11 - Alguma Coisa Maligna

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Segui os Winchester pelo hospital da cidade, enquanto um médico gentil e dedicado nos falava sobre as várias crianças que tinham ali. Todas elas extremamente doentes, e sempre irmãos.

Olhei a sala enorme, onde existiam várias camas, todas elas cheias de crianças doentes.

Por algum motivo, aquilo mexeu comigo.

Assim que parámos e o médico nos olhou, algo aconteceu dentro de mim. Uma sensação estranha, como se algo ruim estivesse próximo.

Guardei aquela informação e comecei a olhar em volta, tentando achar o motivo daquela sensação. Na faculdade, fora o espírito; no outro hospital, fora o Ceifeiro... Ali seria o quê?

- Podemos dar uma volta pelo hospital? - Perguntou Dean.

- Claro. - Disse o doutor Hydeker. - Mas acho que não vão achar nada. Essas crianças começaram a surgir de repente, todas elas apresentando os mesmo sintomas.

Franzi o cenho e encarei o médico, aquela maldita sensação regressando.

- Algum óbito?

Ele me olhou e assentiu. - Vou preparar toda a documentação para vocês.

Sam sorriu, um sorriso fraco. - Obrigado.

E o médico se afastou.

- Ele pode ter razão dessa vez. - Disse Dean. - Pode ser uma gripe, nada mais.

Sam assentiu. - É, pode. Mas tantas crianças e quase todas ao mesmo tempo?

Percebi os dois meninos me olhando e Dean se aproximou.

- Bekah?

Olhei ele. - É aquela sensação de novo.

Sam assentiu e me indicou. - Está vendo? Não é uma gripe normal. Vamos.

Dean me sorriu. - Você dá um jeito danado nas caçadas.

Revirei os olhos. - Deixa de ser idiota.

Parámos na frente de uma das casas, já sem a roupa do FBI, apenas olhando a casa triste e vazia. Pertencia a uma das crianças doentes, e não tinha ninguém ali, já que todos estavam no hospital.

Franzi o cenho.

- Vamos entrar? - Perguntou Dean, mas eu já saíra do carro. - Hey! Bekah!

Dei a volta e fui nas traseiras, pegando a faca e colocando a ponta na fechadura, rodando.

Os rapazes se aproximaram e pararam atrás de mim.

- Não pode esperar? - Disse Dean.

- Claro. - Respondi. - Mas você não acredita nesse caso, então...

Sam riu. - Gosto dela.

Dean soltou um som pouco animado, ao mesmo tempo que eu abria a porta.

Entrámos e começámos procurando por pistas que nos indicassem de que se tratava de algo sobrenatural.

Deixei os rapazes e subi as escadas. Já que apenas as crianças apresentavam sintomas, deveria haver algo nos seus quartos.

Abri a porta do primeiro quarto e entrei, franzindo o cenho de imediato. O cheiro a enxofre era incrível.

- Eu sabia que isso não era normal. - Disse Sam, atrás de mim.

Os três, entrámos no quarto, observando cada canto e foi quando vi algo na janela. Me aproximei e fiquei olhando.

Era uma marca negra, uma mão enorme, não parecendo nada humana e, no exato lugar onde estava a marca, a madeira parecia podre.

- Acho que achei. - Falei.

BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora