21 - Hotel

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Dean acabou por contar ao Sam o que o seu pai havia falado sobre ter de matar ele, caso Sam passasse para o lado negro. Claro que Sam ficou chocado e um pouco perturbado, e agora achava que poderia ser um perigo para mim e Dean, e isso estava consumindo o garoto.

Um mês depois de tudo ser revelado, eu e os garotos estávamos em um motel, com Sam procurando casos no laptop e eu e Dean sentados em uma das camas, vendo o diário do John e limpando as armas. Bom, eu olhava o diário e Dean limpava as armas.

- Alguma coisa?

Ergui o olhar e percebi Dean me olhando, ele me deu um sorriso de canto.

Neguei. - Não. Até agora não.

Ele assentiu e Sam desligou a chamada que havia atendido minutos antes. Olhámos ele, esperando.

- Era a Ellen. - Falou. - Acha que poderemos ter um caso.

Franzi o cenho enquanto Sam explicava que se tratava de um hotel, onde estavam ocorrendo várias mortes estranhas.

Troquei um olhar com Dean e ele olhou o irmão.

- E isso pode ser alguma coisa? - Dean deu de ombros.

Sam ficou olhando ele e eu fechei o diário, levantando. - Parece que temos um caso.

Dean suspirou e negou com a cabeça. - Fala para a Ellen que aceitamos.

Sam sorriu e me olhou. Pisquei o olho para ele, sem Dean perceber, e arrumei as minhas coisas.

O hotel era enorme, de aspeto bastante antigo, exatamente como uma casa abandonada e cercado por uma neblina sinistra.

Saí do impala, olhando o edifício, e senti um arrepio. Franzi o cenho e foi quando vi uma garotinha em uma das janelas superiores. Sorri para ela, mas ela ficou me olhando, parada, pálida, com seus cabelos cacheados e loiros.

Segui os meninos para dentro do hotel, mas Sam percebeu uma marca em uma estatueta, na rua. Era algo que fazia referência ao hudu... Um ponto cinco. E isso não era bom.

Enquanto eles davam entrada, escutei a mulher, Susan, perguntar se um dos quartos seria com cama de casal. Claro que Dean sorriu e confirmou, mas eu revirei os olhos e me aproximei.

Sorri para ela. - Dois quartos, por favor. Eles dormem em um e eu em outro. Não somos um casal. - Olhei Dean.

Ele riu.

Revirei os olhos.

Um senhor de idade, simpático, nos levou nos quartos e abriu a minha porta primeiro. O quarto era antigo, exatamente como eu imaginava.

Deixei que o senhor levasse Sam e Dean e coloquei a mochila sobre a cama, olhando em volta. Eu ainda tinha aquela sensação estranha.

Olhei a porta, mas não tinha nada lá. Então me aproximei e abri, olhando o corredor. Os garotos iriam ficar no quarto do lado. Saí do meu, fechando a porta, e entrei, sem nem bater.

Dean me olhou, sorrindo. - Oh isso vai ser bom.

Estreitei os olhos. - Nem vem. - Me aproximei da janela e depois girei, olhando os dois. - Viram a garotinha?

Os dois me olharam como se eu fosse louca.

- Que garota? - Sam perguntou.

- Eu vi uma garota. Tenho certeza.

Dean sentou na cama e suspirou. - Lá vamos nós de novo.

Mostrei a língua para ele e saí do quarto.

Dean:

Ele e Sam saíram do quarto pouco depois de Rebekah, percorrendo os corredores e acabando por achar um quarto que tinha a palavra "Privado" na porta. Após baterem e Susan os deixar entrar, Dean ficou surpreso ao ver Rebekah ajoelhada no chão, junto de uma réplica enorme e exata do hotel, mexendo em pequenos bonecos, junto de uma garotinha.

BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora