4 - Coisa Estranha

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Abracei Bobby e me afastei.

- Toma cuidado com esses dois. - Ele indicou os Winchester atrás de mim.

Sorri. - Pode deixar.

Bobby me sorriu. - Blake teria orgulho em você.

Olhei o chão e depois de novo para ele.

- Obrigada, Bobby.

Me afastei e entrei no impala, sentando no banco de trás e colocando meu phone de ouvido.

Tive pesadelos horríveis nessa noite e só queria esquecê-los.

Mais na frente, depois de horas andando na estrada, percebi que Sam levara a mão na testa, mas que Dean apenas dirigia, sem prestar atenção no irmão.

Tirei o phone e me cheguei na frente, colando o peito nas costas dos bancos da frente e toquei no ombro do Sam.

- Tá tudo bem?

Ele me olhou, assim como Dean, que só nesse momento percebeu que tinha algo errado.

- Uma dor de cabeça. - Disse Sam.

- Não parecia ser uma dor de cabeça normal. - Falei.

Sam deu de ombros. - Às vezes acontece.

De repente, fiquei muito quieta, olhando em frente mas sem prestar atenção a nada. Senti algo estranho, algo se aproximando, mas eu não sabia o que era.

- Bekah? - Escutei a voz de Sam, parecendo que ele falava muito longe de mim.

Senti o impala parar e depois senti as mãos do Dean me puxando para fora do carro e me segurando pelos ombros.

- Blake! - Falou, num tom alto. - Hey!

Olhei os seus olhos e depois franzi o cenho.

- Você está bem?

Assenti e me soltei das suas mãos. Olhei em volta.

- O que houve?

Olhei ele. - Não sei. Eu... Senti uma coisa estranha.

Dean assentiu e depois ergueu a mão.

- Acho que vocês dois estão ficando muito estranhos. Talvez eu deva internar os dois e seguir a caçada sozinho.

Revirei os olhos e entrei no carro.

Sam entrou e depois me olhou. - Você está bem?

Assenti, sorrindo. - Obrigada, Sam.

Dean deu a partida e me olhou pelo espelho.

- Eu me preocupei e você agradece ao Sam?

Eu ri. - Obrigada, Dean.

- Ahhh, deixa de ser cínica.

Sorri, olhando pela janela. O que raios fora aquilo que eu senti?

Nessa noite, deixei os meninos no quarto do motel e fui buscar comida. Trouxe bastante: um hambúrguer para mim e para o Dean, com batata frita e tudo a que tínhamos direito. Um suco para mim e uma cerveja para ele, e quatro fatias de tarte. Para o Sam, trouxe o que Dean chamava de "comida de coelho", que era uma salada super saudável e um suco de fruta natural.

Tentei equilibrar todos os sacos nos braços, enquanto pegava a chave do quarto e colocava na ranhura da porta, abrindo. Puxei ela, enquanto segurava a porta já aberta, com o pé, e logo Sam pulou da cadeira para me ajudar.

Sorri. - Obrigada, Sammy.

Dean saiu do banheiro. - Ninguém além de mim, pode chamar o Sam de Sammy. - Depois ele olhou os sacos e franziu o cenho. - Assaltou quantos bancos para trazer isso tudo?

BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora