25 - Contos de Fadas

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Semanas depois...

- Pára com isso! - Gritou Dean. - Já mandei parar com essa ideia de me ajudar!

Ergui o olhar, vendo Dean se afastar da mesa onde Sam estava sentado, olhando o laptop.

- Mas Dean...

- Esquece isso, tá bom? Aceita que eu vou morrer, porque eu já aceitei! - Dean saiu, batendo a porta do quarto.

Sam suspirou e depois me olhou.

Levantei do sofá e sentei na sua frente.

- Deveríamos dar um tempo. - Falei.

- É o meu irmão, Bekah. Eu não posso vê-lo morrer. Tem de ter um jeito de quebrar esse acordo.

Suspirei e neguei.

- Não tem.

Sam franziu o cenho. - O quê?

- Não tem como quebrar. O demónio foi claro, se tentarmos alguma coisa que seja, se matarmos ele, o acordo fica sem efeito. Ou seja, Dean fica livre, mas você fica exatamente como estava quando ele fez o acordo: morto.

Sam ficou me olhando e depois suspirou, passando a mão pelo rosto.

- Eu não posso deixá-lo morrer.

Toquei na sua mão. - Eu sei. - Depois tirei e sorri fraco. - Mas e aquele demónio que ajudou você? Com a faca. Já descobriu porquê?

Sam negou. - Não faço ideia.

Assenti, olhando o jornal e depois percebi que estava aberto em uma notícia de assassinato.

- O que é isso? - Perguntei.

Sam pegou o jornal e girou ele na minha direção, empurrando para que eu pudesse ler. Li a notícia e depois olhei ele.

- Acha que pode ser um caso?

Sam assentiu. - Três homens atacados, dois morreram, um sobreviveu. - Deu de ombros. - Tinham marcas de mordidas e arranhões, mas o sobrevivente insiste que o atacante era um homem.

Franzi o cenho. - Lobisomem?

Sam deu de ombros e indicou a data da notícia. - A lua coincide.

Assenti. - Vamos investigar e esperar o Dean.

Entrámos no hospital, avançando pelo átrio. Eu seguia na frente, com os rapazes do meu lado, até chegarmos no balcão, onde nos apresentámos como sendo os investigadores que iriam investigar o estranho caso que acontecera na cidade. Parecia que não era o único.

Deixei que os rapazes fizessem todas as perguntas, já que eu achava toda essa parte aborrecida, e fiquei observando o homem na cama.

Ele e os irmãos, haviam sido atacados, durante a noite, por um homem, um homem grande, que matara os outros dois de forma brutal e o deixara pensando que estaria igualmente morto.

Dean começou a fazer perguntas que, para o homem, pareceram estranhas, mas que indicaram que não se tratava de um lobisomem.

Senti algo estranho e olhei a porta do quarto, vendo uma garotinha nos olhando. Me aproximei, sorrindo, e abaixei junto dela.

- Oi querida, está perdida?

Ela negou e depois indicou o corredor. Olhei, esperando ver os pais, mas deduzi que estivessem dentro de algum dos quartos. Olhei ela e sorri.

- Deveria regressar para junto dos seus pais. Não é bom ficar andando por um hospital sozinha.

Ela assentiu e seguiu o seu caminho e eu regressei para o quarto, vendo que os garotos já estavam prontos a ir embora.

BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora