRO"

Olho para os outros e vejo que receberam as mesmas mensagens, não precisamos dizer nada, imediatamente nos dirigimos a saída.

Assim que chegamos ao estacionamento encontramos com Nicolas, Tomas, Aria e Taylor.

- É bom ela chegar ilesa em casa ou eu mato você - Tomas grita com o motorista.

- Tomas pare, eu vou ficar bem. Vá, corra, alguma coisa pode ter acontecido com ela.

Nós vamos para os carros, Nicolas vem comigo.

- Não consigo falar com os seguranças. Merda.

- As câmeras?

- Tô ligando para Dominic - Nicolas coloca o celular no auto falante para que eu possa escutar também - O que você tem Dom?

- Merda cara, não há nada. As câmeras não estão funcionando. Simplesmente do nada as câmeras são desligadas as de dentro de casa. A última imagem do portão é de um carro preto chegando e simplesmente apaga.

- Merda. Não devíamos ter saído - digo apertando meus dedos no volante, vejo os outros carros acelerar e eu sigo logo atrás.

" Por favor Alice aguente. Já estamos chegando."

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